Seu anjo

Capítulo 28: Ultrassom

"Se você quer alguém para culpar, faça de Deus por colocar uma engrenagem sagrada em você em primeiro lugar."

Raynare olhou para sua presa com um brilho de ferocidade em seus olhos. Ela fez como Kokabiel pediu.

Issei Hyoudou, assassinado.

O sangue jorrou da ferida aberta onde seu coração costumava estar quando ele caiu no chão.

"No entanto, obrigado novamente pelo lindo encontro. Foi divertido~!" Raynare murmurou zombeteiramente enquanto ela voava no ar, deixando-o para trás para morrer sozinho.

A cena mudou. Desta vez foi o próprio Kokabiel, de pé sobre o corpo caído de Issei, crivado de buracos, mas ainda se contorcendo pateticamente. Raynare tentou alcançá-lo, apenas para se descobrir incapaz de se mover.

"Este é o preço da traição, Rachiel!"

Ela gritou em sua mente quando o pé de Kokabiel desceu com uma trituração no crânio de Issei.

Mais uma vez, tudo mudou.

Ela estava de volta ao submundo, na mansão Gremory. Issei tinha acabado de pular na frente da lança que ela pretendia para Matsuda, e acertou direto no coração. Desta vez, porém, ele nem viveu o suficiente para receber atendimento médico. Ele morreu instantaneamente.

Raynare sentiu-se mal do estômago quando a cena se desvaneceu mais uma vez.

"Você realmente acha que merece ser uma esposa? Muito menos uma mãe?"

Ela se virou para enfrentar a voz atrás dela e ficou cara a cara com um espelho. O oposto de Raynare era a imagem cuspida dela antes de se apaixonar por Issei, vestida com uma armadura preta acanhada e asas de meia-noite e tudo. Sua língua e presas eram todas mais longas do que o normal, e seus olhos brilhavam com sede de sangue.

"Quantas vezes mentimos? Quantas pessoas matamos? Você realmente acha que alguém como você merece amor?!"

Raynare saltou da cama, olhos arregalados e temerosos. Ela olhou em volta freneticamente até que seus olhos pousaram em Issei, dormindo ao lado dela. Ela colocou a mão sobre o coração e lentamente começou a se acalmar, ainda respirando pesadamente.

"Apenas um sonho... apenas um sonho."

"Pesadelo?"

Issei acordou com Raynare sentado e olhando para ele, parecendo levemente assustado.

Ela respirou fundo e respondeu: "Sim".

"Você me matou?" Issei perguntou com um sorriso.

Raynare desviou o olhar, culpa em seu rosto. "Sim."

"Eu estou morto?"

"...Não."

"Então você não me matou. Venha aqui."

Issei estendeu os braços, esperando que Raynare se deitasse com ele. Depois de um momento de hesitação, ela o fez. Ele a envolveu em um abraço, então puxou as cobertas que ela havia jogado de volta sobre eles. A mão esquerda dele acabou nos braços dela, e a direita estava bem sobre o abdômen dela, onde o filho deles estava crescendo.