Prólogo

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Sacarlet

Acordo e sinto uma dor excruciante na nuca, tento me levantar e percebo que estou amarrada pelos pés e mãos a uma cadeira de madeira maciça.
O ligar é escuro e fede, muito diferente do quarto de hotel em que eu estava com Heitor. Será que aquele desgraçado fez isso comigo? Ajusto a visão e vejo algo pendurado a uns cem metros a minha frente e me desespero ao ver que é o homem que dívida a cama comigo no hotel.
Heitor está só de cueca, de cabeça para baixo e parece sangrar bastante. Estou de camisola, as pernas estão com pequenas lacerações e minha cabeça dói pra KCT.
Olho ao redor. Estamos em um local fechado e úmido. Não vejo saídas ou janelas, se querem resgate vão aparecer logo. Mas as horas passam e nada. Ouço um gemido e percebo que Heitor está se mechendo, ele parece nervoso.

Heitor

Abro meus olhos e me desespero. Eu devia acordar ao lado de uma bela morena em.um quarto de hotel, mas estou aqui nesse buraco pendurado no teto pelas pernas. Cada pedaço do meu corpo dói, estou suspenso pelas pernas e tronco, meus braços estão presos atrás das costas.
Sinto um cheiro forte de ferrugem e mijo, acho que vem de mim. Procuro por Sacarlet mas nada vejo até focar no canto desse lugar imundo e ver uma forma sentada. Deve ser ela. Será que é um sequestro? Creio que não, isso aqui parece tortura.
Procuro por portas e janelas dentro do meu limitado campo de visão. Não tem nada, estou surtando quando ouço um som de engrenagens vindo da parede, de lá sai uma figura gótica que não reconheço, ela nos olha e nos dá as boas vindas para a maior vingança de todos os tempos e que sofreremos com requintes de crueldade para pagar por nossos pegados.

" Bem-vindos, a morte de vocês será lenta e dolorosa."

E assim começou nosso desespero...

Amor sombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora