Scars | Bill Kaulitz

002

"LOUCURAS atrás de loucuras"
𝟢𝟢𝟤
𝖣𝗈𝗏𝖾 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐.

Sentei em cima da cama olhando por volta do quarto, a chuva tinha parado, então olhei pela janela e algo me chamou atenção, enquanto todos os alunos andavam por aí com caras tristes, um menino estava deitado no banco com um livro em cima de sua face, ele era o único com roupas diferentes, usava roupas escuras e seu cabelo parecia que havia tomado um choque chamava muita atenção, ele era atraente. Eu não conseguia tirar meus olhos da janela por causa dele, o garoto tirou o livro de sua face e seus olhos estavam um pouco fechados por conta da luz repentina em sua face, ele olhou para minha direção e me viu o olhando pela janela, merda! Me virei rapidamente e como ele sabia que alguém estava o observando? Eu estava no segundo andar, não fazia sentido, eu estava tão longe do primeiro andar e principalmente do jardim

Coloquei minhas mãos em minha face e fiz um barulho com minha boca de resmungo, era meu primeiro dia aqui e já tinha acontecido essa merda. Coloquei minha mala na cama da esquerda, tirei tudo da caixa que recebi e bem no fundo da caixa havia um papel com todas as classes que eu teria todos os dias

🕰️...

   A busca da minha sala não demorou muito, em poucos minutos eu já tinha dado de cara com a sala de biologia, mesmo um pouco atrasada o professor não pareceu ligar. Batia meu lápis inúmeras vezes na mesa de madeira que eu sentava, eu não parecia concentrar em nenhuma palavra que o professor falava. A porta da classe foi aberta por uma figura de roupas pretas junto de seu cabelo descolado, era o garoto do banco. O professor parou de falar e analisou o garoto de cima a baixo

— diretoria Senhor Kaulitz — o professor disse calmamente

O garoto revirou os olhos e respirou fundo.

— por que? Foi por chegar atrasado?! — questionou o moreno, ele parecia estar irritado com a situação

— sim, mas também por causa das suas roupas estão inapropriadas para entrar na sala de aula — respondeu o professor — você já está a muito tempo neste lugar para não saber as regras, já havia te dito da outra vez que se aparecesse com essas roupas eu iria te mandar para a diretoria — o moreno travou o maxilar, mas continuo quieto enquanto o professor falava

— filho da puta — o garoto resmungou saindo da sala, o professor respirou fundo e ajeitou seu óculos continuando a tagarelar

O sinal tocou, o professor respirou fundo novamente — amanhã invés de ficar dentro da sala iremos sair para o labirinto, quero deixar bem claro que todos tem que estar perto de mim a todo minuto e segundo — gritou para os alunos que estavam saindo da sala ouvirem — quem ousar a quebrar a regra estará em grandes consequências. — disse por último

   Que professor mais chato e sem graça, não tive nenhum interesse em oque ele disse a aula inteira. Peguei meus livros e lápis e coloquei na minha mochila, me levantei da cadeira e quando eu estava na saída da sala alguém se esbarrou em mim, era um loiro

— opa, desculpa — falou — eu já te vi em algum lugar? — perguntou e eu franzi minhas sobrancelhas confusa

Ele tem um piercing no lado da sua boca, seus cabelos estavam trancados em dreads e seu uniforme era bem largo no seu corpo magro, parecia um tipo de rapper com seu boné de lado — não nos conhecemos ainda.

— estranho, tive um pressentimento que já te vi antes, desculpe de novo — ele se abaixou um pouco com um sorrisinho de lado — qual seu nome? Você deve ser a novata, certo?

— dove, e sim — respondi as duas perguntas

— Tom Kaulitz — estendeu sua mão, eu apenas olhei para ela com um olhar de "não vou apertar sua mão, moleque estranho" — tudo bem — parecia um pouco envergonhado com o fato que não apertei sua mão — te vejo por aí, japonesa — sorriu

Ele é estranho, gostei dele.

🕰️...

   O dia se foi, o sol se escondeu e a noite chegou. O meu dia foi um dia cansativo, nada demais aconteceu, eu estava doida para ver o garoto de cabelos arrepiados de novo mas ele não apareceu. O sentimento de frustração estava invadindo meu corpo por conta que eu não o vi novamente hoje. Estava tudo escuro, todas as luzes apagadas e eu não conseguia dormir. Sofie estava dormindo que nem pedra, podia fazer o quanto barulho que quisesse e tenho certeza que ela não acordaria, eu queria dormir, estava com sono mas meu corpo não me deixava

   A coisa mais chata aqui é que no internato temos horário para dormir, depois das oito todos tem que estar em suas camas, qualquer barulho, som ou qualquer tipo de luz que tiver, estará em um grande problema. Eu pessoalmente não ligava para essa besteira, me levantei da minha cama e peguei meu isqueiro que eu guardava em meu bolso da calça de pijama que usava, acendi o isqueiro e abri a porta lentamente, o barulho alto que a porta tinha feito não pareceu acordar Sofie então sai do quarto fechando a porta atrás de mim

   Eu não tive a oportunidade de conversar com ela ainda, percebi que ela tinha chegado no dormitório uns minutos antes de ser proibido sair dele, ela mal olhou na minha cara e não pareceu querer falar comigo, entao eu a ignorei