Capítulo único

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Amar. Qual seria o sentido da palavra? Carinho, admiração por alguém? Talvez. Entretanto, porque romantizam tanto a pouca valorização dessa palavra? O fato de dizer um eu te amo para qualquer um como se estivesse dizendo um "oi, tudo bem?".

Amar é ser a luz de alguém, é apoia-la quando ninguém mas o faria, é dar o choque de realidade quando necessário e ampara-la, é afirmar e mostrar isso todo dia, é pensar nela quando vê algo que essa pessoa gosta, é companheirismo. É ser a solução dessa pessoa, queimar, mentir, matar, morrer e viver por ela, sabendo que a reciprocidade estaria ali.

E casamento.. Você não o faria se não sentisse tudo isso, correto? Errado. Atualmente casamentos podem ser tão desvalorizados e não levados a sérios. Diversas discussões que nem sempre vem acompanhadas de um pedido de desculpas de ambas as partes. A imaturidade. O desgaste. A falta de atenção.
O amor só se é verdadeiro e admirável quando se é correspondido, pense em cada atitude — boa ou má — e reflita se o outro cônjuge faria o mesmo. Casar não é sinônimo de amar. Uns casão por experiência. Outros por obrigação. Outros por tédio. Mas raramente é por amor. Afinal, muitos só querem o amor se for tortura.

Vera estava nesse dilema. E reconhecia? Não. Boba que era..

(...)

As gravações de 'The conjuring: Last Rites'  já estão em andamento. E hoje — sim, dia dos namorados — o asiático e famoso diretor, James Wan, proporcionou um jantar em um luxuoso bar para comemorar o início das futuras gravações com direito ao seu parceiro conjugal.

Vera estava apreensiva, veria, como ela chama, Wilson. Talvez.. Seu Wilson? Palavras ditas no último encontro de ambos rondavam sua cabeça.

"Farmiga estava em seu trailer terminando de recolher suas coisas, tendo finalizado o último dia de gravação do terceiro filme da famosa franquia de filmes dos Warren's.

Estava realizada. Mais um trabalho concluído. Também estava ansiosa, pelas críticas e poder ver o fruto de seu trabalho — os elogios, as indicações, os fãs felizes — e também estava triste. Amava aquele papel de todo coração, pegou apego não só pela história mas por Lorraine Warren, não somente nos cinemas mas pela sua Mama Bear que por mais que estivesse partido, ainda podia senti-la ao interpreta-la. Também estava triste por que não veria ele, seu melhor amigo. Certo que ela sabia que ainda viria a continuação, as entrevistas, as premieres mas não, não era a mesma coisa.

Duas batidas a tiraram desses devaneios.

— Farmingdale?

Ela sorriu. Além da voz irreconhecível que lhe causava arrepios desconhecidos — ou pelo menos ela tentava se convencer disso —, ninguém mas a chamava assim.

— Sim, Joseph? — provocou.

— O zoador de nomes sou eu!

— E porque eu não posso?

— Está bem, Verna, Velma, Verônica, Vinka, Flamingo, Farmingdale..

— Eu já entendi — interrompeu revirando os olhos na brincadeira — Qual sua fascinação por meu nome?

— Te juro que não é só por seu nome — sorriu galanteador. Ela ri, já era rotina esses flertes, brincadeira deles. Quer dizer, pelo menos ela achava isso.

Depois de uma boa troca de olhares ele se aproxima, segurando as mãos dela e passando o dedo no nariz da mulher, mania adquirida devido o papel que interpretava.

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⏰ Última atualização: Jun 12, 2023 ⏰

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