•31 - Um Dia De Arrependimento

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Visitei meus pais, precisava me atualizar sobre minha segurança em relação à uma "quase guerra" por conta das individualidades raras.
Foi um alívio e tanto pra mim descobrir que eles conseguiram resolver esse problema e que agora nosso país não sofrerá nenhum dano. Os responsáveis por tanto alvoroço foram presos e o vigia que estava na minha cola parou de me perseguir há uma semana, e eu sequer notei.
Mas o importante de tudo, é que eu continuaria segura e livre para viver como antes.

Passar o dia com a minha família realmente me ajudou. Acho que realmente era algo que eu precisava para acalmar minha mente bagunçada.
Meu pai estava assando diversas carnes na churrasqueira, enquanto minha mãe tomava um banho de sol na intenção de se bronzear e meu irmão boiava na piscina como se fosse um baiacu.

Passei pelo mais velho e peguei um pão de alho no prato ao lado, sobre a bancada.

Katsuo - no ponto certo, hein?

Sn - claro. O senhor é o melhor, pai.  - mordi o pão de alho e me sentei à mesa.

Katsuo - eu sei. Ninguém cozinha como o seu velho aqui.  - gargalhou antes de tomar um gole de Jack Daniel's.

Eu o acompanhei nas risadas, imaginando como o Bakugo e ele iriam discutir sobre culinária, caso se conhecessem.
Sinto um nó se formar em minha garganta quando penso que isso não vai acontecer.

Ele mal teve a chance de conhecer meu pai, e eu sinto como se precisasse correr atrás da minha felicidade... Aquela que ficou com o Katsuki no momento em que decidimos nos afastar.

Katsuo - filhota? Estou falando com você.  - me arrancou de meus pensamentos.

Sn - desculpe, estava distraída.

Katsuo - percebi.  - me encarou com preocupação antes de se sentar do outro lado da mesa -  vamos desabafar? Conte pro seu pai o que tanto te incomoda.

Sn - ah pai... É complicado, não quero te aborrecer com isso.

Katsuo - nunca me aborreço com a minha princesinha.

Sn - bem, mas acho que não importa mais.  - dei com os ombros -  está no passado.

Está no passado, mas ainda dói como se passassem merthiolate em uma ferida exposta.
Eu desviei o olhar e reuni fôlego para não chorar. Só Deus sabe a falta imensa que estou sentindo do Bakugo.
Se eu pudesse, faria tudo diferente.

Sn - ei, o que o senhor ia dizer quando eu estava distraída?

Achei que seria ótimo mudar de assunto, e por sorte, funcionou.

Katsuo - eu ia te dizer pra fazer um suco de laranja pra sua mãe. Ela tá nessa de não querer beber refrigerante agora.

Sn - ah! Minha mãe e suas ideias de virar fitness do nada.

Katsuo - não conta pra ela, mas essa já é a terceira vez no ano que ela tenta levar uma vida saudável.

Eu e ele caímos na gargalhada, e então eu me levantei. Decidida à dar um mergulho antes de comer.

E após um mergulho perfeito, voltei à superfície da piscina extremamente funda.
Enquanto tirava o excesso de água do rosto junto ao meu cabelo, recebi um jato um tanto forte de água no rosto.
Meu irmão marmanjo - que está preso em uma quinta série infinita - estava enchendo a boca com água e cuspindo em meu rosto.

Sn - ah, Ohanai seu nojento!  - empurrei a água com a mão para acertar seu rosto.

Ohanai - ai, ela é brava!  - fingiu espanto enquanto ria da minha cara.

𝑨 𝑼́𝒏𝒊𝒄𝒂 𝑹𝒆𝒈𝒓𝒂 - 𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 𝐵𝑎𝑘𝑢𝑔𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora