Prólogo

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Dedicatória.

Para todos que vivem e se apaixonam de forma resiliente.

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Sua única visão era o fogo que se alastrava pelas paredes do que um dia foi uma mansão, o cheiro da fumaça misturado ao pútrido da morte o faziam querer vomitar, ao seu lado jazia um corpo já sem vida com sua carne sendo consumida pelas chamas. Sua única chance de sobrevivência era o punhal em sua mão direita que cortava as cordas amarradas a si na cadeira.

O suor em seu corpo causado pelo calor era um empecilho, que fazia a faca querer escorregar de sua mão, mas ele não morreria naquele lugar,  ainda não declarou que o amava. Iori não permitiria que tirassem de si a sua única chance de felicidade, a visão de sua perna manchada de carmesim era o que lhe dava forças para lutar.

Conseguindo romper a corda que lhe mantinha preso, ele se levantou e com passos mancos foi em busca de uma saída em meio a nevoa de fumaça.

Mas sem forças em seu corpo já ferido, despencou ao chão e seus pulmões buscaram os últimos resquícios de oxigênio. Com a visão embaçada encarou o teto do lugar, onde viveu seus momentos mais felizes.

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