She will let me go.

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Na saída do hospital caminhei ao lado de papai em silêncio total, ainda estou tentando digerir e entender tudo o que o Dr. Jisung me disse. 𝘕𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘧𝘢́𝘤𝘪𝘭 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘭𝘦𝘮𝘣𝘳𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘮𝘦𝘵𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢. Ryujin e minha mãe estão a nossa frente, elas conversam baixo uma com a outra, quer dizer, minha mãe está falando e Ryujin apenas a ouve.

É muito curioso ver as duas dessa forma, parecem tão íntimas, como grandes amigas de anos. Me pergunto em qual momento Ryujin conseguiu a proeza de conquistar minha mãe dessa forma, eu consigo me lembrar do quão protetora ela era na minha adolescência em relação a garotas que tentavam se aproximar de mim para terem um relacionamento. E agora ela parece amar Ryujin de uma forma tão verdadeira.

Como se fossem mãe e filha.

- Yeji. - Papai me chamou antes de nos despedirmos. Olho para ele esperando que continue. - Pelo menos hoje, por favor, tente ser mais amigável com sua esposa.

Sinto vontade de fazer uma careta pela forma que ele se referiu a ela, mas ainda estou atordoada demais com as notícias de hoje para ter alguma objeção. Sorrio para meu pai e o abraço.

- Eu prometo que me esforçarei.

Digo em seu ouvido e o ouço suspirar, alisando a base de minhas costas. Ele me aperta mais contra si e deposita um beijo no topo de minha cabeça.

- Vai dar tudo certo, princesa.

Ele tenta soar confiante, embora sua expressão facial entregue o quão receoso ele está. Abro um sorriso e apenas aceno com a cabeça.

Espero mesmo que dê tudo certo, papai... E como espero.

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Ryujin passou o caminho inteiro calada, agora estamos em frente à casa que dividimos e eu estou esperando que ela diga algo ou que ao menos destrave as portas logo. Ela respira fundo, minhas mãos inquietas em meu colo, não sei o que dizer, muito menos se devo dizer algo ou apenas ficar calada.

- Está com fome? - Sua pergunta me pega desprevenida, Ryujin olha para mim e sorri. Olhos tristes e apagados, ela está forçando um sorriso. 𝘑𝘢́ 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘨𝘰 𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘪𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴. - Posso ir buscar algo se quiser.

Sugere e então paro para pensar, não estou com tanta fome assim, porém acho que ela só precisa de uma desculpa para dar uma volta e espairecer as coisas. 𝘌𝘶 𝘴𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘪𝘥𝘢 𝘦𝘮 𝘤𝘢𝘴𝘢.

- Sim.

- Pizza e macarons.

Ela não perguntou, pareceu mais uma firmação. Estou meio boquiaberta por ela já saber o que eu ia pedir. 𝘉𝘦𝘮, 𝘦𝘭𝘢 𝘦́ 𝘴𝘶𝘢 𝘦𝘴𝘱𝘰𝘴𝘢, 𝘠𝘦𝘫𝘪, 𝘰́𝘣𝘷𝘪𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘦. 𝘌𝘶 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘦𝘳 𝘶𝘮 𝘱𝘰𝘶𝘤𝘰 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮, 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘳 𝘴𝘶𝘢𝘴 𝘷𝘰𝘯𝘵𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘦 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘰𝘴, 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮.

Sem dizer mais nada, solto meu cinto e abro a porta, olho para Ryujin e esboço um sorriso antes de finalmente sair do carro e fechar a porta. Lá dentro vejo ela acenar para mim e então o carro é ligado oura vez. Vejo-o sumir na esquina e solto um longo suspiro.

𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘷𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘭𝘢́ 𝘯𝘦́, 𝘷𝘪𝘷𝘦𝘳 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢.

𝘖𝘶 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳.

Stupid Wife - Ryeji VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora