Máfia estadunidense

Beijo, música e bebida

Um vestido vermelho  decotado, a máscara era uma segunda pele de renda vermelha, com isto teria que fazer uma maquiagem, não muito forte mas uma maquiagem até porque se não for para ser marcante, eu não vou.

Gostei da forma que a máscara se  com a maquiagem, como se fossem uma só.

Estava dando os últimos detalhes quando  ouço batidas fracas na minha porta, dou um sorriso já sabendo que era o Misha então vou até a porta.

Não que eu esteja apaixonada por ele, não sei explicar exatamente,única coisa que sei que me sinto protegida e feliz perto dele.

Era algo maior, uma conexão diferente que transmite segurança.

Ao abrir a porta dou um sorriso para o homem que estava com a máscara cinza e terno preto.

-Misha?- ele acenou com a cabeça- por que de máscara? Ainda nem chegamos no salão!

-Eu já estou no clima- falou com uma voz meio rouca.

-Sua voz está estranha- comentei dando espaço para ele entrar- entra aí estou quase pronta falta só as jóias.

-Eu tomei sorvete e depois um gole de whisky- entrou e fechou a porta- fiquei rouco, até demais.

-uhum…

- aliás, você está linda

-Obrigada, Olga não brigou com você por ter ficado assim?.

-claro a dona Olga brigou muito.

Dona Olga? Ah sim claro, quer jogar vamos  jogar!

-Misha,  aquele beijo não comenta com ninguém, você entende que não quero que o chefe saiba.

-O beijo?- ele fica sem jeito e passa a mão no rosto- claro ninguém vai saber.
Xeque-mate! Ganhei o rei.

Por baixo do chapéu os fios loiros escuros denunciavam se tratar de outra pessoa.

-Senta aqui, ainda temos tempo para conversar!- me sentei na cama e bati com a mão no colchão do meu lado, ele com timidez se senta- queria saber uma coisa.

-Eu também- sorriu- mas pode falar primeiro.

-Quem é Crystal?

-É uma filha de empregados- falou depois de segundos em silêncio.

-Eu percebi que o chefe e os outros até mesmo Olga ficaram meio em choque por eu ser parecida com ela.

-Ela era importante para todos eles, cresceu com os irmãos era considerada da família- suspirou - Olga a tratava como neta, Paul e Ian eram os irmãos mais velhos dela- ele sorriu, mas ficou sério.

-E para o chefe?- falei curiosa.

-A mulher da vida dele, mesmo com a diferença de idade foi amor genuíno, ela era a única que o entendia e que o amava nesta casa, iam até se casar quando ela ficasse de maior.

-E onde ela está?

-Morta- ele abaixa a cabeça- encontraram um dossiê na casa dos Reeds o antigo chefe achou que era traição e mandou matar todos da família.

Eu  senti uma tristeza uma dor no peito.

-E o chefe não fez nada para ajudar?

-Claro- exclamou rapidamente- ele correu atrás de Crystal, os dois iam fugir pela mata atrás da casa, ele não correu o suficiente e para ajudar a ponte estava quebrada, Xavier era o braço direito de Jhonny, atirou em Crystal e a mesma caiu do penhasco.

Eu não estava bem era como se eu sentisse os galhos das árvores em meu braço, me levantei bagunçando meu cabelo e andando até o espelho, sentia muita dor de cabeça.