Capitulo 2

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Os corredores estavam cheios de risos e conversas animadas, Jim e Mon encontram Sam com seu grupinho maldoso no corredor principal. Sam e Mon sem foram rivais desde que se entendem por gente, ambas competiam em tudo, desde jogos de quadra até competições acadêmicas. Suas diferenças eram evidentes, e as duas alimentavam o espírito de rivalidade.

— Olha quem temos aqui meninas, Mon chorona! — as amigas de Sam começam a rir apontando o dedo para Mon.

— Você não tem o que fazer mesmo Sam? Sua vidinha perfeita não está sendo o suficiente?

— Vai ficar bravinha? Só não vai sair para chorar de novo!

De repente uma expressão de raiva fica estampada no rosto de Mon. Sua postura tensa e punhos cerrados indicam que uma briga está prestes a começar. Mon faz um movimento brusco e, avança em direção a garota que estava em sua frente. Sam vê a outra garota voando em direção a seu rosto, atingindo-a em cheio no nariz.

O som do impacto é seguido por uma dor intensa e aguda. Sam sente um calor ardente espalhar-se pela face enquanto sangue começa a sair de seu nariz ferido. O choque momentâneo o faz cambalear para trás, buscando apoio para se equilibrar. Jim e as amigas de Sam que observavam a cena ficaram paralisadas por um momento, não conseguia processar completamente o que acabaram de presenciar

— Você está ficando maluca garota? — Sam com uma expressão raivosa grita com Mon que permanecia em choque como todos.

— Khun Sam e Kornkamon para minha sala agora! — com uma voz autoritária, a diretora ordena que elas a acompanhem até sua sala. Ela as encara intensamente, transmitindo uma mistura de desaprovação e preocupação com a situação. Mon e Sam, cientes de que cometem um erro, abaixam a cabeça e seguem a diretora com passos lentos.

Ao chegarem à sala da diretora, um ambiente tranquilo, mas com uma aura de autoridade, sentam-se em cadeiras em frente à sua mesa. Sua expressão se mantinha séria e cautelosa, preparada para abordar o incidente.

— Podem me explicar o porque essa briga aconteceu? Vocês são garotas tão bonitas e estão parecendo animais em um ambiente escolar! — diz a diretora de uma forma franca e direta.

— Foi essa maluca que me golpeou, eu sou a inocente aqui! — Sam diz em desespero e Mon começa a se irritar.

— Conheço a pessoa que você é Khun Sam, não é nem um anjo então fique quieta e escute. — Sam fecha a cara e se esconde na cadeira.

A diretora estabelece consequências para as duas, precisarão limpar o refeitório juntas no final do dia. Obviamente elas estavam muito irritadas com a situação, mas infelizmente não poderiam fazer nada.

[...]

Um refeitório grande e bagunçado, com mesas desarrumadas, pratos sujos e restos de comida espalhados pelo chão. Duas rivais, Mon e Sam, são obrigadas a limpar o refeitório juntas como parte de sua punição.

— Que nojo.... — diz Sam com cara de indignação o refeitório está em completo caos. Mesas viradas, comida espalhada pelo chão e um odor desagradável pairando no ar. Mon e Sam olham o local, visivelmente descontentes com a tarefa que lhes foi atribuída.

— Não acredito que estou aqui com você. Isso é um pesadelo. — Sam suspira.

— O sentimento é recíproco, mas parece que não temos escolha. Vamos apenas terminar isso rápido para que eu possa voltar para minha casa.

— Você acha que eu também não preferia estar fazendo qualquer outra coisa? Mas por culpa sua, estamos aqui esfregando essas mesas pegajosas. — Sam faz uma cara de nojo.

— Primeiro, isso não foi minha culpa pois você quem começou a me provocar e, segundo, eu não sou obrigada a ouvir suas reclamações "Miss Ranzinza". Quanto mais rápido trabalharmos, mais rápido sairemos daqui. Então, pare de reclamar e comece a limpar.

Mon e Sam começam a limpar o refeitório com certa teimosia. A discussão continua enquanto elas trabalham.

— Já parou para pensar do porque todo mundo tem medo de você? — Mon questiona enquanto limpava aquela mesa.

— Talvez seja porque eu sou honesta demais e as pessoas não gostam disso. Eu falo o que penso, sem "mimimi".

— Ah, claro. Sua "honestidade" fere os sentimentos de todo mundo. Você pode ter suas opiniões, mas não precisa ser uma completa idiota.

— E você, Mon! É o exemplo perfeito de como ser uma puxa-saco. Sempre tentando agradar a todos e chamar atenção.

— Talvez se você parasse de pensar apenas em si mesma, as pessoas te tratariam de maneira diferente. — Sam escuta Mon e no mesmo instante fecha a cara.

— Ah, sim, como você é idiota. A vida não é um conto de fadas onde todos se ajudam e cantam juntos. As pessoas são cruéis Mon, acorda pra vida.

A discussão continua enquanto elas trabalham juntas, depois de um tempo pararam para respirar fundo e continuar a limpeza. Eventualmente, elas terminam de limpar o refeitório.

— Graças a Deus acabou. Nunca mais quero ter que trabalhar com você. — Mon diz cruzando os braços.

— Sabe, Mon, eu pensei que você fosse uma garota completamente insuportável. Mas agora que estamos aqui, percebo que você não é tão ruim assim. — Sam diz fazendo Mon arregalar seus olhos em choque com o que tinha escutado.

— Ah, é? Bem, eu poderia dizer o mesmo sobre você, se você não tivesse me irritado para caramba hoje. Mas talvez eu tenha te julgado precipitadamente. — Mon da um leve sorriso e quase tem certeza que viu um no rosto de Sam também.

— Eu to falando sério, pensei nas coisas que você me falou hoje mais cedo. Eu realmente sou uma pessoa muito egoísta, mas eu só tenho medo de me machucar... — Mon escuta com atenção e olha no fundo dos olhos de Sam, percebendo o quanto eles eram brilhantes.

— Sam, não precisamos ser inimigas o tempo todo. Podemos tentar ser mais tolerantes e entender uma a outra. — Mon chega um pouco mais perto de Sam e coloca sua mão no ombro da mesma, Sam parece nervosa e um pouco confusa com a situação.

- Você está certa, Mon. Eu estou disposta a tentar.

I WANT YOU • MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora