Bem, comecei a ler Nano Machine recentemente, e como qualquer pessoa que se preze após ter um novo interesse, fui procurar fanfic sobre e tive a infeliz surpresa de que uma história tão boa tem tanta escassez de Fanfics! E como dizem; "se quer algo faça você mesmo", e aqui estamos!
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Era uma noite de verão. O clima agradável deixava as pessoas calmas e confortáveis para admirar as estrelas desse céu noturno limpo, algo raro na grande cidade. Infelizmente, essa bela noite não refletia o humor de Yuri. Yuri se sentia sufocado. Sua mente parecia vazia, e ao mesmo tempo, parecia ter milhares de pensamentos, mas um em especial se repetia.
'Por que?' 'Por que?' 'Por quê?!'
Ele sentia lágrimas se formando, embora estas se recusem a cair. O frio lhe sobre a espinha, e seu corpo treme sem controle. Ele estava paralisado.
O corpo sem vida à sua frente é o motivo disso.
A arma em suas mãos parecia pesar mais a cada segundo que passava. Ele se sentia fraco e frio.
"Por quê? Irmão… porque fez isso?.."
Ele sabia, e claro que sabia, não tinha sentido em perguntar, afinal, mortos não falam.
Mas mesmo assim, maior que a dor da ferida de faca no seu estômago, era pensar que seu irmão, seu meio-irmão mais velho, o tentaria matar dessa forma. E para que? Pela merda da herança de um homem que não amava a nenhum dos dois?! Yuri sabia bem o quão ressentido seu irmão ficou ao saber que tinha um (ou vários) irmão bastardo, era normal ficar com raiva, mas eles eram crianças na época, eles tinham superado isso…
Ou não.
E a tentativa de assassinato -- e homicídio subsequente -- de hoje, foi uma prova disso.
Oh, agora Yuri estava realmente chorando.
Droga, ele estava com tanta raiva, tanto remorso e tão triste. Era difícil saber o motivo do choro nessa situação. Talvez por ter matado alguém que amava? Por essa relação que agora parece uma bela mentira? Ou talvez por que estava morrendo?
Ah, também há isto. Ele estava morrendo, não é? E logo encontraria seu amado irmão no inferno. Assassinos não tem direto ao céu, afinal.
Chega a ser patético, morrer no próprio apartamento aos 19 anos, sem nem ao menos ter um encontro ou trasando. Pensava que coisas assim só aconteciam em história.
'Será que no pós vida vou encontrar uma garota sexy?'. Com tal pensamento, ele não pode deixar de rir. Um riso engasgado, dolorido e nem um pouco bonito, isso, porém, não impediu do riso aumentar para algo alto e maníaco. Talvez Yuri tenha enlouquecido, ou quem sabe ele já fosse louco a muito tempo.
"Urgh, espero que aquele velho maldito enlouqueça com essa cena." Mesmo sabendo que seu, amável pai – note a ironia –, tinha mais filhos ilegítimos do que dedos das mãos e pés somados, Yuri, mesmo sentindo a mente vagar cada vez mais, não pode deixar de ficar presunçoso. Já que mesmo sendo um bastardo, e não lutando pela herança, Yuri sempre foi um dos mais considerados para administrar a empresa, ele era promissor, como dizem os acionistas. Perder dois potenciais herdeiros, a imprensa terá um dia de campo.
'Talvez por isso, o irmão me odeie.' Com um suspira, ele levanta sua cabeça olhando para as estrelas além da janela. Yuri não mal tinha energia para piscar ou se mexer agora, e seu corpo já estava ficando frio. Ele havia perdido muito sangue.
'Bem, não há o que fazer. Apenas, espero que meu querido irmão vá ao inferno.'
É com esse belo pensamento. Yuri deu seu último suspiro.
—- —- —-
A morte era… uma coisa estranha, para dizer o mínimo.
Como uma pessoa comum, Yuri nunca se importou em pensar no que haveria depois da morte. Para ele, existia apenas o vazio. Sem pensamentos, sem sentimentos, apenas o nada. Ou quem sabe, um vazio monocromático preto ou branco. Uma experiência solitária e interminável em que ninguém iria para o inferno ou para o céu, mas teria que enfrentar a totalidade de suas ações para sempre.
Mas, algo que ele nunca esperou dentro do vazio, foram duas palavras levitando na em sua frente.
Sim | Não
Duas opções, que não vinham acompanhadas de nenhuma pergunta ou descrição para ser respondida. Depois de uma tempo as encarando, Yuri sente necessidade repentina o importando para alcançar as letras. Essa pressão não natural o fez cerrar os dentes, antes de suspirar profundamente.
"Parece que não tenho muita escolha então." Então com a mão, não mais ensanguentada, ele aperta o 'Não', fazendo ambas as palavras desaparecem instantaneamente. Preparando-se pelas consequências da aposta imprudente, ele só pode sentir frustração ao ter as mesmas opções, novamente, planando em seu rosto. As palavras se repetiram outras duas vezes, das quais a resposta fica a mesma 'Não'.
Na quarta vez, antes de chegar ao não novamente, Yuri trava. Como se essa escolha fosse buscar muito. Então, hesitantemente, ele aperta 'Sim'. Então tudo escurece.
Ele não sabe como deveria se sentir, é estranho, com certeza, mas essa breu não estiga medo. É mas como se alguém o tivesse coberto com um cobertor, escuro, mas confortável e quente. E quando as opções aparecem de novo ele aperta novamente, 'Sim', e isso muda tudo.
Como se tivesse aberto uma repressa, uma grande energia cobre o espaço que ele está. É poderoso, opressor. Seu coração aberta dolorosamente, e seus pulmões se espremem. Por um momento, Yuri pensa que vai morrer novamente.
É então passa. Tudo se acalma, e por alguns segundos o único som e de um ofertante Yuri tentando desesperadamente colocar ar no pulmões.
Uma voz mecânica e feminina, como a Alexa é ouvida.
"Aqui estão seus resultados Yuri Young." A energia se reuniu e palavras começaram a se tecer na frente do garoto, que só pode ofegar surpreso.
Pergunta 1/ Sente que viveu ao máximo?
– 'Não'
Pergunta 2/ Você comprou seus desejos e objetivos de vida antes de morrer?
– 'Não'
Pergunta 3/ Acha que sua morte foi satisfatória?
– 'Não'
Pergunta 4/ Se pudesse recomeçar sua vida, o faria melhor?
– 'Sim'
Pergunta 5/ Deseja uma nova chance?
– 'Sim'
A voz mecânica resoou.
"Os resultados foram computados. De acordo com o resultado, o usuário se qualifica a um voto vinculado ao Samsara. Yuri Young, optou por uma nova chance, dentro da capacidade do Samsara, o pedido foi concedido. Em troca, Yuri Young deve corrigir todas as falhas que selecionou ao escolher 'Não'.
Não houve tempo para considerações sobre o quão maluco, irreal tudo isso era. 'Mas que pørra.' foi a única coisa que Yuri conseguiu pensar antes da sensação de ter seu corpo esmagado e o brilho intenso cega-lo.
Esse foi o primeiro ponto de virada que marca o início de sua nova vida.
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Para os que leram até aqui, obrigado! Caso tenha erros de português, me desculpem 🐯🐯
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Nano Machine: O Caminho do Tigre branco
FantasíaNano Machine, uma típica história de artes marciais no Wulin, um mundo onde técnicas e treino permitem que pessoas quebrem o limite da capacidade humana. Neste mundo onde a lei é regida pelo mais forte, uma pessoa comum criada pelos sensos e normas...