Sabe aquele momento na sua vida em que você só quer que tudo volte ao normal e que nada daquilo tivesse acontecido antes? É assim que Helena se sente. Ela quer que tudo volte ao normal, ela quer que seus pais se entendam novamente e voltem a viver como antes, mas as coisas não são assim, sabe? Não são fáceis como ela pensava. Ser uma criança que nasceu nos Estados Unidos e se mudou para o Brasil e deixou tudo para trás não é fácil. Mas isso nós vamos descobrir mais tarde.
Nesse momento, ela está em pé na frente da oficina de Dominic Toretto com uma mochila no ombro direito e uma mala na mão esquerda, com uma cara nada agradável enquanto cria algum tipo de coragem para entrar ali. Mas antes, vamos descobrir como ela foi parar ali.Brasil, Rio de Janeiro [18:37 PM].
Haviam vários carros encostados um do lado do outro, algumas pessoas bebendo, rindo, se beijando e outras coisas. Todos pareciam empolgados até demais, a música que tocava era alta e eles dançavam animadamente. A música foi abaixada e todos começaram a tirar dinheiro do bolso, entregando para um homem que tinha um sorriso no rosto. Ele pegava o dinheiro enquanto contava o bolão em sua mão.
Não demorou muito até que carros começassem a chegar, eram todos personalizados e muito caros, quem não tivesse dinheiro, nem sonharia em ver um daquele pessoalmente. As pessoas começaram a gritar e rir ainda mais com a chegada dos carros. São corredores de rua e são eles que deixam as noites no Rio mais animadas.-Vamos começar! Cada carro em seu lugar. O corredor que ganhar, leva 5.000 mil para casa! -O homem dizia animado, encostado em um carro dourado enquanto levantava o bolão para cima e as mulheres se aproximavam dele.
Os carros foram para a linha marcada de spray no chão que duas mulheres passaram fazendo. Os corredores se olharam pelo vidro do carro com um olhar desafiador, eles rangiam os motores dos carros enquanto o homem pedia mais dinheiro nas apostas. Eles estavam prontos para dar partida quando um honda s2000 roxo com luz embaixo apareceu. Todos se olharam confusos, mas o homem abriu um sorrisinho vendo o carro se aproximar.
O carro parou do lado dele, e rangeu o motor, ele riu ainda mais.-Eai, princesinha. Vai correr hoje ou só veio fazer participação especial? -Ele perguntou olhando para ela.
-Eu vim correr. Minha tia disse para eu dar um tempo, mas é parte de mim, Collin. -Ela dá de ombros, sorrindo em seguida.
-Então vai lá. Já vamos começar a corrida. Sua parte? -Ele estendeu a mão para ela, e logo abriu um sorrisinho pegando o dinheiro da garota.
Ele deu uns tapinhas no capô do carro da garota, e ela deu partida indo até a linha marcada. Os corredores a olharam e sorriram como se estivessem subestimando ela. A garota sorriu baixo enquanto negava com a cabeça, e rangia o motor. Collin foi até o meio e gritou um "VAI!" enquanto abanava de uma vez o pano vermelho. A garota não pensou duas vezes antes de acelerar o carro, e sair.
Um carro vermelho com preto passou na frente, ela sorriu e olhou para o cara que estava dirigindo, ela o olhou de cima a baixo e mostrou língua para ele, acelerando. Ela não olhou para trás, não estava nem um pouco preocupada em quem iria ultrapassar ela. Logo outro carro ficou lado a lado com ela. A garota olhou para ele e deu de ombros, o cara saiu na frente por alguns centímetros. Ela riu, e quando estavam na última volta, ela não deixou que ninguém passasse dela. Sinceramente, ela estava mais se divertindo do que realmente apostando sério com eles.
Perto da linha de chegada, a garota apertou um dos botões no volante liberando o nitróxido fazendo com que o carro fosse mais rápido. Ela segurou firme no volante enquanto sentia o vento bater em seu rosto, ela sorriu vendo a linha de chegada. O carro foi desacelerando aos poucos, e ela conseguiu chegar em primeiro. Ela parou o carro vendo as pessoas começarem a rodear o carro, ela desceu do carro e andou até Collin que sorria olhando para ela. Ele estendeu o braço e ela pegou o dinheiro começando a contar.