Capítulo 14 - Sua pele na minha... Parte 1

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"Eu preciso te contar uma coisa, mas não sei como te explicar muito bem. Preciso de sigilo."

Acenei com a cabeça.

"Foi Lissa quem me curou, não foi?"

"Sim."

"Então, quando ela não consegue curar algum ser vivo, ou quando ela cura, cresce dentro dela muitos sentimentos ruins, que eu consigo sentir pela nossa ligação. Esse sentimento faz com que ela se corte. E nesse momento ela acabou de se cortar e está muito fraca."

"Mas onde ela está?" Pergunto com urgência.

"No sótão da capela. Ela está em perigo. Vai rápido!"

Me viro e vou rapidamente a sala de Alberta. Entro sem bater na porta.

"Alberta, me acompanhe imediatamente."

"O que aconteceu, Belikov?"

" No caminho eu te explico."

Alberta me seguiu e eu expliquei sobre o quadro de transe de Rose e sua afirmação de saber onde a princesa estava e que ela estava em perigo. Omiti as partes do auto-flagelo.

"Você acredita mesmo nela, Belikov?"

"Quando se trata da Princesa, Rose não brinca. Eu confio nela."

Alberta me olha de canto de olho, enquanto chegamos a porta que nos dá acesso ao sótão da capela. Corri pelas escadas e me deparei com uma cena chocante. A princesa se encontrava com cortes profundos, como Rose falou, mas já estava começando o processo de cicatrização. O problema, é que a princesa havia perdido muito sangue e estava inconsciente. 

Eu a peguei no colo e a levei rapidamente para a enfermaria. Quando chegamos na enfermaria, a princesa ainda estava inconsciente, uma confusão se formou na clínica. Os enfermeiros afastavam Rose de nós. Levamos ela até os alimentadores e foi muito difícil fazer com que ela se alimentasse. Ela só foi ficar estável o suficiente no meio da noite, para poder receber visitas. 

Permitiram que Rose entrasse e eu fui chamado para dar meu relatório a Kirova. Relatei tudo que convinha relatar.

"Mas isso é maravilhoso! Eu nem sabia que tínhamos mais um usuário de Espírito, sem ser a Sônia. Ainda é um elemento muito novo, não sabemos muito sobre ele. Devemos chamar pessoas que entendam o espírito, para que possam trabalhar com Vasilisa." Ela diz maravilhada. "Está dispensado".

Acenei e no começo da manhã, me arrumei rapidamente e fui para meu treino com Rose. Expliquei que eles planejavam colocá-la em algum tipo de medicação para ajudar com a depressão, além de pessoas que a auxiliariam a entender seu poder.

Alguns dias se passaram desde os recentes acontecimentos. Tudo ainda estava um caos. Os alunos fofocavam diversas teorias sobre a internação da Princesa. Rose nos treinamentos se queixava que tinha traído a confiança da princesa, e que a mesma parou de falar com ela. Como ela se sentia deslocada e sozinha. Eu estava me sentindo muito mal por Rose. Ela fez a coisa certa e salvou a vida de sua amiga. Talvez se ela não tivesse me contado, seria tarde de mais para a princesa. 

Hoje era o dia do baile da escola. Rose me disse que não queria ir, no entanto, o único assunto que superava Rose e sua relação com a princesa, era o baile. Estamos entrando e saindo de reuniões. Vendo e revendo seguranças, rondas, verificamos as wards, e montando equipes de vigilância. 

Perto da hora do baile, Alberta me chamou para uma última revisão nos dormitórios Dhampirs, enquanto outros guardiões faziam nos dormitórios Moroi. Acabamos e estávamos indo em direção as quadras.

O beijo das sombras - Dimitri BelikovOnde histórias criam vida. Descubra agora