Prólogo.

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Cheguei em casa depois do trabalho e estava exausto, investigar a federação tem ocupado todo meu tempo e minha energia.

Mas hoje era o meu dia de buscar o Richarlysson na escola. Fazia um tempo que não conseguia passar tempo com ele e me sinto culpado por isso, parece que todo o trabalho de cuidar dele fica nas costas dos outros pais.

Eu não sou casado, mas divido a paternidade com meus amigos, foi uma ótima ideia adotar ele e criá-lo com vários pais, é uma criança feliz imagino...

Suspiro enquanto viro de uma vez a caneca com café velho em cima da mesa.

— Tá acabado ein Cellbo, trabalho tá te matando cara

Forever aparece na porta, sem camisa como sempre e coberto de cimento e tinta, sua trança bagunçada caindo sobre o ombro.

— Você sabe como é puxado, o Cucurucho tá me dando uma dor de cabeça desgraçada esses dias

— Quer que eu fique com o Richas hoje? Tô de folga, sabe o que é? F o l g a, é um dia que você tira o tempo pra d e s c a n s a r, sabe o que é descansar?

— Haha, engraçado você ein, mas eu tô bem, relaxa e aproveita seu dia. Além do mais quero passar um tempo com meu filho também

— Cê que sabe, mas tenta dormir um pouco, não quero te ver maluco de novo

Sorrio fraco com sua preocupação e começo a vestir algo mais apresentável pra buscar o Richas.

No meio de muitas cabecinhas doidas correndo eu vejo meu filho saindo pulando na minha direção. Tem sangue na sua mão.

—PAI CELLBIT!!!!

—Richas! Papai voltou filho - sorrio pegando ele no colo e levando pro carro.

— O que você aprontou ein? Tô vendo essa mão ai

Richarlyson abre um sorriso Travesso e orgulhoso pra mim mostrando seu punho fechado.

— Eu dei um soco bem assim ó, no Bobby. Ele veio me incomodar e me empurrou daí eu soquei bem aqui na cara dele ó pai, do jeito que o Pai Forever me ensinou >:3

Ele diz enquanto gesticula no banco do carro quase estourando o cinto de segurança.

— Boa filhão! Mas tem que tomar cuidado pra ninguém ver e brigar com você ein, você sabe que o Pai Forever é meio explosivo na direção

Ele concorda e eu pego a chave pra ligar o carro e voltar pra casa. Assim que viro a chave no carro um homem bate na minha janela com uma criança no colo, Bobby, com seu nariz sangrando.

O homem era bonito, tinha um maxilar bem marcado e usava uma faixa azul em seus cabelos castanhos. Vestia um casaco do Homem-Aranha no seu corpo definido...

—Hola!

Ele me encara esperando eu abaixar o vidro do carro, o que faço sem problema algum.

—¿Debes ser el padre de Richarlyson sí?

— Sí sí, sou o pai dele sim

— Bién gatinho, tu hijo golpeo el mio hoy y queria pedirte que lo eduques mejor

Ele sorri na minha direção e seu filho me mostra a língua. Abro a porta do carro e saio para conversar com ele na mesma altura. Richarlyson aproveita e sai também.

— Bom, meu filho só revidou as provocações do seu, talvez não seja eu que não saiba educar uma criança.

O homem coloca Bobby no chão e fica um tempo em silêncio, ele anda um passo á frente ficando mais perto de mim, me encara de um jeito nada discreto....

"Ay gatinho"Onde histórias criam vida. Descubra agora