A Doce ômega

O cheiro de meus sonhos

DIMITRY

Naquela manhã sentia-me agitado e angustiado, não sabia o que estava acontecendo comigo, a muito tempo não sentia a presença do meu animal interior tão na superficie, era como se ele quisesse o controle, até mesmo meus olhos estavam na tonalidade amarelada dele e não no azul costumeiro.

Falei com meus pais, tomei o chá que minha mãe indicou e fui trabalhar, tenho uma rotina cansativa e corrida, não tenho tempo pra essas coisas. Sai de casa sem tomar café, apenas tomei o chá que  minha mãe falou, no caminho para o trabalho optei por passar em uma confeitaria que tem perto do mesmo, só não sabia que sentiria aquele cheiro, o cheiro que me persegue em meus sonhos, baunilha com chocolate, ao entrar no espaço com cheiros doces, cheiros de todo tipo, de seus frequentadores e das comidas que eram feitas ali, muitos dos odores me deixaram enojado, uns com raiva, mas o cheiro de baunilha e chocolate me deu tanta paz e meio que anulou os outros ao meu entorno.

Segui até o balcão na esperança de encontrar a fonte do perfume, mas não consegui, fui atendido por uma alfa simpatia, mas percebi os feromonios de medo e ansiedade se misturarem ao cheiro de baunilha, e vinha da parte interna do estabelecimento, mais especificamente vinha da cozinha e eu iria descobrir de quem era aquele cheiro.

Hoje na nova era, muitos de nos alfas anseiam por encontrar nossos parceiros, tenho socios que encontraram os seus, tenho um desejo um tanto quanto peculiar, gosto e faço parte do universo BDSM, suas praticas ao meu ver são ótimas, a submissão me fascina e dominar é o que melhor sei fazer, sou uma especie dominante desde minha genetica até minhas atitudes, o que mais anseio nessa vida é ter meu/minha omega comigo, quero cuidar, amar, proteger, quero cuidar da/do meu litlle baby.

peguei meu pedido e voltei ao meu carro, segui para a empresa, tinha compromissos importantes e não os poderia adiar, mas no final do dia eu ira voltar ali e descobriria de onde vinha aquele perfume.

[..]

após um dia exaustivo, aquele perfume não saia de minha cabeça e eu não sossegar até descobrir a fonte,  sai do prédio da minha empresa e fui em direção a doceria, chegando na mesma estava vazia, acredito que já estava fechando pois não tinha clientes e pelo que percebi nem funcionário.                                                                                                                                                 ouvi uma voz suave quase infantil cantarolar algo, o som vinha da cozinha e o cheiro também, segui ate o balcão e toquei a campainha, uma voz doce veio de encontro ao meu ouvido quando um corpo pequeno passava pela porta vindo até o balcão.                                                                     - Estamos fecha,,,- ela parou na metade da frase e me encarou com seus olhos arregalados, traços orientais e ocidentais em uma pessoa só, como podia ser tão perfeita? vi seu nariz farejar o ar, seus olhos se fecharem em satisfação ela se afastar do balcão, como se estivesse com medo.
-Oi, não sinta medo, não vou machucar voce.- seus olhos brilharam com lágrima, eu não sabia o que estava acontecendo.                                                                                                                                                  -por favor, sua presença ...forte...ta deixando eu,eu...é... pode contlola pufavo...- que merda, eu não queria machuca-la, não percebi que estava com uma dominância tão alta, respirei sentindo seu cheiro e tentando me controlar, deixei que meus feromonios a envolvessem em uma nuvem invisivel, para que sentisse que estava segura, normalmente fazemos isso quando nossos ômegas estão frágeis ou preparando o ninho.
- Desculpa não quis te machucar, olha pra mim baby, não vou te fazer mal.- ela concordou com a cabeça e se aproximou, delicada, cheirosa, linda e espero não estar louco, mas acho que ela é uma baby, como sei disso? nós dominadores temos meio que um instinto de identifica .       
 - tudo bem, desculpe mas estamos fechados, o senhor poderia ir em bora? - não poderia, calma Dimitry, não estraga tudo, olhei no fundo dos olhos dela e deixei meu animal assumir, ele seria mais sensato que eu nesse momento, bom eu espero que seja.

N.

Olhos amarelos, voz forte, parecia que ele estava mais alto, numa tentativa de se proteger do que nem ela mesmo sabia Alice deixou que sua animal tomasse o controle, olhos roxos, voz aveludada, se sentia maior do que seu normal, porem perto dele se sentia uma formiga, os olhares se encontrando, os feromonios em todo ambiente, ele exigia o dominio sobre sua parceira e ela estava cedendo a dominância.                                                             Era como ver uma dança de olhares, ele se afastou do balcão, vendo ela caminhar e dar a volta no espaço que os separava, seu pequeno corpo se movia quase que flutuando pelo salão da doceria, um de frente para o outro e ali a real dança de especies acontecia.

Nesse momento a porta se abriu, Katarina e mile tinham vindo ficar com a amiga afinal, ela teve uma regressão mais cedo, ao ver a alfa passar pela porta com sua parceira, o lobo de Dimitry rosnou em aviso, a alfa retribuo o rosnando mostrando que não era uma ameaça e se mantiveram na porta, Alice estava entorpecida pelo alfa e sabia que não devia tentar parar sua loba, então apenas deixou a natureza seguir, mais uma vez o alfa rosnou dessa vez para a sua omega, exigindo a sua submissão e total dominio.

Assim a pequena lhe deu tudo, ajoelhou ao seus pés, e baixou a cabeça, com um leve ronronar misturado com rosnado suave ela deixou que ele tocasse em seus cabelos, ele por sua vez beijou o topo de sua cabeça e levantou seu queixo.

- minha, és minha omega!
- alfa, me permita...- então ele a segurou pela mão a levantando do chão, um beijo casto foi deixado em seus labios e então ambos voltaram ao controle, com um porem, Alice voltou pequena e correu para as amigas, estava angustiada, a adulta sabia e tinha consciência do que aconteceria agora, mas a pequena não.          

-tita miliii...- começou a chorar, mile a pegou no colo mesmo vendo o odio do alfa da amiga.           - tire suas mão de minha omega, alfa eu exijo  que a solte!                       - não use sua voz de comando comigo, sou cuidadora dela juntamente com minha esposa e a porra de sua voz pode não afetar a Alice mas afeta a minha omega e se ela se machucar não ligo se voce é um puro ou não, eu vou acabar com voce seu imbecil.