Cʜᴀᴘᴛᴇʀ Tᴡᴇɴᴛʏ Fɪᴠᴇ- Mᴜɪᴛᴏ ᴍᴇᴅᴏ

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Any saiu da viatura e apertou a mão da irmã firmemente, a mesma estava com uma expressão assustada. A cacheada não iria julgar, ela também estava com medo.
Muito medo.

-Onde ele está?- Ela perguntou ao policial enquanto andavam até a entrada do hospital.

-Senhorita, por favor, se acalme- Pediu- Nós já vamos lhe dar as devidas informações.

-Devidas informações?!- Any falou chocada, entrando na sala de espera e parando de frente ao homem- Eu quero saber o que aconteceu com o meu pai. Agora!

-Sentem- Ele apontou para os bancos- E esperem.

A cacheada bufou e se sentou, seguida da irmã, que fazia o máximo para segurar as lágrimas. Ela segurou a mão da morena firmemente, e deu um pequeno beijo,  tentando demostrar que tudo ficaria bem, pois tinha que ficar bem.

-Você... você acha que..- Monica começou, a voz falhando.

-Não- Suspirou- Na verdade eu não sei, mas vai ficar tudo bem.

-Promete?

-Eu prometo- Falou, abraçando a irmã de lado- No final tudo ficará bem.

Horas se passavam e nada de noticias. Nenhuma única notícia sobre seu pai, e Any estava começando a ficar preocupada. Mais preocupada do que já estava. Suspirou e olhou para o lado, vendo sua irmã olhando para a mesa, o olhar perdido.

Mas de repente ela pensou em Andrew. Ele a acalmaria nessas horas. Estaria segurando sua mão, ou a abraçando enquanto dizia que tudo iria ficar bem. Pensou em tudo que eles queriam construir juntos. Isso a acalmou. Pelo menos um pouco. Até ver o policial que as levou para o hospital falando com um médico e em seguida apontando para elas.

Any deu uma cotovelada em Monica e viu a mesma erguer o olhar para ela e em seguida olhar para frente, vendo o médico ir em direção aonde elas estavam.

-Vocês duas são parentes de Silvio Soares?- Ele perguntou.

-Somos filhas dele- Ela se levantou da cadeira, seguida de Monica- Onde esta meu pai?

-Me acompanhem, por favor- O médico falou- Precisamos falar em particular.

Elas se levantaram confusas e seguiram o médico até uma sala que tinha uma mesa, uma cadeira de rodas atrás da mesma e outras duas cadeiras na frente.

-Sentem-se por favor- Falou enquanto dava a volta na mesa se sentando- Eu sou o Dr.Robert e sou o responsável pelo caso do pai de vocês.

- Cadê ele?- Monica falou- Cadê o meu pai?

-Bom... O pai de vocês sofreu um acidente- Suspirou- Um homem estava embriagado e bateu o veículo dele no carro do pai de vocês.

-Oh não...- Any falou colocando a mão sobre a boca.

-Ele chegou aqui no hospital rapidamente, tentamos tudo o que pudemos mas...

-Mas?- Elas falaram- Mas o que?

-Eu sinto muito, mas o pai de vocês teve uma morte cerebral.

O mundo de Any parou. Como se tudo tivesse entrado em câmera lenta enquanto tudo o que ela pode ouvir foi o grito de dor de sua irmã. Não. Isso não pode está acontecendo.

Acorde, Any Gabrielly. Acorde!

Pensou enquanto beliscava os próprios braços. Mas nada funcionou. Ela não estava sonhando. Não estava sonhando enquanto o médico falava que sentia muito pela perda. Ou enquanto pediu para elas assinarem um papel, dando autorização para desligarem os aparelhos que mantinham seu pai vivo.

Ou quando Dr.Robert as levou para o quarto aonde Silvio estava. O mesmo com um tubo em sua boca, o ajudando a respirar enquanto os olhos se mantinham fechados. E por um segundo, Any achou que em algum momentos eles abririam.

-Papai... - Monica chorou, passando a mão pelo braço de Silvio.

-Podemos começar?- Dr.Robert perguntou.

-Espera.- A cacheada falou se aproximando do pai.

-Senhorita...

-Eu falei para esperar!-Gritou.

O médico deu alguns passos para trás, deixando as duas meninas se despedirem.

- Papai...- Any falou, chorando- Papai, por favor.

-Por favor, acorda.- Monica chorou.

A cacheada estendeu a mão e apertou a mão da irmã, enquanto olhava para ela.

-Está tudo bem, papai- Falou se virando para Silvio- Você pode ir.

-Nós vamos ficar bem- Completou Momo.

-Vocês estão prontas?- A voz do médico falou.

-Não- Any respondeu- Mas pode começar.

Dr.Robert se aproximou calmamente e desligou os aparelhos, retirando o tubo da boca de Silvio enquanto Any e Monica se abraçavam, chorando nos braços uma da outra.

Alguns minutos se passaram. Elas apenas observavam a respiração do pai se tornar mais fraca a cada momento. Até que o barulho do aparelho soou pela sala silenciosa, indicando que Silvio havia partido.

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Ⓒ Todos os créditos dessa fanfic são exclusivamente reservados à autora original: dempseytwh.
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A amiga da minha filha |•DrewanyOnde histórias criam vida. Descubra agora