Mendy Willerback nem sempre teve tudo que queria. Na verdade ela nunca teve. Sua mãe a abandonou quando nova, levando sua irmã mais velha consigo, a deixando com o pai alcoólatra e viciado, John. Ele nunca deu atenção para filha, então, Mendy precis...
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ENCANTADO E ENCANTADA
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Foi à tarde toda.
Literalmente.
Mendy tinha muita curiosidade no livro, Carl pensou, pois foi só nele que ela manteve seus olhos vidrados durante todo seu expediente. Na verdade, ela pediu uma torta de morango, depois água.
Muitas pessoas a viam passando por ali, alguns garotos até tentaram mexer como ela. Mas a Willerback os dispensou rapidamente. Às vezes ela dava umas olhadas, de vez em quando. Ela tinha um grande dom que Carl decidiu odiar quando o pegava a olhando. Sempre na hora errada, ele se xingava, voltando a lavar os pratos sujos.
-- Desculpe ter feito você esperar tanto. -- O garoto lamenta, chegando perto da loira, que sorriu ao vê-lo. Um baque do livro sendo fechado foi se ouvido, logo ela o guarda e se levanta.
-- Sem problemas. Eu escolhi esperar. -- Ela sorriu compreensiva, não queria que o Gallagher se sentisse mal. -- Aqui, guardei um pedaço 'pra você.
Carl abriu um sorriso. -- Obrigado. -- Ele pensava que estava cuase corando.
Mendy praguejou, coçou o canto da boca envergonhada com o pensamento que veio em sua cabeça. Tratou-se de explicar imediatamente.
-- Foi mal. Eu nem pensei direito -- Carl arcou uma sobrancelha com a frase mal acabada da loira. -- , 'cê já deve comer um desses todos os dias. -- Abaixou o olhar.
-- Não. Não. N-não. Acredite, o namorada da minha irmã fica no meu pé todo dia.
-- Ele é muito chato? -- Questiona Mendy, aparentemente interessada, enquanto ambos caminhavam em sincronia para fora da lanchonete.
-- Mais ou menos. -- Respondeu o garoto. -- Ele é maduro, sabe? Adulto demais.
Mendy assentiu lentamente, enquanto caminhavam para a casa do Gallagher sem nem perceber.
O clima estava bom. A conversa melhor ainda. Eles conversaram sobre absolutamente tudo que lhes davam ideia. E Mendy não sabe ao certo quando que ela enlaçou seu braço com o dele. Ou quando Carl decidiu de uma vez por todas entrelaçar suas mãos.
