Prólogo

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Verão, 2001.

Já fazia um tempo que eu estava  tentando arrumar provas para colocar Jhonny na prisão, não quero Jensen neste mundo, o garoto tem sonhos e se dependesse de mim naquela época ele iria conseguir realizar.

Meu sobrinho era apenas uma arma dentro desse mundo cruel. Jamais saberia lidar com a perversidade do pai.

Fiz um dossiê porém tive que colocar nas coisas da empregada já que eu fui descoberto por um capanga do meu irmão.

Os Reeds jamais fariam falta a família, eram apenas uma família serviçal que por muitos anos serviram nossa família. Descartáveis como todos os empregados da casa.

Fui arrastado da minha casa até o escritório do meu irmão jogado no chão como um saco de lixo. Respirei fundo, sentindo as costelas doerem, provável que tinha fraturado uma ou duas no caminho nada amigável até meu algoz.
Jensen veii me ajudar a  levantar.

Os capangas de Johnny,  todos os cinco de ternos pretos e bem apresentados faziam um círculo em minha volta. A espreita, esperando o comando como cães raivosos bem treinados.

-Tio o que houve?- perguntou Jensen
preocupado.

-Seu tio é um traidor, fez um dossiê contra mim- meu irmão gritou com raiva.

-Não meu irmão, pode revirar minhas coisas eu não fiz nada- menti olhando nos olhos dele- nunca iria te trair você é meu sangue, minha família.

E eu era um ótimo ator, mas aquela olhos frios e gelados mostravam indiferença.

-Então me fala quem foi? Porque você era o único que tinha as informações-  pegou a arma e aponta para a minha cabeça- vamos Frederico me dá um motivo para não acabar com você.
Engatilhou a arma, pressionando na parede, respirei fundo.

-Eu vi os Reed- sim, eu culpei o mais fraco.

Eles eram descartáveis e não fariam falta.

-Façam uma busca se acharem alguma coisa mate todos.

-Não pai a Crystal é só uma criança- falou Ian tremendo.

Como se não soubesse que traição se paga com morte.

-Não existe criança e sim  traidores. E se eles estiverem com alguma coisa mate todos eles.

- Crystal cresceu com a gente, pai ela é minha amiga- falou Jensen- poupe ao menos a garota- implorou de forma patética.

-Quando  estiver no meu lugar  poderá ter favoritos- riu de forma fria -  enquanto você não é , não manda em nada.

-Eu nunca vou ser como você- falou desesperado-  e eu vou salvar a Crystal!
O garoto loiro de terno preto saiu da sala correndo, quase desesperado tropeçando nos pés.

-Quais são as ordens chefe?- perguntou Vincenzo.

-Mate-os, e se meu filho entrar na frente também o mate.

-Você é louco- gritei- ele é seu filho. Não pode matar seu sangue!

-Ele podia ser até meu pai- deu de ombros e se sentou em sua cadeira de couro marrom- lugare de traidor  é no quinto do inferno.

Meu irmão fez um sinal para que eu me levantasse, acendeu um cigarro.

Saí correndo tentando procurar o meu menino, Jhonny estava fora de si, só pode, porque para mandar matar um filho?

Ele era doente.

- meu menino ninguém machuca- falei andando o mais rápido possível, as costelas ardendo da surra que levei.

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