Citadel Angel | Thor

1.O tédio de Loki

Loki estava extremamente entediado caminhando pela Bifrost e encarando o universo ao redor, já havia até pensado em viajar entre o espaço-tempo para causar um pouco de confusão para ver se assim o tédio secular passava.

"Tem horas que é um saco ser um deus..." -- Com tais pensamentos encarou Heimdall conversando com uma asgardiana que se despedia calmamente.

-- O que veio fazer aqui, Loki? -- Heimdall estava na defensiva já que da última vez teve um problemão com o pai de todos e por pouco não foi morto.

-- Que tal relaxar, você não é o meu alvo hoje, agora me ajude Heimdall. -- O deus menor ficou confuso com o pedido.

-- Eu já roubei o cavalo dele, transformei o melhor amigo em um bode e o misturei no rebanho, mas agora estou tão entediado. -- O 'príncipe' se revirou no ar.

-- Me diga Heimdall, me diga que tem uma ideia mínima de diversão! Porque se eu estressar o velhote de novo ele vai me matar. -- Afirmou agora andando pela Bifrost.

-- Loki, até mesmo o deus da paciência iria querer esganá-lo. Por que não vai beber como os outros, educar aquele pirralho maldito ou caçar um trabalho?

-- Ei Heimdall você também está um chato. Vamos até o alicerce de Bugan para acalmá-lo. -- Ironizou se referindo a um dos bares enormes da via principal de Asgard.

A dupla mal passou por ali quando Loki observou o céu partir ao meio como se uma cortina se abrisse e por ele mais uma raça passar, aquela que para os Asgardianos não passavam de uma lenda e para os deuses de Asgard iam de aliados a rivais tão rápido quanto o nascer do sol.

Suas enormes asas brancas reluziam tanto quanto a armadura prateada que mais parecia ser lustrada. Seu elmo completamente coberto impossibilitando de ver parte de seu corpo, exceto pelos cabelos extremamente brancos e o deus da trapaça sorriu, conhecia a história daquele povo como ninguém, assim como a linhagem perfeita.

-- Nos vemos depois Heimdall, acho que minha tarde acabou de ficar melhor!

-- Não apronte Loki, o pai se esforçou muito para conseguir esse encontro.

Aqui o esverdeado riu de leve. É no mínimo engraçado imaginar alguém como Odin em uma posição onde ele tenha que agradar alguém.

Mas Loki não escutaria o conselho de Heimdall.

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A sala parecia menor enquanto a armada dos anjos ficava à parte, jamais entraria no castelo sem serem convidados, entretanto, permaneciam do lado de fora a espera das ordens de seu líder. Loki já estava ao lado do pai e do irmão enquanto o anjo aos poucos tirava seu elmo e o sorriso largo do esverdeado fez com que Odin desviasse seu olhar momentaneamente em um ato de repreensão.

-- O que tanto deseja comigo oh pai de todos? -- A voz grossa e audível do homem que não se curvou fez os corvos grasnarem.

-- Serei direto, eu quero uma aliança contra Zeus. -- O corvo branco falou e o anjo o olhou descrente, seus cabelos trançados, seu olhar fugaz e acima de tudo o meio sorriso em negação. Revestiu o elmo e virou-se na intenção de ir embora.

-- Quando os meus foram esmagados na cidadela inferior durante a invasão dos gigantes onde vocês estavam? Ah é mesmo bebendo, pois, que se virem deuses filhos da puta.

-- Não vire as costas para mim Abaddon! -- O corvo preto ressoou.

-- Ou vai fazer o quê? Me matar? -- Riu sem humor, antes de sair da sala. -- Se depender de mim, o único laço que continuaremos tendo é o que não posso apagar.

O anjo foi embora junto a pequena comitiva que o acompanhou e Loki foi o primeiro a falar:

-- Nossa, quantos anjinhos exaltados. Vou dar uma volta. -- Ele nem precisou dizer nada, pois os restantes na sala, sabiam que iria procurar confusão e talvez se, se prontificassem teriam evitado mais um problema.

-- O que pretende fazer com Abaddon? Ele não vai cooperar. -- Thor afirmou e seu pai se ergueu sério e claramente revoltado.

-- Todos têm um ponto fraco e é só uma questão de tempo até que eu descubra o dele.

༺۵༻

Loki adorava ocultar a presença, sempre foi a forma mais fácil de se esconder e espiar os outros, fora assumir formas de outros Asgardianos e foi exatamente assim que descobriu qual seria a sua mais nova diversão, bastou que observasse o anjo abraçando a moça de fios divididos metade branco e preto que agora recolhia as asas e o abraçava com gosto sendo sufocada naquela montanha de músculos que mais pareciam tensos.

"Pensei que tivéssemos te perdido."

Ela sorriu olhando para a cima e recebendo um beijo na testa.

"Jamais acontecerá, sou forte o suficiente, mas não a necessária para manter os nossos a salvo."

Ele voltou a afagar os fios, mudando completamente a postura:

"Já chega dessa palhaçada, voltará para a casa ainda hoje!"

Ela se separou bruscamente o encarando.

"Não vou não! Eu decidi ficar, não recuarei agora. Vou caçar cada um que ajudou aqueles malditos a eliminar o meu povo!"

A visão de Loki chegava a brilhar conforme assistia à cena.

"Isso não foi uma opção Anaya! Você ainda é minha filha e não morrerá em Asgard!"

"E como a próxima regente devo demonstrar respeito e compaixão, ou acha mesmo que ignorar esse acontecimento simplesmente pela minha linhagem causará uma boa impressão?"

O anjo respirou fundo se afastando.

"Não me importo com a vontade dos outros, você não fará parte das estatísticas." E assim Abaddon partiu.

O deus da trapaça sentiu seu corpo se retorcer por dentro antes de se afastar olhando para os lados até estar longe o suficiente para voltar ao normal. Agora com a mão nos bolsos, Loki andava pelos corredores extasiado, seu sorriso era mínimo, mas os pensamentos perversos.

-- Quem diria que Abaddon tem uma filha, isso vai ser muito divertido.

Ao ecoar do singelo pensamento em meio ao terrível sorriso, suas vítimas em breve se encontrariam.

Em breve libero a foto da personagem, gosto de descrever no texto primeiro para depois por foto, também fiz a armadura dela num jogo pra por aqui, fora que estou tentando reproduzir tudo por IA. ♡