CAPÍTULO 3

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Nicholas Blackwell

...

Estou em frente a garota que agora é minha colega de apartamento e meio que não acreditei quando a mesma ditou suas regras.  Sem cigarros, isso só pode ser brincadeira.

— Você não está falando sério, está? – pergunto só pra ter certeza.

— Não suporto cigarros e nem o cheiro insuportável que impregna todo o ambiente e não será legal quando eu chegar cansada do trabalho e sentir o cheiro insuportável nas minhas narinas, eu espero que você entenda – ela diz um pouco acelerada demais.

— Você acabou de se mudar e já está colocando regras.

— Foi uma regra, não estou te proibindo de consumir algo que pode claramente te matar, só não quero que faça isso dentro de casa.

Cautelosamente apago o cigarro, no cinzeiro que deixei na mesinha aqui fora, ao qual coloquei justamente pra isso quando me mudei. Eu não sou um viciado completo, sei quando exagero e paro, só que essa regra é um pouco demais pra mim, não posso fumar na minha própria casa, absurdo. Era exatamente isso que eu temia, e por isso não estava nos meus planos dividir o apartamento com uma garota e olha só onde me encontro no momento justamente em frente uma garota que se mudou hoje e já colocou uma regra alegando que eu havia colocado uma primeiro, e convenhamos a minha regra é válida, não quero uma garota entrando no meu quarto, acho algo íntimo demais,tanto que quando fico com uma garota eu nunca a trago pra casa e quando trouxe uma vez fomos pro quarto que agora é de Kimberly e ficamos naquele colchão, pensando nisso agora acho que ela não pode saber disso, provavelmente não gostara de saber o que ocorreu naquele ambiente. Com um longo suspiro e sabendo que será um sacrifício e tanto pra mim acabo sedendo a sua regra que ainda acho absurda.

— Tudo bem eu aceito, mas isso só se aplica no apartamento dentro desse ambiente – digo.

— Fora daqui você pode fazer o que quiser, só não faça na minha frente por favor.

— Certo, era só isso ou têm mais alguma regra?

— Nenhuma, obrigada por aceitar agora vou dormir foi um dia longo e estou cansada – diz e sai.

Tomo o impulso de pegar outro cigarro, mas não faço por conta de sua regra, frustrado guardo o maço de novo, estou começando a me arrepender de ter aceitado essa regra idiota.

(...)

Segunda de manhã me levanto e faço minha corrida matinal de costume, chego em casa e sinto cheiro de café e vou pra cozinha, Kimberly está la cuando o café na garrafa.

— Bom dia – ela parece se assustar e olha pra mim na mesma hora.

— Bom dia, eu não sabia se eu podia ou não fazer café, mas eu estava com fome e não queria ir pra faculdade sem tomar café, por isso entrei na cozinha e fiz – ela diz muito rápido parecendo está nervosa, o que é estranho, moramos na mesma casa, ela pode fazer o que quiser.

— Não precisa se desculpar, você pode usar a cozinha quando quiser afinal mora aqui também, e além do mais um café vai cair bem agora, mas antes irei tomar um banho – aviso e não espero uma resposta, vou direto pro quarto pego uma toalha e só então vou pro banheiro.

Quando volto ela já está com a bolsa nas costas pronta pra sair.

— Já vai? – pergunto e ela assente.

— Não posso chegar atrasada, a gente se ver mais tarde – diz e se vira já saindo.

Decidi tomar meu café para logo ir pra faculdade também, vejo se ela preparou algo além do café e me frusto ao ver o pacote de bolacha de água e sal na bancada mostrando que ela comeu isso, e eu definitivamente não quero comer bolacha por isso tomo só o café e faço um lembrete mental de preparar o café amanhã com direiro a panquecas e bacon.

Apartamento 207 Onde histórias criam vida. Descubra agora