O beijo das sombras - Dimitri Belikov

Capítulo 1 - Bem-vindo de volta a Academia ..

Bom.. Me chamo Dimitri Belikov, tenho 24 anos e sou originário da Russia. Sou um Dhampir. Meu pai era um Moroi da realeza e minha mãe, Olena, uma Dhampir como eu. Eles jamais se casaram, porém, eles possuem mais três filhas além de mim. Sou o segundo mais velho. Minhas irmãs se chamam, Karolina, Sonya e Viktoria. Possuo um sobrinho chamado, Paul e minha avó, Yeva.

Como todos os outros moroi, meu pai não nos assumiu, mas ele sempre nos visitava na Russia, e todas as vezes, ele batia na minha mãe. Crescer para mim com aquela visão, era terrível.. Comecei a frequentar a escola para me tornar guardião, era o melhor aluno da turma. Quando eu tinha treze anos, esses abusos acabaram, eu bati nele, e ele nunca mais voltou para nos ver. Eu era quase de sua altura, e mais forte que ele.

Quando entrei para o ensino médio, fiz amizade com um moroi da realeza. Viramos muito amigos.. Seu nome era Ivan Zeklos... Quando nós nos formamos, eu era o melhor da turma e já tinha quase dois metros de altura, mas além da sua amizade por mim, ele me requisitou como seu guardião.

A nobreza sempre tem pelo menos dois guardiões, um que faz a guarda de perto e o outro que faz a guarda de longe. Por ser amigo de Ivan, sempre fui seu guardião de perto. Sempre reneguei qualquer aspecto de minha vida, pois Ivan sempre vinha primeiro.

Houve um dia que um guardião me chamou para sair e beber com eles.

- Vamos, Belikov! Você precisa relaxar!

- Não, obrigado.. Ficarei com Ivan!

Ouço passos distantes atrás de mim e me viro rapidamente.

- Nem pensar nisso, Dimka! Você vai!

- Não, Ivan, não vou. Vou ficar e te proteger.

- Dimka, eu quero que você vá, meu amigo! Guardião Volkov, ficará comigo!

- Mas...

- Sem discussão.. Está dispensado, Dimka!

- Ok. Saiba que estou indo contra minha vontade!

- Desde de que se divirta!

Diz ele virando as costas. Eu não queria sair, tenho sempre um mal pressentimento em deixá-lo sozinho. Parece que estou traindo o meu dever e eu não consigo relaxar.

Volto para meus aposentos, tomo banho e me visto com uma calça preta escura, uma blusa preta gola alta e o meu amado sobretudo, que não sai de mim. Penteio o meu cabelo e deixo ele solto mesmo. Passo meu perfume e vou encontrar o restante dos guardiões.

Vamos até um bar próximo. Nos ajeitamos na mesa do canto e bebemos um pouco. Vemos umas mulheres distantes nos olhando. Não sei porque, as mulheres me viam diferentes, as mulheres ficam se jogando em cima de mim. Ás vezes atiradas demais, porém, hoje, não estou com cabeça para isso, estou preocupado com Ivan.

Antes do amanhecer estramos na van e nos dirigimos a mansão. Quando chegamos, o sol já estava raiando. Quando salta da Van, tenho um mal pressentimento. Meus alertas estão sibilando em meus ouvidos. Pego minha estaca de prata, escondida em baixo de meu sobretudo e os demais guardiões me seguem. Ao entrarmos na mansão, uma cena terrível me choca. Alguns guardiões, caídos mortos, no chão. Me desespero e saio correndo em direção ao quarto de Ivan e ..... Perco as palavras.. Seu corpo está sem vida no chão...

Me encosto na palavra em choque.. Ele era meu melhor amigo.. Eu não podia tê-lo deixado.. Eu falhei..

Alguns dias depois, fui chamado a corte para saber, qual seria meu novo trabalho. Mas ainda muito abalado pela perda de meu melhor amigo e protegido, Ivan Zeklos.

Assim que cheguei, fui avisado para seguir para a sala do guardião Hans. Ele era o chefe dos guardiões da corte.

Chego a porta dele. Bato e abro.