𝑨 𝑼́𝒏𝒊𝒄𝒂 𝑹𝒆𝒈𝒓𝒂 - 𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 𝐵𝑎𝑘𝑢𝑔𝑜

•7 - Perto De Você

A aula estava entediante, mas algo me consolava, Seiji e eu tínhamos um encontro hoje à tarde, ele decidiu antecipar nosso jantar.
Não que o outro não fosse acontecer, mas dessa vez o intuito era apenas conversar, e quem sabe nos conhecermos melhor.

Eu aceitei, mesmo sabendo que era no mesmo horário em que eu tinha que ver o Katsuki, mas acho que ele entenderia se eu remarcasse a aula de hoje. Afinal, ele sabe melhor que ninguém que minha relação com ele é apenas para eu aprender a ser melhor na cama, e isso é tudo.

Eu estava na minha última aula do dia, nervosa com o meu encontro com o Seiji. Dessa vez, não há chance alguma de rolar algo e eu agradeci mentalmente por isso, pois não me sentia pronta.

Sai da sala no final da aula, eu precisava encontrar o Bakugo com urgência.
O que não foi muito difícil, já que ele estava guardando suas coisas em seu armário em um dos corredores.

Sn - ei, Bakugo! - chamei e ele olhou, seu rosto estava neutro e ele parecia cansado - nossa... Cê tá com uma cara péssima, foi dormir tarde?

Katsuki - por que, ta preocupada? - sorriu provocativo.

Ele está podre de cansaço e indisposição, mas tem energia suficiente pra me irritar com piadinhas do tipo.

Sn - curiosa. - corrigi sua fala.

Katsuki - eu tinha uns problemas pra resolver, coisa de representante. - simplificou - acabei indo dormir mais tarde do que planejado, mas tudo bem.

Sn - hm... - assenti, mostrando que havia entendido.

Katsuki - queria minha ajuda? - se referiu ao motivo de eu tê-lo chamado.

Sn - ah sim! É que eu preciso suspender a nossa aula hoje.

Katsuki - claro... - concordou - algum motivo em específico?

Começamos a andar lado à lado em direção às escadas para sair do prédio.

Sn - vou sair com o Seiji. Vamos jantar fora para conversar.

Katsuki - hm, entendi. - desviou o olhar para o lado oposto.

Sn - eu acho interessante que nós dois concordemos em nos conhecer antes de tomar qualquer decisão.

Katsuki - bom, se ele for te fazer feliz... - deu de ombros.

Sinceramente, eu sentia um incômodo quando ele não demonstrava reação com essa situação.
Mas ao mesmo tempo, meu subconsciente gritava; deixa de ser louca, Sn você não tem o direito de querer que ele sinta algo.
E também, não é como se isso fosse acontecer.

Depois de me despedir dele, eu fui encontrar o Seiji.
Ele me aguardava no portão da Universidade, estava tão distraído falando ao telefone que nem me ouviu chegar.

Seiji - sim, é hoje. - a pessoa do outro lado da linha disse algo que eu não consegui ouvir bem - vai ser fácil, estou te dizendo. E não adianta fugir do contrato depois! - riu de forma amigável.

Me aproximei dele e toquei seu ombro, ele se despediu do amigo ao telefone e voltou sua atenção à mim.

Seiji - como você está, princesa? - colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Sn - bem. Eu te interrompi, desculpa.

Seiji - hein? Ah. - riu - não era importante, era apenas meu amigo me cobrando algo que devo à ele. - simplificou - eles amam essas brincadeiras infantis.