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MIKAELAH Schmidz

Senti o liquido queimando em minha garganta, foi meu primeiro shot da noite, o primeiro de muitos. Olhei pro moço que me deu o shot, era um cara careca, com menos de 20 anos, e era gostoso.

Não era totalmente careca, e suas bochechas eram avermelhadas, seu sorriso era muito fofo, eu queria muito ficar com ele.

- quer mais um?- falou o garoto, que segurava outro copinho com um shot roxo.

-Quero sim- peguei e tomei de uma vez, sentindo novamente o liquido queimar minha garganta.

- Está gostando da minha festa?- grita o garoto por conta da musica alta.

-É SUA A FESTA?- Grito mais ainda pra que ele possa me ouvir.- Você é Victor Raush?- pergunto.

Ele acena com a cabeça.

-ISSO AÍ, O PRÓPRIO- fala.

Dou um sorriso largo.

-TO GOSTANDO MUITO DA FESTA!- grito.

Ele pega minha mão e leva até uma sala que tinha umas três pessoas conversando no canto, e a musica não era tão alta lá.

Ele se inclina ficando perto de meu rosto.

-Posso?- sussurra, quase não escuto mas entendo então concordo.

Ele sorri e me puxa pra um beijo, um beijo bem borocoxô.

Ele é um dos caras mais gatos da turma, e beija bem malzinho.

Diria que não beija tão mal, mas quando ele começou a fazer umas ondas esquisitas e a rodar com a língua dura dentro da minha preciosa boca tive que sair do beijo.

Não falei nada, só saí. Dei uma leve bufada de desgosto e saí do cômodo.

Voltei pra festa, que tava bem legal. As musicas são todas muito boas.

Minha mãe, quando eu era nova me falou que não era permitido beber antes dos 21 anos. Mas logo depois ela disse que era pra eu aproveitar minha adolescência e ir pra festas e ousar muito.

Minha mãe morreu quando eu tinha 14 anos, e depois disso eu comecei a frequentar baladas, discotecas e tals...

Agora tenho 16 anos e estou em uma festa escondido. Porque meu pai e minha madrasta não deixam eu sair de casa dia de semana, e era sexta feira, o que pra mim, é SIM fim de semana, mas pra eles ainda é dia de semana. Pra mim, o fim de semana começa quando a ultima aula de sexta acaba.

O único lugar onde posso ir quando quiser é a casa de Mia, que é minha amiga desde que me conheço por gente

Enquanto eu pegava um copo de algum drink bem bonito, perdida em meus pensamentos, vejo Mia chorando na varanda da frente.

Vou até ela.

- Oh meu amor, o que deu?- falo

Ela me olha, mas parece que não está chorando de tristeza.

- TOKIO HOTEL!- foi a única coisa que saiu da sua boca.

-que?- pergunto confusa.

everything is a karma || TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora