Cap 2♡

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Em meio a fria e longa madrugada de solstício, aparentemente acordo mas não consigo me mover, meus membros estavam paralisados enquanto via olhos em todos os cantos do meu quarto, alguma coisa afiada como agulhas segurava o meu braço como se quisesse arranca-ló, tenatava gritar mas não conseguia tudo o que podia sentir era uma dor imensa enquanto tentava fazer qualquer movimento. Até que novamente aquele par de olhos que eu sempre via nos meus mais obscuros medos, comecei a sentir lágrimas escorrerem pelo meu corpo, minha garganta começa a se fechar e era como se meu corpo começasse a se arrepiar, tudo o que queria era uma noite tranquila então por quê?
Repentinamente meu corpo cai da cama e sinto como se tivesse acordado daquele pesadelo, olho para direção onde tinha visto o par de olhos carmesim, mas haviam sumido. Depois disso não consegui mais dormir, logo fui a cozinha e pego algumas pílulas pra insônia, bebo um pouco de água e começo a ouvir barulhos de passos. Talvez fosse do corredor do prédio? Prefiro acreditar que sim. Com um longo suspiro de medo volto a minha cama e fico refletindo, o que poderia ser aquilo. Será que algum tipo de ataque de ansiedade ou de pânico?
Apenas queria voltar a dormir e me animo um pouco sabendo que amanhã é meu último dia antes da minha folga, e me pergunto, o que eu posso fazer nesse final de semana.
Talvez uma caminhada ao ar livre? Ou quem sabe ficar o dia todo no sofá aconchegada no cobertor enquanto assisto alguma série. Só mais um dia antes de ser livre, de ter essa minha falsa liberdade.
Continuei sem sono, então fui checar o horário, ainda eram duas da manhã, lembrei que havia ido dormir cedo. Me lenvantei com muita preguiça e fui até a cozinha preparar alguma coisa, já havia desistido de dormir, então acho que vou preparar um café.
O cheiro do café sempre me trazia memórias reconfortantes, tipo o dia que fiquei a tarde inteira sem fazer nada enquanto bebia café e via séries, com o som de chuva no fundo. Parar pra pensar nessas coisas me dá vontado de experiencia-las novamente. Logo preparo o meu saboroso café e ligo a televisão, tava com preguiça de colocar na minha plataforma de séries, então continuei a ver jornal, acho que não custa ficar informada de vez em quando.
Aparece algumas propagandas e etc, depois fala sobre uma série de assisanatos que ainda continua ocorrendo em torno da cidade, "Achei que já havia acabado", falo baixinho com uma voz ainda meio preguiçosa. Ficar com a mente constantemente no trabalho aparentemente me faz esquecer de coisas importantes, como saber que todos os dias mimha vida está em perigo, mas mesmo que não houvesse essa crise de assassinatos, a minha vida tá sempre em perigo, na verdade a de todo mundo. A vida é algo bem frágil que com apenas um instalar de pescoço eu poderia morrer a qualquer instante, é meio triste pensar que a vida é tão delicada e mesmo assim é provável que tenhamos apenas uma.
"Hmm..." , começo a refletir enquanto olho pro meu reflexo no meu copo de café, então me dirigo para a minha janela e observo a cidade sendo iluminada pelas belas luzes dos postes, enquanto eu observo duas pessoas encapuzadas conversando em meio ao frio, e como sai uma fumaça de suas bocas toda vez que falam. Sempre achei engraçado isso, o fato de como o que inverno pode fazer com a gente.
Sabe.. Eu não sei se eu estou enganada, ou se é coincidência. Mas, por que,uma das pessoas de capuz tinha o mesmo olhar, o mesmo tom de vermelho, que aquela criatura que aparecia praticamente todas as noites? Bebi um gole do meu café com os olhos fixados nele, até que ele percebe, olha pra minha janela com um olhar aterrorizante, nesse momento ele vira praticamente todo o seu corpo em minha direção, foi quando percebi que ele tinha um pedaço de não decepada, também seu casaco estava manchado de algo que acho que é sangue. Seu colega se vira pra mim com um olhar icônico enquanto segurava um tipo de objeto provavelmente ensanguentado.
Fecho as persianas da minha janela e me viro pra televisão, e tomo outro gole do meu café, "Medo...", acho que vou fingir que não vi nada, vai que é efeito do remédio. Enquanto isso conseguia ouvir risadas meio assustadoras vindo do lado de fora e sons de sirenes de carros da polícia. Era sempre assim desde que esses assassinatos começaram, era estranho pensar que antes disso tudo era pacífico. Logo coloco na minha plataforma de séries favorita e começo assistir um filme que fazia tempo que não assistia. E começo a ficar levemente com sono, e adormeço depois de um tempo.
