De repente, me vi na entrada de uma grande biblioteca vitoriana. Estava na frente daqueles portões gigantes, mas delicadamente construídos para guardar uma biblioteca repleta de deliciosos mistérios como a que se estendia em meu campo de visão. Empurrei aqueles portões e adentrei o belo jardim que havia entre a entrada e a porta da biblioteca.
O jardim havia sido perfeitamente tratado e com suas rosas criava uma linda palheta de tons de rosa a branco. Acima da minha cabeça haviam arcos da cor bege pastel que se estendiam até a convidativa porta entalhada com rosas iguais às do jardim. Ao abrir a porta, uma sensação de nostalgia me invadiu, junto com a lembrança de uma mão que me guiava até um grande carvalho. Apesar de minhas tentativas, não consegui me lembrar de quem ela era.
Andei pelos gigantes corredores cobertos de livros da biblioteca até achar um livro que me chamou a atenção. Era um como os outros, exceto pela capa que exibia a imagem de um casal dançando embaixo de um carvalho dourado, que me lembrou da mão que me puxava, dessa vez, porém, me recordei de como a pessoa estava vestida com uma linda camisa branca com babados nas mangas que iam até suas mãos pálidas. Me sentei em uma das mesas de madeira escura da biblioteca e comecei a ler aquele intrigante livro. Ele narrava a história de uma mulher que conheceu um belo dançarino em uma apresentação na França e se apaixonou perdidamente por ele. A cada página, mais nostálgica eu ficava. A narrativa acabava nofinal da apresentação onde a mulher encontrou pela primeira vez o belo dançarino.
Continueiandando, em busca do resto daquela história que me incomodava tanto. Achei emoutra das prateleiras um livro com a mesma capa do primeiro e comecei a ler,dessa vez enquanto caminhava pela silenciosa biblioteca.
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Douce mélodie
RomanceAs portas se abriram para uma bela biblioteca, mas que segredos se escondem no livro que me chama para ler suas páginas?