𝐓𝐡𝐚𝐭 𝐁𝐫𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐄𝐲𝐞𝐬 part - 2

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Beelzebub encarou a besta de 4 metros com o rosto inexpressivo, a criatura era um urso branco com chifres e dentes afiados tão grandes que mal cabiam em sua boca, mas apesar da aparencia amedrontadora, a besta foi facilmente decapitada pelo senhor...

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Beelzebub encarou a besta de 4 metros com o rosto inexpressivo, a criatura era um urso branco com chifres e dentes afiados tão grandes que mal cabiam em sua boca, mas apesar da aparencia amedrontadora, a besta foi facilmente decapitada pelo senhor das moscas com um unico golpe.

Beel observou o corpo decapitado da besta por alguns segundos e colocou no chão a maleta onde havia trazido as ferramentas necessárias para remover o ultimo material para sua criação, a pele resistente daquela besta.

O deus pegou um bisturi da maleta e começou a remover a pele da criatura, ou melhor, tentar remover a pele quase indestrutível da criatura com um bisturi comum. O cananeu suspirou frustrado, ele levou 30 minutos para perfurar e separar apenas 7 cm de pele do musculo da besta com aquele bisturi e infelizmente ele não trouxe nenhuma ferramenta mais eficaz.

- isso vai demorar mais do que eu presumi - Beel murmurou enquanto pegava uma adaga da maleta.

Depois de 5 longas horas e vários bisturis quebrados, Beelzebub finalmente conseguiu arrancar a pele da criatura em algumas tiras de 2,30 de comprimento e 1,50 de largura. Matar aquele bicho com suas mãos nuas não foi uma tarefa dificil para ele, mas remover a pele deu 100 vezes mais trabalho que o esperado.

- me lembrar de trazer itens mais eficazes na proxima - comentou o demonio para si mesmo após jogar mais um bisturi quebrado na maleta. Beel pegou algumas cordas da maleta, empilhou as tiras de pele da besta e as amarrou deixando parecido com um colchão de cama box.

Beelzebub reparou no rio que tinha logo a frente e caminhou até ele para lavar o sangue da besta gigante de seu corpo. Ele não se importava com a sujeira do sangue em si, mas fazer isso ali mesmo enquanto o sangue estava fresco iria lhe poupar tempo tentando limpar o sangue seco no banho.

BAMK!!!

A divindade cananeia se virou rapidamente assim que ouviu o baque alto de algo pesado caindo na pilha de pele atras de si. O demonio correu até a pilha e viu o que aparentava ser um robô vermelho e dourado deitado imovel em cima da pilha, que surpreendentemente continuava intacta.

- essa é a armadura daquele humano? - Beelzebub indagou surpreso ao reconhecer a armadura Automata A de Nikola Tesla.

E falando no diabo.

A mascara da armadura se abriu, revelando o rosto ferido do cientista.

- ISSO FOI ESPLÊNDIDO! - gritou o humano com um estúpido sorriso. Beelzebub revirou os olhos, como aquele cara conseguia continuar sorrindo sendo que quase morreu?

- tem muita coisa para aperfeiçoar, mas o teste de voo foi excelente! - comentou Nikola pouco antes de notar a presença de Beelzebub ao seu lado - Oh! olá senhor das moscas. que surpresa encontra-lo por aqui - cumprimentou o humano otimista. Beelzebub o encarou com a indiferença de sempre

- o que você estava fazendo? - Beelzebub perguntou, não por interesse nas loucuras que o humano aprontava, mas sim para entender o que ele fazia para acabar caindo naquela pilha de pele no meio do nada.

- eu... estava testando a capacidade de voo da Automata A - respondeu o cientista tentando se levantar da pilha de pele - como deu pra ver, precisa de alguns ajustes. eu tive sorte de cair nessa... pele? - disse Nikola sentando-se na pilha pele. Beelzebub deu um suspiro, o otimismo do humano era estranho.

