Oh, you're in my veins, and I cannot get you out.
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As luzes da boate as vezes cegam você.
Pedro suspirou fundo antes de engolir rapidamente toda a dose de alcool que preenchia o pequeno copo de vidro. Trancar a respiração era um truque antigo para não queimar a garganta quando o alcool puro passasse rasgando suas entranhas. Tão antigo quanto aquele clube velho que ele frequantava todas as noites.
— com calma, Pedrinho — Marco, o encarou, rindo — vai perder a grande de hoje por causa de umas doses que desceram errado? — arqueou a sobrancelha se escorando no balcão de madeira velho que Pedro estava careca de ver.
— só de sentir o cheiro desse lugar eu já tenho motivação suficiente para ligar o carro e engatar até o freio falhar, Marco — retribuiu o deboche — hoje ta mais cheio que o normal. — Pedro passa os olhos rapidamente pela marquise de beira de estrada. — alguma novidade que eu não sei?
O lugar geralmente era cheio. O Racing Street era o seu castelo. E disso todos sabiam. Quem o conhecia a muito tempo, como Carlos, sabia que ele sempre gostou de corridas, mas antes apenas as corridas normais. O Racing Street nunca esteve dentro das antigas rotas que geralmente ele fazia, e não era parte do circuito GP que organizava as corridas antes frequentadas. O Racing Club ficava a cerca de 40km de áreas residencias, onde a estrada era utilizada por pessoas comuns: qualquer um poderia aparecer e mudar completamente a rota final da corrida. Por isso, geralmente alguém morria. Acontecia pelo menos uma vez por mês. Os carros capotados notificados sempre vinham do mesmo lugar: o quilômetro 250, da via Sebastião.
Os olhos de Pedro passaram pelo menos lugar que frenquentava desde os 14 anos: reconhecia os rostos que estavam ali. Pelo menos a grande maioria deles.
— tu tá pronto? — doa perguntou, fazendo Pedro desviar os olhos — vai começar em 20.
— porra — reclamou — eu acabei de chegar.
— chegou atrasado — o amigo revirou os olhos — se arruma, pega o carro, e não morre.
— nunca morri — sorriu. — eu não teria tanta sorte dessa vez. — Respondeu, caminhando até seu carro, já tropeçando nos próprios pés. Tinha sorte que apostas eram seu forte, se não fossem, talvez já tivesse morto.
Não tinha medo da morte. Parecia pessoal demais fugir dela. Gostava de pensar que todas as corridas eram diferentes, apesar de parecerem serem a mesma coisa para quem visse de fora. O vento era sempre diferente, e ele sempre batia de uma forma desconhecida em seu rosto. A sensação de não saber se iria chegar até o final vencedor, perdedor, ou simplesmente não chegar pela sua hora finalmente ter chego. Gostava de pensar que não tinha controle sobre o dia que morreria, por isso não fazia sentido simplesmente não se arriscar.
colocou os oculos de sol, a noite. gostava de ver as luzes do carro passarem pelas lentes escuras, como se alguma luz estisse apagada. ligou o carrou e levou ele até a largada. baixando o vidro devagar para encarar Rodrigo no outro carro.
— você aqui de novo? — disse, debochado. — achei que fosse desistir na semana passada.
— o dia que eu desistir de te derrubar desse seu pedestal imaginário é porque eu morri, Frade. — o homem respondeu e pedro riu, debochando. encarou o outro carro e revirou os olhos — seu pai vai ficar furioso se te pegar aqui de novo, garoto. a último surra que ele te deu não foi suficiente?
O homem na sua frente subiu o vidro do carro, ignorando suas provocações. Pedro arqueou a sobrancelha: por mais que demorassem algum momento, Rodrigo ia ter que aceitar que ele seria o melhor corredor daquele clube enquanto vivesse. E disso todas as pessoas naquele lugar sabiam.

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speed - [♡]; orochinho
Fanficpedro gostava de apostas, carros rápidos e dinheiro fácil. mas um dia seu anjo da guarda cansou dele.