Caixa

168 16 23
                                    

Alisando um vestido florido, Gaeul ajudava seu marido com a organização dos pertences de seu falecido sogro. Kim Taehyung morreu aos setenta e cinco anos, deixando cinco filhos e uma única neta no mundo. 

A – agora –, Kim, nunca havia visto seu marido tão pra baixo, nem mesmo com a morte de sua mãe ou de seu irmão mais velho, talvez fosse pelo apego que tinha com o pai. Soobin guardava fotos, documentos, fitas cassetes e entre outras coisas em uma caixa de madeira, o vento quente soprou forte em seu rosto, a casa estava inteiramente aberta, o dia estava cinza, quente e sem graça, parecia que estava triste pela família. O vento era tão forte, mas tão forte que foi capaz de derrubar caixas e mais caixas de cima do guarda-roupas do segundo andar.

preocupada, Gaeul gritou:

— Mina! Filha, está tudo bem ai? 

No andar de cima, caída no chão com caixas fechadas e abertas ao seu redor e com a mão na cabeça – tentando fazer a dor parar – meio que disfarçada, Mina gritou:

— Sim, Mamãe! Estou bem, apenas caiu umas caixas aqui, já estou arrumando!

— Se cuide! Não quebre nada, iremos doar algumas coisas —  Soobin, com a voz fanha, gritou.

Mina, ainda caída, olhou ao seu redor e resmungou ao ver papéis espalhados pelo chão. A adolescente se levantou colocando a mão no bumbum reclamando da pequena dor que surgiu da queda. Quando se abaixou para começar a pegar os diversos papéis espalhados, parou ao ler um nome completamente desconhecido.

“De seu primeiro e, assim espero, único amor, Jennie Kim.”

estranhando o nome, Mina pegou aquele papel e mais alguns, todos eles com o nome Jennie Kim. Olhando para baixo, viu outros com o nome de seu avô e outros com o nome dos dois. 

Curiosa, Mina sentou no chão em forma de borboletinha, pegou um papel, desdobrou e começou a ler.

“ Para meu, e unicamente meu, Kim Taehyung…”

Cartas |•| TaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora