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T2 EP 14 - Coroas de flores e espinhos

Após a sua visita ao hatake enquanto dormia, obito usou sua técnica de movimentação no espaço tempo para ir até um lugar sabia onde encontraria paz e silêncio depois de muito tempo.

Chegando lá , o aroma de flores invadiu suas narinas junto da brisa morna que aquele lugar tinha . O uchiha fechava os olhos apenas trazendo a mente as memórias que lá guardava , abrindo as pálpebras dava a visão de um campo ,com um pequeno morro que tinha um salgueiro, cheio de flores de todos os tipos e a grama alta mas nem tanto. O clima frio fazia a planta verde ser mais rasteira. Sentia que o tempo não havia mudado o local, mesmo no passado ou futuro era o mesmo, ate porque se mais alguem tivesse descoberto aquele local tinha certeza que não seria o mesmo . O que seria improvável , um longo caminho tinha de ser percorrido ate chegar nesse paraiso real, se localizava atras de um montanha media fora da vila , levava entre de praticamente uma hora para chegar apé daquele local e a aldeia.

Sentindo a grama e flores baterem em sua calça e sandálias enquanto andava em direção ao salgueiro ,concentrou chakra nos pés e subiu na árvore até um galho ao alto tendo uma bela vista do campo , sem nada para fazer e com a mente embaralhada e embolada em um nó , resolveu acender um cigarro para "destressar" , óbvio, nada melhor que jogar todos os problemas encima de um vício ,não? Talvez a nicotina acalmasse mesmo os seus nervos e deixava a mente fluir melhor , ou apenas fazia o gasto em vão de "células hashiramas"  que curavam seu pulmão depois das tragadas de cigarro

A paisagem que via do topo daquela árvore era indescritível... Parecia como aquele lugar fosse o jardim do Éden perdido a milhares de anos após Adão e Eva cometerem pecados... Obviamente não passa de um conto, não havia em que o moreno acreditava naquela religião , até por conta de ser ateu . Não havia Deus que atendesse suas preces dos últimos anos de acabar com o sofrimento interno , de remendar a alma rachada que tinha além do coração que pensava não sentir mais bater após perder as esperanças no acidente da Nohara .

Obito fechou as pálpebras e se ajeitou melhor no galho do salgueiro colocando um dos pés no galho e apoiando sua coluna no tronco da árvore deixando um perna ser guiada pela gravidade e a outra estava sendo usada como apoio para a mão que segurava o cigarro. Dando mais uma tragada vendo o balançar dos dentes de leão, margaridas e várias flores rasteiras que tinham diferentes cores ,formatos e tamanhos .

Mas uma movimentação incomum nas árvores de entrada daquele paraíso lhe chamou atenção, obito apertou os olhos para tentar analisar o que estava acontecendo lá. Pressionou o cigarro que se transformou em bituca após ter sua chama apagada contra a casca daquela madeira e guardou no bolso, não queria manchar esse local sagrado a ele. Pensava que animal era tão grande para espantar tantas aves de suas árvores? Até que reparou que não era um animal, era alguém, se agachando na árvore e direcionando a mão até a bolsa na coxa esquerda, era ambidestro mas preferia lançamentos com a mão esquerda, onde ficava todas as suas kunais. Estava com a faca em mãos esperando para ver quem se atreveu a adentrar em seu local sagrado, estava disposto a manchar a grama e as flores de vermelho para manter aquele local seguro da sociedade que tinha certeza que o destruiria em um piscar de olhos . Até a versão mais nova de sua parceira sair entre meio as árvores com uma sacolinha de pano em mãos e tentando tirar seu pé que havia ficado preso em uma "encrenca de vizinho" , e quando se soltou veio em direção ao moro do salgueiro. Obito mais calmo colocou a kunai novamente na bolsa em sua coxa e disfarçou o seu chakra para a Nohara mais nova não o perceber naquela árvore.

A observando vê deixando a sacolinha de pano embaixo da árvore e indo em direção ao campo de flores pegando inúmeros Dentes-de-leão fazendo um pequeno buquê deles em sua mão, se perguntava o que ela iria fazer com tantas flores rasteiras assim, se inclinou um pouco no galho para ver melhor a Nohara . A vê se levantando e olhando para o pequeno buquê médio que havia feito, ergueu os ombros para cima e os soltou como se estivesse falando com alguém e caminhou erguendo as pernas, para que a grama média não atingir a sua shorts-saia, devolta ao salgueiro e se sentou embaixo dele com as pernas em "borboleta" separado os dentes de leão ao seu lado e colocando dois em seu colo tentando fazer um tipo de nó com seus caules, mas infelizmente a haste da planta não era tão forte e acabou se rompendo.