Final

790 53 32
                                    

*Gente, desculpa a demora, a semana ficou meio louca. Esse capítulo eu escrevi em parceria com a Ray (@fairyhcia no tt). Aproveitem <3*

Irene já sabia no meio do caminho que ela talvez não chegasse até o banho se o jeito que Antônio gritou por ela era algum indicativo, mas mesmo assim seguiu tentando chegar lá. Ao chegar no quarto tirou as roupas molhadas, mas quando era pra tirar a calcinha e o sutiã, Antônio entrou quase derrubando a porta do quarto. "Lá vamos nós" pensou Irene.

"Que história é essa de beijo Irene? Trata de se explicar agora!"

"Antônio, eu tô cansada, toda molhada da chuva, só queria um banho quente pra não ficar doente. Tem como esperar?"

"Esperar? Ocê ta ficando maluca é??? Pode me explicar AGORA essa história de beijo com o Ademir. Você tá me traindo Irene??"

"Não estou mas deveria viu Antônio? Pensa nas últimas semanas. Quantos dias você dormiu em casa? Como se não bastasse isso, o que você tava fazendo? Procurando sua ex mulher que deveria estar MORTA. E se não está, é pior ainda porque ela FINGIU estar todos esses anos e nunca ligou pros seus sentimentos ou os do Caio. Você nunca parou pra pensar nisso?"

"Sim Irene, eu pensei. Por isso tenho estado mais bravo do que feliz com a possibilidade dela estar viva. Eu já tenho uma esposa e uma vida construída ao lado dela. Agora, não se faça de sonsa. Vou perguntar novamente, que história é essa de beijo?"

"Tá com ciúmes é?"

"IRENE RESPONDE LOGO QUE EU JÁ TÔ FICANDO SEM PACIÊNCIA"

"Eu fui até a casa do Ademir pra conversar. Seu comportamento me deixou pensativa e eu precisava de alguém que te conhecesse pra conversar. No início eu nem sabia que ia lá, fui dirigir pra espairecer e quando vi, estava na porta dele. Nós conversamos no início sobre você e a Agatha e logo as coisas ficaram um pouco pessoais. O Ademir me fez ver que eu tenho como primeira escolha um homem que nunca me escolheria primeiro em nada. Ele me disse que eu poderia ter sido mais feliz se eu o tivesse escolhido porque sempre fui a primeira opção dele, depois ele tentou me beijar mas fui embora correndo, como você pode ver, até me molhei na chuva.. Sabe Antônio, o Ademir tem razão. Passei anos na sua sombra, tentando chamar sua atenção das mais variadas formas. Me sacrifiquei por você, guardei todos os seus segredos, te dei os seus filhos e o que você me deu em troca? Humilhação?"

Um silêncio sepulcral se seguiu. Antônio realmente não sabia que era assim que Irene se sentia. Ela foi tudo pra ele desde o momento em que se conheceram. Ela esteve ao seu lado quando as coisas ficaram difíceis, segurou muitas barras para que ele fosse bem sucedido, desistiu de perseguir uma carreira melhor porque sempre o colocou em primeiro lugar. Ele sabia que nunca tinha sido uma pessoa afetiva, mas ele tentava mostrar nos pequenos detalhes que a amava. A linguagem de amor de Antônio sempre se traduziu em atos de serviço, mas desde o início ele sabia que Irene era diferente. Ela gostava de receber amor em forma de palavras de afirmação e em toque físico. Durante o silêncio que se seguia, Antônio realmente olhou para sua mulher. Ela parecia cansada, mais cansada do que ele havia visto em anos. Ele reparou em algumas olheiras e até mesmo percebeu os quilos que ela tinha perdido quando olhava pra forma dela apenas de lingerie. Ele sabia que aquilo só havia acontecido por causa dele, pelo egoísmo dele de pensar apenas em si próprio e nunca pesar o bem estar de sua família. Antônio precisava dizer alguma coisa, mas não sabia bem o que. Torcendo para que suas palavras atingissem de maneira certa o coração de sua esposa, Antônio começou a falar:

"Irene, você sabe que eu nunca fui bom com as palavras mas estou tentando o meu melhor pra te dizer o quanto você significa pra mim. Eu sinceramente não tinha certeza do nosso futuro quando escolhi casar com você, mas sua coragem em sempre enfrentar as situações de frente me contagiaram e eu fui em frente, acreditando que a gente ia conseguir se resolver. Eu sei que você poderia ter escolhido o Ademir, inclusive acredito de todo o coração que você talvez fosse mais feliz se o tivesse escolhido. Mas eu preciso te dizer, eu sou o homem mais feliz do mundo por ter sido escolhido por você, por ser o pai dos seus filhos e o seu marido. Eu juro que não consegui perceber durante todos esses anos que você não estava feliz. Me desculpa por ter feito você se sentir como minha segunda opção quando na verdade você sempre foi a única. Eu te amo desde o dia que coloquei meus olhos em você"

Irene não sabia como responder. Era incomum ver Antônio falar dos seus sentimentos, na verdade ela não se lembrava se algum dia isso tinha acontecido, ele realmente a deixou sem palavras. Ela sabia que precisava respondê-lo, senão, Antônio se fecharia de volta em uma concha e ela nunca conseguiria falar sobre isso novamente.

"Antônio... estou realmente sem palavras. Eu também te amo desde o dia que te conheci. Sei que parece que não tenho sido feliz ao seu lado mas isso não poderia estar mais longe da verdade. Eu não me lembro do que era felicidade antes de te conhecer e construirmos nossa família. Sim, eu poderia ter escolhido o Ademir lá atrás e hoje também, mas escolhê-lo não seria apenas trair você, mas trair a mim também. Eu nunca poderia tê-lo escolhido porque sempre amei você, e mesmo quando ele tentou me beijar, tudo que pensei é que queria que fosse você lá me beijando. Acredito que ainda temos muito o que resolver como casal, mas esse momento aqui é especial pra mim. Eu nunca ouvi da sua boca que eu era sua única opção e convenhamos que suas ações por vezes são muito confusas."

"Irene, que tal pelo menos por hoje a gente esquecer essa história? Vem aqui, já que você queria um beijo, eu, o seu MARIDO, te dou o beijo que você quer"

Antônio puxou Irene pela cintura e lhe deu um beijo ardente, as mãos da mulher rodeavam o pescoço do fazendeiro o puxando para ela. Os dois estavam quase se fundindo durante este beijo, Antônio apertava com força a cintura dela e Irene ofegava em sua boca a cada aperto, com uma de suas mãos ele percorreu sua nuca e entrelaçou os dedos nos cabelos dourados de sua mulher. Ele puxou com um pouco de força fazendo com que Irene olhasse para ele e ela o fez, seus olhos eram puro desejo, pura vontade de ser tomada por ele, vontade de sentir que é DELE.

Eles sentaram frente a frente na cama, Irene já possuía pouca roupa no corpo: apenas o roupão e por baixo dele uma lingerie simples do dia-a-dia, mas muito atraente aos olhos de Antônio. Antônio desamarrou o roupão e o abriu aos poucos, Irene olhava cada movimento do marido, ela acariciava seu rosto e então ele empurrou o tecido de seus ombros e a beijou ali. Ele beijava da ponta do seu ombro ao nódulo de sua orelha, que ele sabia que era um ponto sensível para ela, Irene gemeu baixo assim que o sentiu beijando ali. Antônio traçou com beijos molhados cada pintinha existente entre o pescoço e os seios de Irene, que ainda estavam cobertos pelo sutiã rendado, ao passar as mãos sobre eles, o homem sentiu os bicos endurecidos e raspou os polegares neles os estimulando ainda mais, Irene passou as mãos para trás e abriu o feixe ficando exposta para ele.

Assim que a viu, Antônio avançou nela a beijando enquanto sua mão a tocava, a apertava, a puxava mais para ele. Apressadamente, Antônio conseguiu retirar toda sua roupa com ajuda da mulher e logo se deitaram juntos na cama. Irene se sentia radiante, estava sendo amada pelo homem que tanto ama, ele a olhava com tanta ternura, com tanta vontade, seus olhos quase que saiam faíscas. Se beijaram novamente com ardor, as pernas de Irene enlaçaram a cintura do homem o trazendo para mais perto dela e ela o sentiu duro. Antônio desceu uma das mãos entre eles e a tocou intimamente, afastou o tecido e traçou dois dedos pela abertura molhada e Irene arfou e gemeu assim que o sentiu, ele a estimulou mais um pouco e enfim posicionou membro duro e a penetrou devagar.

Irene e Antônio estavam com seus rostos quase grudados, suas bocas não paravam um segundo, quando não estavam se beijando estavam apenas compartilhando os gemidos e suspiros. A mulher o arranhava a cada estocada e ele apertava sua carne entre a coxa e a bunda — Ah! — ela gemeu mais alto entre o beijo. Antônio afastava os cabelos que grudavam no rosto de Irene e sorria satisfeito ao vê-la se contorcer embaixo dele, ele beijou seu colo, seu pescoço e entre seus olhos enquanto ela gemia e então acelerou seus movimentos e eles gemiam juntos. Irene tremeu em seus braços e gemeu uma última vez ao sentir o orgasmo a consumir e Antônio veio em seguida, desabando em cima dela e afundando seu rosto entre seu pescoço.

Antônio estava com a cabeça deitada no peito da mulher, ela adorava esses momentos pós amor que eles tinham, ficavam ali sentindo a pele um do outro, a respiração... ficavam se acariciando, ela passava a mão por sua barba e ele desenhava suas curvas. Aquele era um dos seus poucos momentos de intimidade juntos, onde eles não falavam, só sentiam.

Fazia muito tempo que eles não tinham momentos em paz assim, juntos. Era uma coisa que eles costumavam gostar muito logo no início do casamento. Antônio sabia que teria que ter uma conversa séria com o seu irmão mais tarde sobre os acontecimentos do dia, mas neste momento ele queria aproveitar a proximidade com a sua esposa. O mistério de Agatha podia esperar, sua prioridade agora era Irene, como deveria ter sido desde o início.

rainOnde histórias criam vida. Descubra agora