désolé mon amour

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quando eu notei,
já era tarde demais,
eu tava apaixonado,
e até nem pensava mais,
pobre andrei.

o amor alivia
mas também machuca
trás dores na perna
mas dores na nuca
dores no peito e corpo
onde o peso, se vai
pra consciência se atrai,
onde eu fui me meter?
amar é sofrer,
amar é tentar se envolver,
amar é matar ou morrer,
traumas ou sucesso na vida,
os dois lados dessa moeda,
onde por causa dessa merda,
vou toda semana a terapia.

acontece toda vez,
de maneira diferente,
a pessoa se enjoa de mim,
do nada ou de repente,
as vezes, até por inveja de outra gente
desejando o meu mal,
contando mentiras, nada cordial,
e eu enfim,
teria que viver insistentemente,
porque se entristecer por amor,
é sinônimo de fraqueza,
não é?

minha fraqueza
se retrata em linhas,
em textos e poesias,
as vezes uma brincadeira é mais séria,
como uma amarelinha,
onde eu fujo de onde atirei a pedra,
fujo de onde fiz minha merda,
mas eu sou diferente,
não quero ser mais esse padrão adolescente,
perdição e amor passageiro,
quero uma vida na mente e amores completos,
pro ano inteiro, pra vida.

acontece, né?
tudo começa tão bem
mas acaba tão mal
os terraplanistas se derrotam por causa do amor
porque ele e o planeta são circulares,
dão voltas e ciclos com frio e calor
e acabam em todos os lugares,
que se tornam lembranças,
e tudo aconteceu,
nesses mesmos lugares...

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