O vizinho do lado

02

Que porra foi essa ? De todas as pessoas que eu poderia ter um sonho erótico tinha que ser a porra da vizinha! Levantei totalmente atordoado ido para o banheiro tomar um banho e fazer esse calor que esse maldito sonho me deixou ir embora de vez. 

Me vestir, tomei meu café da manhã, mas antes de ir pra empresa, vou dá uma passadinha no quarto da vizinha idiota. A janela dela está meio aberta, não me importei e subi e entrei no seu quarto. 

—Mas que porra você está fazendo no meu quarto? — Ela gritou levantando da cama e vindo em minha direção. 

—Vim até aqui dizer pra você que eu te odeio! Eu tenho raiva de você—Disse frio e em tom grosseiro. 

—Você invadiu meu quarto apenas para me dizer isso? Como você é babaca! Sai do meu quarto ou eu vou te empurrar pela janela e eu com certeza não vou me importar se você quebrar um braço ou uma perna! Agora sai! 

Sai do quarto completamente furioso, eu teria amado se fosse um sonho erótico com uma das amigas dela, mas com ela já é demais. 

Subi na minha moto e dirigi até a empresa, hoje tem uma reunião importante na Nexus Corporation e eu realmente não sei porque meu pai me chamou, ele nunca me deixa dar opinião em nada. A única coisa que eu tenho certeza que ele faz é bancar o bom pai para as pessoas da empresa, mas a realidade é que ele está se fodendo para o que eu faço da minha vida. 

Estacionei minha moto e entrei no prédio, ao entrar comprimento as pessoas e entro no elevador, enquanto não chego no meu destino, mando mensagem para Adriano. 

Gabriel: Quando eu sair desse inferno, vou até aí. 

Adriano: Jogar novamente? 

Gabriel: Sim, você sabe como essas reuniões me deixam puto e nada como um bom jogo pra desestressar. 

Adriano: Quer perder tudo novamente igual a semana passada? Você não muda mesmo cara. 

Gabriel: Apenas tive azar naquele dia, mas dessa vez vai ser diferente, agora preciso ir. 

Coloquei meu celular no meu bolso e me direcionei até a sala de reunião, todos já estão aqui, eu estou atrasado. Meu pai me lança um olhar furioso e começa a falar, eu me sento do lado do meu tio Guilherme. 

—Eu convoquei todos vocês aqui hoje porque precisamos discutir sobre o grande desafio no momento, como todos aqui sabem a Nexus Corporation está enfrentando uma queda no mercado, nossas vendas caíram bastante nesses últimos meses. 

—Nós deveríamos mudar a forma como divulgamos nossos produtos, precisamos repensar nossa estratégia de marketing— Eu disse e ele simplesmente ignorou— Do que adianta eu estar aqui se ele não dá importância para as minhas ideias. 

—Seu pai sempre foi assim, mas não dê importância— disse meu tio dando um tapinha na minha costas de leve. 

—Continuando, com essa situação que estamos enfrentando nesse momento, decidi que vamos lançar um novo produto. 

—E o que seria esse novo produto? — perguntou um dos sócios. 

—Um hidratante facial antioxidante, já fizemos vários testes em diferentes tipos de pele e os resultados foram maravilhosos. 

—Isso é realmente uma boa notícia— disse uma das sócias empolgada. 

—Os resultados podem ser bons, mas para que as vendas aumentem assim que lançamos, precisamos melhorar a forma como divulgamos eles, como eu disse, precisamos melhorar o marketing e eu gostaria muito que minha ideia não fosse ignorada. 

—Eu concordo com o Gabriel, ultimamente a forma que estamos divulgando nossos produtos está péssima—Falou meu tio concordando comigo, pelo menos ele não ignora o que eu digo. 

—Bom vocês tocarem nesse assunto novamente já que essa parte de divulgação é sua Gabriel, o que você está fazendo exatamente? —perguntou meu pai cruzando os braços. 

—Eu acho que você se esqueceu que eu não faço mais parte das divulgações da Nexus, você saberia se prestasse mais atenção na sua família—finalmente disse o que estava preso na minha garganta, me levantei já completamente irritado. 

—Onde você vai? A reunião ainda não acabou! 

—Minha presença aqui não tem importância, assim como minhas ideias, você ignora tudo que eu falo, então tchau! — Me despedi do meu tio e sai. 
        
                                   

Quando cheguei na casa do Adriano, estava  um grupo de homens sentados  jogando pôquer. Logo me juntei a eles, já estou aqui a uma hora e não perdi nada, a sorte está comigo hoje. 

— Você está com bastante sorte hoje Gabriel! Como continua ganhando? —questionou Adriano. 

— Apenas sou um bom jogador —falo jogando as fichas na mesa. 

—Acho que não— diz ele levantando para pegar uma bebida na geladeira. 

—Você está trapaceando, da última vez que eu joguei com você eu ganhei três vezes, admite que está trapaceando! — disse um dos jogadores. 

—Você sabe que trapaceiros aqui não se dão bem, né? —perguntou o tio de Adriano—Se você estiver jogando sujo você nunca mais vai entrar aqui! 

—Que caralho! Eu não estou trapaceando inferno! E quem é você pra falar de jogo sujo? Logo você que inflige a lei de diversas formas possíveis. 

—Fora daqui agora! Vai antes que eu deixe você cheio de machucados, Adriano eu não quero mais seu amigo aqui entendeu? 

—Sim, tio. 

Me expulsaram pela terceira vez que eu tentei entrar, filhos da puta! 

—Porque você faz essas merdas cara? Eu já tinha finalmente conseguido fazer meu tio deixar você jogar aqui e você faz isso! 

—Foda-se— disse com indiferença.