Primeiros Dias

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Os dias estavam se passando rápido, parecia que eu estava anos presa alí, não sei como era a casa ou lugar que eu estava, a única coisa que sei, é que estou presa, em um lugar subterrâneo,dormindo sobre um papelão, em um quarto escuro, com uma pia pequena no canto direito de uma porta pequena na parede, cor do minúsculo quarto, era branco, frio, e estranho, nos primeiros dias que fui sequestrada, chorava, gritava, mas nada se ouvia, o único barulho que escultava era quando, alguém que não se comunicava, trazia comida para eu, todo fim de tarde, passava fome durante o dia.
Assustada mal conseguia dormir, sempre que escultava o barulho de alguém descendo as escadas me assustava e acordava, quando cochilava, implorava para quem me trazia comida, para ir embora e ver minha mãe, gritava, chorava mas não me respondia nada,estava sendo os piores dias e noites da minha vida.
Contava,olhando para uma mine janela que ficava no alto de uma parede no quartinho que estava, todas as noites que passava, depois de unas três semanas lá embaixo, ganhei da pessoa que me trazia comida, um caderno e um lápis cor preto. Provavelmente para eu brincar, mas usei para marcar os dias alí no cativeiro, pensava exatamente o porque de tudo aquilo?por que estava passando por isso?quem era o moço que me trazia comida?só sou uma criança de 12 anos e passando por tudo isso, chorei várias e várias noites. Até que um certo dia, senti uma dor, não gritei por horas, novamente esculto os passos na escada, caída no chão, olho para a minha revista e vejo marcado que já fazia três meses que eu estava alí presa, e nunca vi o rosto de quem sequestrou, quase desmaiando de dor, vejo com o embaraçado da minha visão, alguém entra no quartinho, com tanta dor, desmaio.

OoO OoO OoO

Provavelmente depois de algumas horas, sendo cuidada pelo moço desconhecido, acordo e deitada sobre um colchão, esculto no lado de fora do quartinho a voz falar comigo.
Uma voz tensa, rôca, tenebrosa e assustadora, como de filmes de terror.
___estas melhor?não se meixa muito, pois os curativos, estão recente, vê se come a comida que estou sempre trazendo, é para seu bem, você ainda vai passar muito tempo aqui, então se alimente.
Me assusto com aquelas palavras, ainda morrendo de dor, tento responder tais perguntas.
___quem é você?o que aconteceu comigo?quero minha mãe?
A dor estava muito forte, falava muito baixo, estava incompreensível minhas palavras.
___tenta comer essa comida que estar aí do seu lado,amanhã conversamos e vê se recupera as forças, estas muito fraca, e eu quero você viva vitória.
Mal esculto o que ele disse, novamente desmaio de dor, e só volto a acordar no outro dia pela tarde.

Tropeço, caio
desfaleço, desmaio
Num esforço supremo
alço voo, renasço...
E sobrevivo a cada dia,
em cada passo..
Minha vida estava um verdadeiro abismo perdido em meio ao deserto incontestável numa floresta, esperança já não era minha amiga...

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