Nikola logo começou a verificar se havia alguma coisa quebrada em sua armadura que o impediria de andar, mas apesar de ter caido em uma altitude de mais de 20 metros, ele não tinha quebrado nenhum osso e a armadura permanecia inteira, no entanto, as asas que deram defeito durante o voo e quebraram na queda.

Beelzebub pigarreou para chamar a atenção do humano que continuava sentando da pele da besta.

- você se importaria de sair? preciso retornar pro meu laboratório antes que escureça - Beelzebub pediu enquanto pegava sua maleta do chão.

- Ah! Claro - Nikola saiu de cima da pilha e Beelzebub arrastou a pilha de pele segurando na corda que a prendia. O inventor reparou que o senhor das moscas estava tendo dificuldades para levar a pilha e decidiu ajudar o demonio.

- Deixe-me te ajudar, senhor Beel - Nikola se ofereceu já pegando na corda e erguendo a pilha de pele do chão. Beelzebub franziu o cenho.

- eu não preciso de sua ajuda, senhor Tesla. vá embora, por favor - Beel pediu enquanto encarava o humano com indiferença.

Mas era claro que o humano não desistiria.

- a pele dessa criatura foi forte o suficiente para absorver o impacto da minha queda, isso prova o quão boa ela é. seria um grande desperdício estraga-la ao arrastar no chão. e você havia dito que queria retornar para seu laboratório antes que escureça, certo? - e mais uma vez, Nikola usou um argumento valido para convencer a divindade cananeia a aceitar sua ajuda, por mais que Beelzebub quisesse negar, ele aceitou a oferta do cientista dessa vez.

- esta bem - respondeu o demonio evitando fazer contato visual com o humano, ele não queria ver o sorriso idiota daquele homem.

A caminhada até o laboratório de Beelzebub foi tranquila para os dois cientistas. Tranquila, porem, não silenciosa pela parte de Nikola.

O humano não parava de tagarelar sobre química e fisica quântica durante toda a trajetória, não que Beelzebub se incomodasse com o assunto, mas ele sequer prestava atenção para as coisas que o humano dizia, Nikola estava praticamente falando sozinho a caminhada inteira.

Beel pensou que o homem iria parar de falar no momento que chegaram na porta do laboratório do demonio, mas o cientista continuou tagarelando feito papagaio.

- vivi num mundo em que todas as coisas ao meu redor tinha seu misterio e a ciência foi aquilo que me revelou seus segredos. A resistencia da pele dessa criatura me fez entender que tem muitos misterios nesse lugar que a ciência pode explicar, e eu gostaria que você se juntasse a mim nesse pesquisa - Nikola falou com o mesmo brilho determinado em seu olhar. Beelzebub nada disse, apenas encarou o cientista com seriedade, era inacreditável que o humano ainda insistia naquilo.

- eu já te dei minha resposta, senhor Tesla. e ela ainda é Não! - respondeu o senhor das moscas tentando manter sua compostura.

- compreendo sua opinião. mas saiba que ocultar conhecimento é antiético para um cientista, senhor das moscas. devemos compartilhar o que sabemos e trabalhar juntos para avançar cada vez mais - insistiu o humano. Beel deu um suspiro cansado, aquele homem era muito presunçoso quando queria.

Beelzebub tirou uma adaga de sua maleta, cortou as cordas que prendiam a pilha de pele e deu ao humano a primeira tira que estava no topo da pilha. Se Nikola queria tanto estudar a resistencia daquela pele, então ele receberia uma amostra para estudar sozinho.

- considere isso um agradecimento por ter me ajudado, senhor Tesla. - disse dobrando a pele como um lençol e a entregando para Nikola.

- muito obrigado, senhor Beelzebub - agradeceu com os olhos brilhando de emoção - se me permite, eu gostaria de-

Beelzebub entrou em seu laboratório e fechou a porta na cara do humano, ele ainda tinha muito trabalho para fazer e estava cansado demais para ficar batendo papo com o humano insistente.

- depois dessa... preciso de um banho - falou jogando a maleta no balcão de seu laboratório e indo em direção ao banheiro.

Continua...

Shuumatsu no Valkyrie Storys: Deuses x HumanosOnde histórias criam vida. Descubra agora