𝐒𝐎𝐋𝐃𝐈𝐄𝐑 ᵗʰᵉ ʷᵃˡᵏⁱⁿᵍ ᵈᵉᵃᵈ (reescrita)

000. prologue

De acordo com pesquisas— feitas por diversos cientistas totalmente habilitados, uma pessoa poderia sobreviver 3 minutos sem oxigênio, três dias sem água e três semanas sem comida. Mas acho que esses cientistas não conseguiriam adivinhar quanto tempo uma garotinha de 8 anos sobreviveria se fosse deixada no meio da estrada, sem comida ou água por mais de 3 semanas.

Stella Wilson com certeza não seria a pessoa a responder à essa pergunta, mas ela poderia apenas concordar que estava viva, e também perdida nas florestas de Atlanta sem água ou comida.

𝗍𝗐： 𝖺𝖻𝗎𝗌𝗈 𝗂𝗇𝖿𝖺𝗇𝗍𝗂𝗅， 𝗉𝖺𝗅𝖺𝗏𝗋𝖺𝗌 𝖽𝖾 𝖻𝖺𝗂𝗑𝗈 𝖼𝖺𝗅𝖺̃𝗈．

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STELLA SE LEMBRAVA bem como todo esse caos havia começado. A garota não sabia como o vírus havia se espalhado pelo mundo, mas saberia que não havia cura, e o que fosse infectado, ficaria infectado para sempre.

E também saberia que tudo que havia sido deixado para trás, virariam apenas memórias em sua mente. E o mundo que antigamente conhecia, era apenas passado.

— "Merda" — ela sussurrou, tentando passar discretamente pela janela do velho posto de gasolina sem fazer algum barulho mínimo que possa atrair aquelas criaturas.

Quando as suas botas de chuva colidiram com o empoeirado chão, ela passou seus dedos pela sua faca, ficando logo em atenta caso um dos monstro estivesse preso dentro da loja de conveniências.

As prateleiras pareciam intactas ao ver da criança, que escaneava cada alimento para decidir qual poderia levar em sua bolsa. A maioria deles estava velho, deixados com mofo e insetos que impossibilitava que fosse digerido por algum ser humano.

Infelizmente nenhuma das guloseimas que a Wilson gostaria de comer nesse momentos estava ao seu alcance, e agora ela só poderia encarar o pote de pudim de chocolate no topo mais alto da prateleira enquanto batucava sua bota amarela no chão de madeira do posto de gasolina.

Pensando em mil possibilidades, uma delas sendo apenas pegar os entalados de comida que estavam à estante ao lado e voltar a seu pai, ela decidiu tentar a sorte e escalar a grande prateleira de metal, até que suas mãos finalmente tocassem no doce.

Antes que o sorriso orgulhoso pudesse aumentar em seu rosto, ela sentiu a cano de sua bota escorregar pelo metal desgastado da estante, e antes mesmo que suas pequenas mãos se segurassem ao topo, ela sentiu seu corpo voar para baixo, logo sentindo o duro chão em sua pele.

Quando o auto estrondo ecoou pelo seus ouvidos, Stella só pode arregalar seus olhos, sabendo que não havia o que fazer, e que com certeza havia cometido um erro.

Sua pressão quase abaixou quando se levantou em um pulo, agarrando sua adaga e olhando para a porta de vidro em sua frente, onde poderia ver os grupos de zumbi que viriam em sua direção.

Ela logo agarrou alguns enlatados de arroz e feijão que viria pela frente, tentando correr o mais rápido possível do local, em direção a janela onde havia entrado.

Escalando a cadeira que havia montado caso algo desse estilo acontecesse, ela já poderia ouvir os barulhos dos monstros atrás de si, ao seu lado, enquanto tentava passar pela janela. Infelizmente, quando metade de seu corpo já se encontrava fora do estabelecimento, ela sentiu seus pés serem puxados para baixo.

— "puta merda" — exclamou a garota, tentando puxar seu corpo para cima enquanto o morto-vivo dirigia sua boca para tentar morde-lá, o que não foi sucedido pois a mesma o chutou logo em seguida, finalmente subindo para fora da janela.