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Enchia o copo de água para que tomasse,estava cansado.Passei o dia na biblioteca e a enxaqueca me atingiu em cheio.Minha cabeça latejante.Juro que pude ouvir como se fosse um arranhar de um quadro negro.Peguei um comprimido da pequena cartela de medicamentos e tomei junto a água,agora é só esperar que o remédio faça efeito.Olho para a TV e vejo que estava passando Poltergeist-O Fenômeno,gosto deste filme,porém o assisti tantas vezes que ficou batido,inclusive ouço batidas na minha porta.Vou até ela para atender e vejo Chifuyu,que dá um sorriso genuíno quando me vê.Adorável.

-Olá Lev

-Oi Fuyu-indaguei um pouco carrancudo.

-Ih-fez uma careta incrédulo pelo meu tom-tá com enxaqueca?

Soltei um resmungo com uma pontada de dor que senti em minha cabeça,o remédio tava piorando ou sei lá o que?!

-Pelo visto sim-riu de leve -Vamos entrar,vou fazer um chá de cidreira para você.

Me virei para entrar em casa e Chifuyu me acompanha,fechando a porta e colocando uma mão sobre as minhas costas enquanto andávamos.Nos separamos,fui para sala e Matsuno para a cozinha.Deixando algumas sacolas sobre a bancada o mesmo começa a esquentar água para o chá.Me sentei sobre o acolchoado sentindo meu pescoço afundar naquele monte de almofadas,senti o cheiro quase imperceptível da água quente se espalhar pelo meu apartamento,suspiro fundo me perguntando se Chifuyu ainda estava vivo pois estava quieto a muito tempo,até que sinto outro odor,o cheiro da folha de cidreira,se tornando um chá delicioso.

-O chá está pronto-indagou trazendo uma xícara.

-Obrigado Fuyu-peguei a xícara sentindo o calor que a mesma emanava,junto ao cheiro agradável do chá,levei a porcelana fina até meus lábios degustando do chá que instantaneamente fez com que a dor aliviasse.Minha mãe tinha razão quando dizia que remédio bom é remédio caseiro.

-Pelo vistoestá melhor.Mas enfim.Como tá se desenrolando entre você e o Baji?

-Não quero falar sobre isso agora-disse tomando mais um gole de chá.

-É por causa da enxaqueca ou por que você não gosta de lembrar dele?

-Os dois.

-Acho que devia perdoá-lo.

- Eu disse a ele,"Baji tome cuidado com esse negócio de gangues" aí ele sai de uma gangue que já era perigosa para ir para a porra de uma organização que para entrar ele teve que te espancar!Não quero saber se você acha que eu devia perdoá-lo!Eu não sou bobo-proferi num tom agressivo mas com uma expressão indiferente,sem movimentos bruscos eu me levanto e vou até a cozinha deixando a xícara na pia-Acho que não vou trabalhar amanhã-indaguei mais como um gemido dolor tentando mudar de assunto.

-Entendi.Desculpe por aquilo-murmurou-cê gosta desse filme?-se referiu ao filme que passava.

-Ah não sei.Já é tão batido que parece bananada-ri.

Vênus-Keisuke Baji Onde histórias criam vida. Descubra agora