O Poder Corrompe

3

Há um silêncio profundo na sala, um ar parado e misterioso enchendo seus pulmões e alma enquanto ela olha para o cadáver de Cecilia. Uma única lágrima rola pelo seu rosto enquanto sua respiração fica presa na garganta.

— Cecilia... — Ela sussurra baixinho enquanto mais lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto. A dor profunda em sua alma é insuportável, pois o sangue em suas mãos parece manchá-la para sempre.

Viollet's POV:

Vou até o cadáver de Cecília e passo minha mão pelo seus cabelos e em sua bochecha, sua pele está fria. Mais lágrimas rolam pelo meu rosto.

Ao acariciar delicadamente o rosto de Cecília, Eu sinto uma pontada de tristeza no coração. Ela não fez nada para merecer isso. E eu fiz isso com ela. Eu matei minha melhor amiga. A única que já cuidou de mim mais do que eu mesma.

Enquanto as lágrimas escorrem pelo meu rosto, eu me lembro de todos os momentos que passei com Cecilia. De todos os doces e lindos momentos que nós tivemos juntas. De sua risada e sorriso brilhante, e de nossas conexões profundas.

Está tudo acabado agora. E foi eu quem tirou sua vida.

— Me desculpe, eu nunca quis fazer isso. Eu não pude te dizer isso, mas você era a melhor pessoa que me ajudava, em tudo. — Me afasto do corpo de Cecília e saio de seu quarto e fecho a porta.

Narrator:

Viollet sai correndo chorando para o quarto de Cassian e abre a porta com força e fecha na mesma intensidade enquanto dá passos pesados em sua direção o olhando com raiva, ódio nos olhos.

As lágrimas continuam correndo pelo seu rosto enquanto ela olha para Cassian e fecha seus punhos querendo falar para ele, mas as lágrimas e os soluços a impedem, era culpa dele.

Os olhos frios e sérios de cassian a olhavam enquanto ela se aproximava dele e a encara com tanta intensidade.

Suas mãos tremem de raiva, os nós dos dedos ficando brancos enquanto ela fecha os punhos e olha para ele, suas lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

Esta era a chance, sua hora de se vingar. Esta era sua chance de recuperar o poder.

Viollet's POV:

Aponto a adaga para o pescoço de Cassian, sem medo do que ele iria falar ou fazer.

— É CULPA SUA! SEMPRE FOI! EU A MATEI POR SUA CULPA!! EU TE ODEIO! E NUNCA VOU TE PERDOAR POR ISSO!! NUNCA!! — Grito enquanto sentia meu sangue borbulhar, ainda com a adaga suja com o sangue de Cecília apontada para o pescoço de Cassian.

A expressão de Cassian escurece quando ele bate a taça de vinho na mesinha de cabeceira. Ele olha para mim, estreitando os olhos, sua voz fervendo de raiva e uma pitada de ressentimento. Ele estende a mão e toca meu rosto, não de uma forma reconfortante. Foi quase desesperador sentir seu toque.

— Você fará exatamente o que eu disser, sem fazer perguntas. Esse é o acordo quando você se tornou minha conselheira. E então você a matou, correto? Como o peão que eu sabia que você seria? — Seu tom é severo, quase frio. Parece que não importa o que eu diga, ele não mudará de ideia.

As palavras soam em meus ouvidos, um arrepio percorre minha espinha. Ele está me manipulando. Tentando me fazer pensar que eu era o problema nesta situação, que eu fiz isso.