Capítulo 12

806 45 40
                                    

— Não acredito que você não me deixou jantar com meu filho. — Falou emburrada.

— Pelo amor de Deus Marília, só você não percebeu que nosso filho queria mostrar a casa sozinho pra Simone. — Falou com calma a olhando por uns segundo mas logo voltou sua atenção para estrada.

— A gente nem deveria ter vindo vovó. — Madu falou.

— Mas vamos concordar que foi bom ter vindo, viu como a casa está linda? Do jeitinho da mamãe. — Sorriu — Será que vamos nos mudar pra cá. — Mafê falou animada.

— Claro que não, a mamãe não vai querer morar no Rio.

— E porque não. Você não sabe, então não fale por ela. — Empurrou o ombro da irmã.

— Aí garota... — Devolveu a empurrando com mais força — Eu sei sim, minha mãe não vai querer vim pra essa casa, ela praticamente mora em Brasília sua abestada.

— Não encosta em mim. — Bateu na mão dela.

— Meninas, parem com isso. — Gritou com as netas que o ignorou continuando a discussão.

|NA CASA|

Alessandro entrou em casa carregando a mulher em seu colo, fechou a porta com o pé indo para cozinha sem deixar que ela descesse de seus braços.

— Amor, não me deixe cair.

— Jamais meu amor. — Beijou a pontinha do nariz dela.

Simone olhou em volta e sorriu vendo alguns dos móveis ainda cobertos por panos brancos, assim que ele a colocou no chão reparou na cozinha a meia luz com velas acesas, a mesa posta apenas para duas pessoas em um tom leve avermelhado.

— Você só arrumou a cozinha? — Perguntou se sentando no lugar que ele indicou, de frente para ele.

— Só arrumei o que vamos usar, a cozinha e nosso quarto. — Piscou pra ela.

— Alessandro. — Riu o repreendendo — E o que meu chefe de cozinha favorito fez para o jantar? — Se arrumou melhor na cadeira.

— O prato preferido da minha mulher. — Tirou as tampas das duas travessas que estavam sobre a mesa — Picanha assada no forno acompanhada com homus.

— Não acredito. — Falou surpresa — E você fez tudo sozinho?

— Está duvidando dos meus dotes culinários, senhora Tebet Molon? — Fingiu estar indignado.

— Claro que não amor. — Alisou a mão dele que estava sobre a mesa — Mas convenhamos, o senhor não costuma cozinhar e principalmente comida libanesa.

— Tá, eu assumo. — Levantou os braços em rendição — A minha amada e maravilhosa sogra me ajudou. Mas eu que fiz tudo sozinho, isso ninguém pode negar.

— Tá bom. — Sorriu — Vai me servir? — Ergueu o prato para ele.

— Farei tudo o que a minha princesa desejar.

Ele pegou o prato dela a servindo, fez o mesmo com o seu iniciando o jantar. Os dois comiam em silêncio, para eles estava sendo uma espera torturando, parecendo que quanto mais comiam de seus pratos mais a comida se multiplicava, Simone se mexia na cadeira incomodada sem paciência para aquele "ritual" do jantar.

— Amor. — O chamou.

E foi numa troca de olhar cheia de cumplicidade que Alessandro se levantou da cadeira tirando toda a louça da mesa enquanto a ministra guardava as panelas na geladeira, assim que fechou a porta da geladeira ela foi puxada bruscamente por ele que a agarrou pela cintura a sentando sobre a mesa.

História De AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora