CAPITULO 1

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"Falta de casa, mais medo de ficar e perder o mundo acontecendo sem parar, mente cheia de sonhos e o meu corpo a mil"
Manu gavassi

Uma coisinha que eu preciso contar, viver por conta própria em outra cidade longe de sua casa e de sua família é bem difícil, encontrar um lugar pra morar também, levando em conta que isso está sendo um desafio e tanto

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Uma coisinha que eu preciso contar, viver por conta própria em outra cidade longe de sua casa e de sua família é bem difícil, encontrar um lugar pra morar também, levando em conta que isso está sendo um desafio e tanto. Mas quando queremos amadurecer e não depender mais da sua família precisamos dessa escolha e se mudar é a melhor opção, não que meu pai e minha irmã ficaram contente com isso, porque eles não ficaram, porém era uma escolha minha e não deles. Eu amo minha família mas precisava da minha liberdade e infelizmente era algo que eu não tinha, mas não vou falar sobre isso.
Tem dois meses que cheguei a cidade College Park, vim fazer minha tão sonhada faculdade de jornalismo, só que ao chegar tive um azar ao não encontrar dormitórios vagos, o que significa que estou a três meses morando em um quarto de hotel, buscando feito louca algum apartamento e nada de encontrar. minha única sorte desde que cheguei aqui é que fiz uma amiga, meio maluquinha mas bem legal, que conseguiu um emprego de meio período pra mim na mesma lanchonete que ela trabalha, então não posso reclamar muito. Então a parte boa, tenho um emprego, parte ruim, não tenho onde morar.

Agora no momento estou no terraço da faculdade, aproveitando que tive um horário livre e esperando minha amiga ligar pra irmos ao trabalho juntas, ela foi em algum lugar mas a prima dela, e como não queria ficar no gramado e nem na biblioteca onde tem muita gente decidi vir pra cá, gosto da vista privilegiada que tenho da cidade aqui de cima. Mas eu gosto de ficar sozinha e nesse momento ao olhar pro lado um pouco distante está um cara olhando a mesma vista que eu e fumando.

Odeio cigarros!

Eu deveria simplesmente dar meia volta e ir embora e me livrar do cheiro horrível de cigarro, mas ao invés disso eu solto um pigarro pro cara poder notar a minha presença, ele me olha e pude conhecer o rosto, Nicholas Blackwell capitão do time e um dos caras mas popular da faculdade o que me lembra que não sou muito fã de atletas, a maioria são uns babacas.

— Desculpa, eu pensei que estava sozinho – diz e talvez eu tivesse esperança dele largar o cigarro, já que não está sozinho, porém ele continua fumando.

— Também pensei que estava sozinha – digo.

Ele se aproxima um pouco de onde estou, e se o cheiro já estava ruim longe, imagine perto, coço o nariz incomodada com a fumaça que meio que adentrou minhas narinas no momento que ele soltou pelo nariz.

— Acho que você não gosta de cigarros. – fala provavelmente notando o quanto fiquei incomodado com a fumaça.

— É, eu não gosto – falo e solto um longo suspiro — Sabe que isso pode te matar, né? – pergunto.

— É eu sei!

— Então porque continua fumando?

— Gosto da sensação da nicotina entrando por minhas narinas – ele com certeza é louco. — Sabe, eu acho que as pessoas não deveriam ter medo da morte, já que todo mundo vai morrer algum dia – diz e ele meio que tem razão. Um dia todos iremos morrer.

Apartamento 207 Onde histórias criam vida. Descubra agora