Equipe Infinito

Nathan W. Chevalier

Todos estavam reunidos e ansiosos para a grande revelação da matriarca da família, amigos, parentes e parceiros de trabalho, estavam todos presentes, o garoto apenas observava de cima dos corrimãos os pares deslizarem pelo salão ao ritmo da música, sorrindo e girando, eles pareciam estar se divertindo, aquilo não era para ele, Nathan sempre achou tudo aqui muito exagerado e extravagante, para alguém vindo de uma família como a dele, era estranho querer ser simples.

- Se eles só tentassem entender...- ele suspirou e retirou uma mecha do cabelo loiro da frente dos olhos.

A matriarca subiu os degraus e se virou majestosamente para os convidados, ela sorriu graciosamente enquanto batia em sua taça para chamar a atenção de todos.

- por favor, eu peço a atenção de todos vocês!- ela olhou encarecidamente enquanto os murmúrios morriam lentamente e os convidados voltavam a sua atenção a mulher.

- muito obrigada, meus grandiosicimos amigos, é com muita honra que venho falar com vocês nesta belíssima noite, antes que eu revele o grande mistério, quero agradecer a presença de todos e relembrar um pouco da jornada de nossa incrível família.

Nathan parou de escutar a voz da mulher e voltou sua atenção para o enorme quadro que ficava na parede da sala com uma moldura dourada que cintilava sob a luz, nele havia uma família retratada, todos sorriam, o pai, um homem alto e de cabelos escuros, olhava para a câmera com um olhar firme enquanto segurava o ombro do filho firmemente, o garoto era igual a mãe, traços delicados, olhos castanhos claros brilhantes e o cabelo loiro, ele olhava para a câmera com o olhar de preocupação, com o olhar de alguém que temia o futuro.

Ao fundo, Nathan conseguia escutar matriarca da família Chevalier subiu ao palco e ouviu quando ela anunciou que estavam estabelecendo uma fundação de caridade para retribuir à comunidade que os apoiou ao longo dos anos. Ela expressou seu desejo de usar sua riqueza para fazer o bem e convidou todos os presentes a se envolverem na iniciativa. A notícia foi recebida com aplausos entusiasmados e apoio dos convidados. Com um sorriso caloroso, a matriarca da família Chevalier começou seu discurso, ela falou sobre o início da caminhada da família, relembrando a longa jornada que a mesma percorreu para alcançar o sucesso. Ela compartilhou histórias de determinação, trabalho árduo e perseverança, destacando os valores que os guiaram ao longo dos anos. A plateia ouviu com admiração enquanto ela traçava a história da família, desde suas origens humildes até o status atual de riqueza e prestígio. Seu discurso inspirador encantou os convidados, que aplaudiram com entusiasmo mais uma vez.

Nathan desviou seu olhar do discurso da matriarca e fixou seus olhos no quadro da família que pendia na parede. Ele contemplou as imagens de gerações passadas, lembrando-se das histórias que ouvira sobre seus ancestrais e como cada um deles contribuiu para construir a fortuna e o legado da família Chevalier. Enquanto sua mãe continuava falando, Nathan sentiu um misto de orgulho e responsabilidade, sabendo que ele também desempenharia um papel importante na continuidade desse legado. O imponente quadro da família Chevalier dominava o cômodo, suas dimensões majestosas capturando a atenção de todos os presentes, na imagem, a mãe da família, com um sorriso radiante e cabelos loiros, irradiava confiança. O pai, de aparência austera, parecia sério e determinado. A irmã, com um ar de esnobe, exibia seu charme com um toque de superioridade. Seu irmão, que fora mandado para um internato, não estava presente fisicamente, mas sua ausência era sentida na expressão preocupada de Nathan, que olhava diretamente para a câmera.
O quadro parecia retratar não apenas uma família, mas também as complexidades e desafios que cada membro enfrentava em seu próprio caminho. Era uma representação vívida das dinâmicas familiares e das histórias individuais que moldaram a família Chevalier ao longo dos anos.

Nathan se afastou do animado salão de festas e se dirigiu para um local mais tranquilo na mansão. Ao chegar a uma janela, ele a abriu e sentou com as pernas para fora apoiando as costas no parapeito enquanto ele olhou para o céu estrelado, mergulhando em seus próprios pensamentos. As estrelas piscavam acima dele, e a quietude da noite lhe proporcionou um momento de reflexão profunda sobre sua família, seu papel no legado e as decisões que o aguardavam no futuro. Ele sabia das fraudes que sua família havia cometido e como seu pai havia enganado a todos com sua "falsa carisma", ele observou a lua e se perguntou se algum dia ele se perderia tão fundo em uma farsa assim como sua família, ele esperava que não.