Capítulo Oito

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A cafeteria onde Elliott marcou de se encontrarem estava praticamente caindo aos pedaços e o que um dia foi um letreiro já não era mais aparente. Ao entrar notou alguns gatos pingados nas mesas redondas, encontrou o detetive perto das janelas de vidros e foi em direção a sua mesa, Iori puxou a cadeira se sentando e isso fez o policial notar sua presença já que estava pensativo observando a movimentação da rua.

- Oi. Tudo bem ? – Iori falou de forma cordial e pegou o cardápio de cima da mesa. Elliot sorriu antes de lhe responder, também pegando o cardápio pois decidiu esperá-lo para comer.

-Oi Iori, estou bem e você ? – o mais novo apenas maneou. – Ok, vou lhe perguntar mais uma vez se você está certo de que vai querer participar desta missão. Tem certeza mesmo ?

O rosto de Elliott transmitia tensão, o mais baixo sabia que poderia correr risco, mas não pretendia desistir, era pelo seus pais e nada iria fazê-lo parar até descobrir a verdade.

- Sim, eu tenho total consciência dos riscos e sei que é muito grande a chance de eu acabar morrendo, mas a minha vontade de descobrir toda a verdade e expor os culpados pela morte dos meus pais, é muito maior.

Iori falou com determinação, o detetive conseguiu ver a chama em seus olhos, sabia que aquilo significava vingança. Suspirando ele chamou a garçonete e fizeram seus pedidos.

- Está bem, então vou te explicar como tudo vai funcionar. – Iori balançou cabeça em concordância e o outro continuou – Primeiro, precisamos que você se infiltre na empresa Agans para ficarmos de olho no Ceo. Depois você vai entrar para o grupo dos pilotos da Lótus.

Elliott concluiu e tomou um gole do seu café, aguardando Iori, que depositou sua xicara de chá sob a mesa e limpou sua garganta.

- A parte de entrar na empresa será fácil, a de me tornar um piloto só tem dois poréns. – falou sorrindo amarelo e Elliott levantou sobrancelha questionador – Primeiro, eu não tenho uma moto e segundo eu não sei como pilotar uma.

- Ok, nós conseguimos arranjar uma moto para você, agora para a segunda você vai ter que dar um jeito pois eu também não posso pilotar uma. E não terá como nenhum de nós lhe ensinar,  já estamos correndo riscos nessa cafeteria. Ah, já ia me esquecendo, depois que você estiver na empresa não poderemos ser vistos juntos e terá um celular descartável para entrarmos em contato contigo.

O detetive falou e Iori sorriu compreensivo e um pouco animado já que tirando a parte de não saber dirigir ( o que ele daria um jeito em breve ) teria uma moto novinha e de graça, depois que tudo terminar ele iria pedir para Elliott se poderia ficar com a moto para si.

- Tudo bem, vou dar meu jeito. Você vai me levar para conhecer os seus colegas e a minha neném, hoje ?

O mais novo falou animado e o detetive sorriu incrédulo com a tranquilidade do garoto com tudo isso, bom sendo filho da Naoko ele compreendeu o seu jeito.

- Sim, vamos sair daqui e ir direto para delegacia, lá você conhece todo o pessoal envolvido na força tarefa. Então nós iremos pegar a sua moto, bom na verdade eu vou pedir para alguém levar até sua casa.

- Ok, já terminou ? – Iori se levantou com a expressão questionadora e animada e Elliott sorriu concordando e se levantou.

Os dois saíram do local e entraram no carro do detetive indo para a delegacia. Sem imaginar que do outro lado da rua havia um homem escorado em sua moto os observando, logo ele colocou seu capacete e sobiu na moto os seguindo, tomando cuidado para não ser descoberto. 

Era a primeira vez que Iori entrava em uma delegacia, sua mãe nunca o trouxe em seu tralhado, mesmo ele tendo insistido muito na época. Não conseguia acreditar que agora iria conhecer tudo sobre o trabalho dela, Elliott o guiava para a sua sala, ele disse que todos já estavam os esperando lá.

- Vem Iori, pode entrar – O detetive abriu a porta lhe dando passagem, o mais baixo entrou e olhou curioso para a sala e as pessoas que estavam nela.

- Bom dia- Iori sorriu envergonhado com tantos olhos em cima de si mesmo com os sorrisos receptivos.

- Bom dia ! Como vai? desculpa, mas você é a cara da sua mãe - O primeiro a lhe cumprimentar foi um rapaz ruivo, sua pele pálida possuía algumas sardas, sua estatura era alta e de ombros largos.

- Kael ! – Elliott falou repreensivo para o outro e isso fez Iori rir com o jeito do ruivo que sorriu amarelo e ergueu as mãos em desistência.

- Desculpa amor. – Com as bochechas coradas ele colocou as mãos na boca. Elliott levantou a sobrancelha e negou com a cabeça. Outro rapaz se levantou do sofá e estendeu seu braço musculoso de pele marrom, ele sorriu o cumprimentando.

- Oi, me chamo Mael. – Iori apertou sua mão o cumprimentando. – E esse cabelo de fogo é o Kael, namorado do Elliott. – Apontou para o ruivo ao lado de Elliott.

- Bom dia pessoal, me chamo Iori Saito. – O mais novo sorriu animado abanando as mãos e olhou para a garota no sofá, esperando ela se apresentar.

- E aí, sou a Mirae.

Assim como Iori, Mirae também possuía olhos angulados, sua pele era um pouco bronzeada, tinha o cabelo escuro curto e com as pontas tingidas na cor azul, os dois se cumprimentaram com um aceno.

- Ok, se quiser pode se sentar Iori – Elliott indicou o sofá e o mais novo logo se sentou – Então, com todos já devidamente apresentados, vamos começar.

Do lado de fora da delegacia do outro lado da rua um homem dava partida em sua moto, indo para a Lótus. 

Coração FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora