Quando o desespero bate a porta - Capítulo 4

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1 reis:17:16 Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do Senhor, que ele falara pelo ministério de Elias.

Essa passagem me lembra muito um dos teatros que minha mãe atuou entre as crianças. E eu lembro que me surpreendi muito, porque fiquei pensando imagina se não tivesse mais azeite, comida ? Iria me desesperar. E aquilo foi tão didático que em gratidão, ao que aprendi acabei querendo passar para as crianças o mesmo aprendizado.

Mas o que me atenho è o que me faz me desesperar? E è saudável pensar nas coisas que podem me desesperar?

Medo do futuro , o que vem além, se não vejo nem as margens?

Os problemas que eu não tenho a mínima noção de por onde começar a resolvê-los como uma pilha de roupas que tu recolhe do varal e ao pôr em cima de algum local, quanto mais puxa mais roupas tem a dobrar. Em analogia à vida, tem coisas que não temos controle. Quando alguém irá te abandonar, quando você será demitido, quando procura companhia e só encontra superficialidade, quando seu plano na vida è muito maior que o valor que você tem no banco, o insucesso de não poder parar as pessoas de saírem da sua vida, não conseguir ser forte quando já perdeu as energias, em resumo, todo mundo tem algo que simplesmente não tem controle.

O versículo que fala: ainda que eu ande no vale da sombra da morte não temerei mau algum, pode ser tanto um sussurro de  algo do tipo: "Em breve tudo ficará bem", como também um grito de sobrevivência. As coisas limitações e revezes que nos maturam, fazem parte do processo do constante plantio das ações diárias. Ações que desdobram em entendimento sobre tudo que se passa, ou às vezes um simples entendimento que nesse mundo teríamos aflições. Eventualmente o inesperado nos advém, e lidar mau com isso, pode desfazer o sentimento de fuga alocado no momento errado. Uma fuga mais precisa quando num incêndio ou acidente, por exemplo. Todavia se vivermos nessa vida de sempre estar no alerta, acabamos adoecendo os bom momentos que vivemos todos os dias.  A série de coisas leves, engraçadas e de se apreciar desde um sorriso de uma criança, aos passarinhos cantando sem pretensão pelas colinas da vida. Levamos tantas pressões e desesperos que simplesmente não temos controle, e a melhor forma de não se preocupar é entregar para Deus. Se os pensamentos Dele são muito maiores do que os meus , o que eu quero encaixá-los milimetricamente nos meus? Nos meus pensamentos, chances, planos ou qualquer estatística falha? Humana? Descanse Nele, até mesmo quando o desespero bater à porta, aonde muitas vezes será frequente , porém ao treinar muitas vezes não abrir a porta, você aprende ou simplesmente entende que você é filha(o) e tá tudo bem.

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Poema por Debora Souza

O filho não precisa saber de onde vem o sustento.
Os pássaros não tem ansiedade,
Pois eles deixam que seu criador,
o Pai, os sustente.
Nunca vi um pássaro pedir alimento.
Eles voam e simplesmente pegam para comer.
O pássaro cresceu sabendo que o alimento estaria lá,
ele só precisa fazer o que nasceu para fazer, voar, para encontrar.
Ser sua versão pássaro filho/filha,
é voar sendo você de verdade
E você de verdade é filho/filha.
Faça o que nasceu para fazer.
Saiba que o alimento estará lá, na mesa com seu Pai.
Filhos não deveriam carregar fardos com estoque.
Não, não deveriam.

Coração em pedaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora