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- Gabriel Narrando -
6 meses se passaram e nos últimos tempos acho que a única coisa positiva foi a recuperação da Lara, hoje ela só faz fisioterapia uma vez por semana e não vai demorar a receber alta total. O meu avô resolveu se aposentar e o Andrade está no lugar dele, depois do infarto e da cirurgia a recuperação dele foi demorada e o processo de transição no escritório está foda. Em meio com tudo isso o meu namoro com a Lara não tá nada fácil, a vida dela está de ponta a cabeça depois do falecimento da cunhada e isso gerou uma briga, e essa briga me vez vir em uma resenha de entupida de adolescentes para falar com ela.
- Qualé, Lara? - coloquei o braço na parede para que ela não passasse e ela me empurrou irritada - Porra! Vai ficar de coisa até quando?
- Você me chamou de insuportável - falou séria - Não tenho o direito de ficar irritada?
- Eu disse que estava insuportável - corrigi
- Melhorou muita coisa - debochou e deu um gole na cerveja
- Para de beber - segurei a mão dela e ela mostrou o dedo do meio - Você estava distribuindo de graça um monte de grosseria e me tratando com ignorância
- A minha vida está uma bagunça - justificou - Sabe o engraçado? Você sabe o que está acontecendo e por algum momento achou que seria bom falar aquilo
- Quer uma novidade? A minha vida também tá uma bagunça, uma bela merda, e nem por um segundo te tratei de forma babaca - falei sério - Se fosse uma vez ou duas, eu ficaria quieto como fiquei nas outras mas você estava passando do ponto já
- Você me chamou de insuportável - resmungou e eu segurei uma risada
- Vamos pra casa, bailarina - pedi - Você foi embora, levou as suas coisas e não voltou
- Fui ser insuportável longe de você - falou revirando os olhos - Deixa eu sair - pediu
- Não estou te segurando - dei de ombros e na hora ela passou por baixo do meu braço - Bailarina, você me fez vir em uma festa de adolescente - resmunguei e ela riu - Vamos voltar pra casa? - chamei e coloquei a mão na cintura dela, voltei a encostá-la na parede e ela colocou um dos braços no meu pescoço, rocei os nossos lábios e ela virou o rosto
- Tem como me soltar? - pediu e eu tirei o braço das costas dela
- Você que está me segurando - sussurrei no ouvido dela e quando ela se deu conta tirou o braço do meu ombro, se afastou e eu fui atrás, coloquei a mão na cintura dela e olhei na direção que ela olhava, logo vi a Letícia rindo com o celular apontado para a gente, pensei em levar a mão até o rosto dela mas optei por colocar a mão nas costas dela e colar nossos corpos, ela me deu um selinho de mordeu o meu lábio
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Apricity
FanfictionO amor se apresenta em nossas vidas de forma diferente e também de maneira distinta enfrentamos esse sentimento. Gabriel é um rapaz de espírito livre, ama estar com os amigos, se divertir e nem pensa em se relacionar sério com alguém tão cedo, mas e...