Chinelos e mochilas sujas

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O sol raiava.
O vento pela janela entrava.
Meu cabelo que tanto balançava.
Estava calor mas uma camisa jeans usava.
No ônibus que como sempre me levava.

A calma se foi pelos ares.
Aqueles rostos familiares.
Já os tinha visto em outros lugares.
Mas aqueles chinelos e mochilas sujas.
Desenterraram memórias obscuras.

De um tempo que não sinto falta.
Em que estava à beira de uma sacada alta.
Em que os dias eram longos.
E tudo parecia zunir como pernilongos.
  

- M.

O que não pode ser ditoOnde histórias criam vida. Descubra agora