Depois de algumas horas acordo e percebo que já estava quase na hora de ir trabalhar, não imaginava que esses remédios eram tão fortes. Tomo um banho fresco e como algumas balinhas que tinha deixado em cima da mesa. E vou direto pro meu local de trabalho.
"Estranho", falo com uma voz ainda sonolenta, a loja ainda estava fechada, mas a essas horas já não deveria tá aberto o estabelecimento? Será que alguma coisa aconteceu? Mas, percebo logo que havia alguns policiais ao redor da loja e o meu chefe conversando com eles. Me aproximo e perguto o que havia acontecido, um dos policiais se vira pra mim e logo olha pro meu chefe e pergunta se ele me conhece.
"Ah, eu conheço sim, é o/a colega de trabalho do meu filho." Diz ele com um tom preocupado, e percebo que estava chorando, "S/N você lembra a última vez que viu Rasmus? Ele está desaparecido, desde ontem não veio pra casa, talvez eu esteja preocupado de mais, quem sabe ele foi pra uma de suas baladas noturnas? Mas, acho que ele possa estar desaparecido ele sempre avisa quando vai pra um bar ou a esses cabarés com os amigos dele.", eu sei que deveria estar preocupado(a), mas é muito estranho saber que o Rasmus frequentava cabarés, porém já era de se esperar de um cara como ele, "Olha a última vez que vi ele foi no trabalho, quando cheguei, a gente conversou um pouco e tipo foi só isso. Ah e ele me entregou as chaves também pra fechar a loja, e ele não me avisou nada sobre ir a uma festa" tentei falar tudo o que lembrava que havia acontecido ontem, queria ajudar, mesmo que eu e Rasmus não fôssemos tão próximos assim, sintia pena do pai dele, tipo ele tá desesperado. Então o policial começa a me interrogar sobre outras coisas, então alguém cutuca o meu ombro me viro e vejo o Delivery Guy, "Que que aconteceu?" Quando ia responder vejo que Damon também estava ali, parece que também estava intrigado. "Ah o Rasmus sumiu, tipo ele era o meu colega de trabalho, não sei se vocês conhecem ele".
"Estranho, será que ele não morreu por esses lugares a noite?" Não sei o porquê, mas sempre que o DG fala é como se ele sempre estivesse brincando ou sendo suspeito. "O que tu quer dizer?" Digo meio curioso(a), "Acho o que ele tá tentando dizer é que como tá rolando um monte de mortes por aí a noite, quem sabe ele não tenha morrido aí por esse assassino." Damon intervém antes que DG fale qualquer coisa, "Hmm suspeito" penso isso enquanto olho pros dois. "É isso aí, mas por que estamos falando isso pro possível assassino desse tal de Rasmus?" Delivery Guy fala isso enquanto abre um sorriso sádico. "Que? Espera, você acha que eu possa ser quem matou ele? Mano tipo eu nem sei me defender direito imagina matar alguém" Quem ele pensa que é pra me acusar desse jeito? "Ele sabe disso, ele só tá brincando, não tem como alguém tão fofo(a) como você ter matado alguém", Damon diz isso como se estivesse tentando me reconfortar, "A questão não é ser fofo(a) ou não, e sim quem pode ter matado ele." Hein? O Damon tá tentado me paquerar no meio de uma investigação? Oi?
"A questão não é ser fofo(a) ou não e sim que o Rasmus pode estar morto neste exato momento" Digo isso com uma voz firme, tentando disfarçar que o que ele tinha me dito tinha me quebrado. "Ué mas vocês não se davam bem? Tá preocupada assim por que? Não é como se ele fosse ressuscitar se estiver morto ou voltar do nada, tipo o mundo é enorme, e ele provavelmente tá numa embarcação de anões." DG fala aquilo bem tranquilo como se nada estivesse acontecendo. Meu deus, eu não sei quem é mais sem noção, socorro meu senhor me leva logo. "Por que uma embarcação de anões?.." Socorro porque eu perguntei isso. "Na verdade, eu não quero saber, tô indo, adeus". "Por que?? Foi alguma coisa que eu fiz ou disse?" Damon estava sorrindo até eu falar que estava indo, aparentemente ele queria que eu ficasse, "Não é nada, é que eu tô indo pra embarcação de anões de biquíni junto com o Rasmus".
Começo a me distanciar o máximo possível, até que percebo que já está de noite, e noto que não estou muito longe de casa, o caso de desaparecimento do Rasmus é algo bem intrigante, como alguém pode sumir da noite pro dia sem deixar rastro nenhum? Perdida em pensamentos me deparo com uma cena horrível..

Oii gente! Obg pelas visualizações, pelos favoritados e pelos comentários isso me anima muito pra trazer novos capítulos, e desculpa a demora tava ocupada e sem idéias.:)




Amor Com Cor de Carmesim ( Broken Colors )Onde histórias criam vida. Descubra agora