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Flashback

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Flashback

Naquela noite eu estava tão feliz, era minha primeira vez em um parque de diversões, Gabriel disse que era uma boa ideia, ele até conseguiu pegar um ursinho de pelúcia naquelas máquinas, foi um pouco engraçado ele todo irritado e brigando com as máquinas porque estava  perdendo todo o dinheiro, mas ele não desistiu, ele conseguiu pegar um ursinho rosa pra mim. Estava tudo legal até ele me levar para uma floresta atrás do parque. 

Estava começando a chover, mas eu não me importei porque Gabriel disse que teria uma surpresa pra mim. Fiquei debaixo de uma enorme árvore, enquanto Gabriel saiu,  ele me mandou ficar esperando e que ele iria pegar minha surpresa. Comecei a ficar desconfortável porque ele estava demorando. 

—Gab onde você está? Por favor, volte logo, estou com medo de ficar sozinha, Gab! Isso não é engraçado, aparece Gabriel! 

Minhas lágrimas misturaram com a chuva enquanto gritava por ele, mas depois de um tempo cai na real que ele não voltaria e que talvez eu tenha feito algo errado. 

Voltei pra casa depois de ficar vagando pela floresta durante um tempo até encontrar a saída. 

— Ayla você está ouvindo? Ayla! 

—O que? 

—Você ouviu o que eu falei? 

—E-eu não. 

—Está nervosa? 

—Não, porra vai embora. 

— Eu não quero ir, ruivinha deixa eu consertar as coisas entre a gente. 

—Pra que? Pra você estragar tudo novamente? 

—Claro que não, não fica na defensiva porque eu não vou te magoar outra vez, me dá uma chance. 

—Essa chance você não vai ter. 

—Ruivinha.

—Essa chance você não vai ter agora, mas talvez daqui alguns minutos ou segundos. 

—Você está falando sério? 

—Sim, mas não me faça me arrepender. 

—Você é demais Ruivinha, sabia que eu gosto de você? —fala, ele sorri me abraçando. 

— Ei, ei eu não dei permissão para me abraçar, me larga—digo, dando uns tapinhas no braço dele. 

—Desculpa, mas e agora podemos voltar a dormir? Posso dormir com você? 

—Não, eu estou sem sono—digo, puxo ele para deitar comigo, estou exausta. 

—Posso fazer você dormir rapidinho—Fala ele, lançando um sorriso malicioso pra mim e encosta a mão na minha cintura. 

— Deixa de ser tarado! 

—Sua mente é suja, eu estou falando de ficar conversando com você até você dormir. 

—Ah, está tudo bem, mas fique em uma distância razoável. 

—Pare de ter medo de mim Ayla. 

—Por que eu teria medo de você? Eu já deixei bem claro que não tenho medo de você! 

—Eu não sei, mas você não queria ficar distante de mim lá na piscina na semana passada, você queria me beijar, mas desistiu e aquele beijo no banheiro é a prova disso. 

—Esquece isso,  podemos não conversar sobre beijo? 

—Ok, ruivinha. 

—Posso te fazer uma pergunta? 

—Já está fazendo, mas fala. 

—Você acha que eu estou exagerando? 

—Sobre? 

—O lance da minha família. 

—Você sabe que sou a pior pessoa pra você fazer essa pergunta, né? 

—Eu sei. 

—Mas por que acha isso? 

—O Ben disse que eu faço coisas sem pensar e que eu deveria dar uma chance a eles. 

—Ruivinha não escuta o que aquele imbecil fala, faz o que você achar que é certo. 

—Eu não sei o que é certo nesse momento, minha mente está bastante confusa. 

—Normal, eles mentiram pra você ,nós dois temos personalidades fortes então é normal fazermos algumas coisas sem pensar, é assim que somos e não é errado ser assim pelo menos é isso que eu acho. 

— Mas eu teria evitado vários problemas  se tivesse pensado antes. 

— Você não tem que ficar pensando assim, somos livres para fazermos o que quisermos. 

—É por isso que você sempre está se metendo em problemas. 

— Sim, eu meio que gosto dos problemas e do caos, você não? 

— Talvez sim, nossa conversa aleatória me deixou com sono. 

—Falei que faria você ficar com sono rápido, está frio, posso esquentar você se quiser. 

—Tarado, quer dormir no chão? 

— Não. 

—Antes de dormir, tenho mais uma pergunta, o Adriano falou de você e daquele homem miserável, o que aconteceu? 

—Ele proibiu minha entrada na empresa, o desgraçado mandou os seguranças me baterem se eu tentasse entrar, ele já havia me falado que se eu não devolvesse o dinheiro que eu peguei iria me tirar da empresa. 

—E você não devolveu, né? 

—Não, mas o Guilherme ficou sabendo e queria dá o dinheiro pra ele, mas Magno não aceitou, ele iria me bater se minhas irmãzinhas não impedissem ele. 

—Esse homem é desprezível mesmo, mas pelo menos o Guilherme tentou de ajudar. 

—Mas não deveria Ayla! Ele não me quis como filho, por que quer me ajudar agora? 

—Você acredita nisso mesmo? 

— Magno disse que ele sabe da verdade. 

—E você acredita nele? Gabriel é óbvio que é mentira dele, olha a forma que o Guilherme sempre tratou você todos esses anos, acredite em mim ele não sabe. Eu acho que você tem que falar a verdade pra ele. 

— Não vamos mais falar sobre isso, tá? Boa noite ruivinha. 

É assim que minha relação com Gabriel é, brigamos e discutimos pra chegar a esse momento e voltamos a ser amigos novamente, talvez eu tenha perdoado ele rápido demais ou não, mas sinto que não vai durar por muito tempo. Minha insegurança que eu ignorei tanto grita isso dentro de mim. 

O vizinho do ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora