Que Jeon Wonwoo era apaixonado por Kim Mingyu ninguém podia negar.
O alfa, que normalmente era sério e frio, acabou caindo nos encantos naturais do Kim.
Wonwoo estava com 26 anos, e nunca havia se apaixonado daquele jeito por alguém. E não era para menos, Mingyu possuía uma beleza estonteante, um corpo pra lá de gostoso e uma personalidade fodidamente adorável.
O ômega era um florista de 25 anos, que não poupava esforços ou sorrisos para ser gentil com todos. Trabalhava em tempo integral numa floricultura bastante famosa pela cidade, e estava juntando dinheiro para abrir sua própria.
Foi em um dia normal de trabalho que ele conheceu Jeon Wonwoo, quando foi até a empresa dele para entregar um presente enviado por um admirador secreto. Quando estava na recepção, entregando o belíssimo buquê de rosas lavandas — que havia preparado com toda dedicação e cuidado, afinal, ver amores nascendo era uma das coisas que Mingyu mais gostava em seu trabalho —, ele ouviu a voz grossa e fria do CEO dizendo:
— Jogue-as fora. Já deixei bem claro que qualquer presente anônimo enviado a mim deve ir direto para o lixo.
— Sim, senhor — a secretária respondeu, levantando-se com as flores.
— Não, por favor — Mingyu interrompeu. — Não precisa jogar fora, eu as levo de volta.
Foi quando Wonwoo tirou os olhos dos documentos e viu o Kim pela primeira vez. Seu coração pulsou de um jeito estranho ao contemplar o homem um pouco mais alto que si. A forma como os olhos pareciam tristes — como se fosse o seu coração que iria ser quebrado por conta daquela paixão não correspondida —, fizeram com que o Jeon quisesse aceitar as flores. Ele não o fez, apenas observou Mingyu se desculpar e ir embora.
Vários dias se passaram depois do ocorrido, e Wonwoo não conseguia tirar aquele homem de seus pensamentos e se sentia um tremendo idiota por isso. Nunca iria esquecer a cara que sua secretária fez quando perguntou se o florista havia dito seu nome. Se não estivesse tão confuso quanto ela, acharia graça.
Quando finalmente descobriu onde o Kim trabalhava, um dia foi até lá assim que encontrou tempo livre.
Quando chegou, Mingyu estava atendendo uma senhora de idade avançada, que já não ouvia muito bem e mudava de ideia sobre as flores que queria toda hora. Mesmo assim, o ômega continuava sorrindo gentil, explicando pacientemente o significado e o preço de cada flor.
Wonwoo também notou que ele não falou nada quando a senhorinha lhe deu o valor errado sem perceber, pagando bem menos do que as flores valiam.
— Boa tarde, senhor — Mingyu desejou, sorrindo gentil ao virar para si. — Em que posso ajudar?
Wonwoo engoliu em seco, não havia pensado no que faria depois que tivesse chegado ali.
— Boa tarde — respondeu calmo, apesar do nervosismo. — Que tipo de flores eu devo dar para chamar alguém pra sair?
— Hum… isso depende bastante — o maior respondeu, saindo de trás do balcão. — Você gosta muito dessa pessoa?
— Não sei dizer. Só o vi duas vezes, mas não consigo parar de pensar nele — contou envergonhado, sem tirar os olhos do Kim. — Ele é tão lindo que eu fico sem ar, e ele parece tão bom e gentil que só quero ouvir ele falar por horas e descobrir tudo sobre ele.
— Me parece um caso de amor à primeira vista — ele sorriu, nem imaginando que era sobre si que o CEO estava falando. — Nesse caso, uma única rosa vermelha é perfeita.
— Certo, vou levar — sacou a carteira enquanto o mais novo embrulhava a rosa com cuidado.
Mingyu observou com atenção o homem à sua frente, pensando no quão sortuda seria a pessoa a receber aquela flor.

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Everybody is watching
Fiksi PenggemarJeon Wonwoo nunca soube ao certo como fazer Mingyu perceber que ele era o ômega mais lindo que havia pisado na terra. O Kim passava tempo demais pensando em como era grande, alto demais para um ômega, que seu cheiro não era doce como gostaria. Wonwo...