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Revisado ✅

Lana
🥀

Minha cabeça estava pra explodir por conta da falação do viny e também porque eu bebi, juntou ele e a cachaça eu tava pra ficar louca.

Eu sei que fui irresponsável por deixar minha amiga sozinha, ela só foi errada na parte de aceitar bebida daquela vaca mas eu não culpo lia por isso, ela é muito inocente eu que devia ter lembrado ela dos perigos.

O carro todo é preenchido pelo som do meu celular tocando, viny e Lia ficam em silêncio e eu suspiro tirando o aparelho da bolsa e deslizando o dedo pela tela atendendo.

Ligação on 📲

- alô?

Lídia: alana você irá demorar aí na festa?

- não, já estou voltando pra casa, por quê?

Lídia: a gente conversa quando você chegar.

- tá bom? - ela desliga e eu fico sem entender.

Ligação off 📴

Não demorou muito viny parou o carro enfrente a minha casa, despedi de lia pedindo desculpas mais uma vez , viny virou a cara e eu bufei com raiva e sai do carro batendo a porta .

O portão abriu e eu entrei praticamente correndo, tô querendo me livrar dessa roupa, tomar um banho e esfriar a cabeça, essa noite já deu o que tinha que da gente.

Lídia: que bom que chegou Alana - tomo um susto pois ela falou do nada, a sala tava escura.

- Lídia que susto cara, euoem parece uma assombração aí nesse escuro - falo acendendo a luz da sala.

Lídia estava sentada na poltrona com as pernas cruzadas, ela usava seu uniforme de todos os dias que foi feito exatamente igual para todos os funcionários da casa, sem excessão de nenhum.

Lídia: desculpa não queria te assustar, como foi a festa? - dou de ombros, tô achando Lídia muito estranha.

- poderia ter sido melhor se eu não tivesse dado uma mancada de deixar a lia sozinha para um idiota tentar se aproveitar dela. - falo esfregando a mão no rosto.

Lídia: imprevisto acontece - olho para ela e nego.

- não foi imprevisto Lídia, foi falta de responsabilidade mesmo.

Sento na outra poltrona, Lídia me encara duvidosa e eu me lembro do telefonema que ela me fez.

- então, você me ligou sobre o que quer conversar?- pergunto encarando ela nos olhos.

Lídia fica nervosa, eu já percebi que tem alguma merda envolvida.

- Lídia o que aconteceu? - pergunto já ficando nervosa também, enrolação da porra.

Lídia: Alana eu preciso que você fique calma, o que vou dizer é muito sério e você precisa se manter firme.

- tá Lídia, só fala.

Lídia: o avião particular em que seus pais estavam teve um probleminha e eles...

- eles o que Lídia? - pergunto com o nó se formando na garganta, sinto que estou suando frio e de repente eu começo a tremer.

Lídia: o avião que eles estavam caiu nas margens de um rio, os corpos ainda não foram encontrados pode ser que eles caíram no rio, Alana você está bem?

Sabe quando o mundo parece que para ao seu redor? Eu olhava para Lídia mas eu não ouvia o que ela falava, eu só pensava nos meus pais e que talvez eu não voltaria a ver eles nunca mais.

Eu sabia que aquele abraço era como uma despedida, eu não queria solta-los nunca mais, meu deus o que eu farei sem meus pais?!

As lágrimas me cegaram, caí de joelhos chorando sem parar.

Lídia: Alana, se acalme por favor.

- NÃO PODE SER LÍDIA, ME FALE QUE ISSO É UMA BRINCADEIRA, POR FAVOR EU IMPLORO DIGA QUE NÃO É VERDADE.

suplico abraçando ela forte e chorando.

-Lídia liga para lia por favor, eu preciso dela .

Lídia: vou ligar, meu amor .

Não pode ser meus pais não podem está mortos isso não pode está acontecendo comigo meu Deus por quê meus pais? e agora como que eu vou ficar vou ser mandada para um orfanato?!

Lia: Lana me diz que mentira, por favor.

- eu queria que fosse, mais não é.

Ela corre até mim e me abraça forte, sinto um conforto nos braços da minha melhor amiga não aguento mais segurar o choro, começo a chora descontroladamente.

Lia: chora meu amor pode chorar, bota tudo que cê tá sentindo para fora.

- por quê lia meus pais, eu só queria mais um minuto no abraço deles .

Fiquei ali abraçada com a minha amiga, senti alguém sentado perto de mim olhei para o lado era o viny.

Viny: vem- fez sinal para eu abraçar ele

- e agora viny como e que eu vou ficar sem pais, eu vou ser mandada para um orfanato.- falo em desespero.

Viny: ei olha para mim? - eu olho- nunca nunca, tá ouvindo bem? repita isso Você não tá sozinha não vou deixar te levarem para um orfanato.

As lágrimas deciam pela minha bochecha.

Continuei ali abraçada com ele até meu olhos pensarem e eu dormi.

No outro dia...

Acordei sentindo uma mão na minha cintura, era lia tava dormindo, me levantei eu queria que a noite de ontem fosse apenas um pesadelo mais não era eu tenho que ser forte.

Me levantei indo para o banheiro
Escovei os dentes depois arranquei minhas roupas e entrei em baixo do chuveiro.

Deixei a água cair sobre minha pele e sobre meus cabelos, tentei ao máximo ser forte ali.

Sai do banho lia já estava acordada sentada na cama, fui para o meu closet peguei um vestido preto longo e vesti o mesmo penteie meus cabelos deixando secar naturalmente, calcei uma sandália preta e fiquei sentada na cama, logo lia apareceu vestida em uma saia preta longa e uma blusa preta de mangas curtas .

Lia: vamos descer meu amor, temos que encarar a realidade.- fala me abraçando de lado querendo de alguma forma me transmitir conforto, mas tudo que sinto é um vazio enorme na alma.

- lia não me abandona por favor, as únicas pessoas que eu tenho comigo agora e você viny e Lídia.

Lia: nunca vou te abandona, eu juro .- concordo com a cabeça, ela nunca mentiria pra mim, por isso sei que posso confiar e acreditar em suas palavras.

Decemos e logo eu vi os corpos dos meus pais um do lado do outro, vi vários amigos deles sentados na sala, todos tristes e abalados, mas não como eu, minha dor é muito maior e dolorosa.

- lia aquela e sua mãe?- pergunto surpresa.

Lia: sim, ela chegou hoje por volta das 4:30 da manhã.-explica.

Carla: minha afilhada eu sinto muito meu amor . - ela me abraça e novamente eu tento não deixar as lágrimas cair.

- madrinha por quê eles ? - isso é tudo que sei perguntar, porque exatamente eles?

Carla: nunca vamos entender os mistérios da vida me bem, mais nunca vou deixar te levarem para um orfanato, nunca! sua mãe era minha melhor amiga e eu lembro que uma vez ela me pediu para que eu cuidasse de você se um dia ela chegasse a faltar.

Abracei ela novamente e depois  sai indo para perto do caixão dos meus pais, beijei a cabeça da minha mãe e beijei a do meu pai, fiquei lá alguns e alguns amigos deles vieram me abraçar e dizerem que sentiam  muito pela perda dos meus pais.

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