Capítulo 89

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hartmannvieira: Just this 🖤

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- Gabriel Narrando -

Hoje na parte da manhã recebi alguns documentos e então comecei a alinhar a defesa, analisar os pontos e então apresentar para o meu cliente. Estava com o Guilherme na minha sala e era engraçado, ao mesmo tempo que ele gostava da área da defesa era bastante claro que ele tinha problemas para lidar com alguns casos.

- Isso está uma maravilha - sorri observando as fotos e peguei a folhas com os e-mails transcritos - Talvez a maior ilusão dos tempos atuais é achar que apagar as coisas do computador ou do celular funciona, e as coisas realmente somem - dei uma pausa - Mas aqui está provas incríveis de uma bela traição

- Acha que a história vai agradar o povo? Está óbvio que você está atacando a moral da vítima - escutei a voz do Guimarães e ri baixo

- A história não precisa agradar - dei de ombros - Só precisa caber

- Como assim? - perguntou confuso

- Ué, super normal um marido ter um surto de raiva ao pegar fotos comprometedoras da esposa com um outro homem - falei olhando pra ele - E-mails muito calientes faz qualquer homem ter um acesso de raiva

- Não é normal - falou óbvio - Ela traiu? Beleza! Mas ele planejou matá-la, deu um tiro na cabeça dela e aí esquartejou indo desovar o corpo pelo estado

- Quem disse que foi planejado? - perguntei e ele me olhou confuso

- Ele nos disse - falou simples

- Pois é, isso não está no depoimento - falei e puxei a cadeira me sentando - Por isso mesmo eu disse que a história tem que caber, o tribunal do júri é um teatro e vence quem contar a melhor história - peguei a foto da mulher na cama com o amante e mostrei para ele - Essa é uma mulher que sem pensar na família traiu o marido com o amigo da família - peguei a foto das partes do corpo dela "montado" e mostrei, percebi o quão incomodado ele ficou - E isso foi o que ela fez o marido fazer num ataque de fúria

- Faz sentido - falou pensativo - Agora entendi a sua cisma com um júri conservador

- O nosso trabalho é mostrar que não foi planejado e que o tiro foi acidental - passei a mão no rosto - E a parte do esquartejamento foi o desespero falando

- Levando em consideração o pensamento da galera fora do twitter a história irá caber - falou e eu peguei uma caneta - Como você consegue?

- O que? - peguei uma pasta na gaveta, abri pegando os documentos e comecei assinar

- Você fala tranquilamente e parece não se envolver, age como se fosse a coisa mais normal - explicou - E eu entendo o lance não é sobre defender o crime

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