0.2: Estacionamento.

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"E se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas estarei me apaixonando um pouco mais" - Caio Fernando Abreu.

O vento forte batendo contra as árvores fazia tanto barulho quanto a chuva que agredia suas janelas. O som da tempestade era tão alto que [Nome] mal conseguia ouvir os próprios pensamentos.

Narcyz havia invadido seu quarto a cerca de duas horas atrás, quando a tempestade começou. O metamorfo havia se enrolado ao lado de [Nome], segurando sua blusa com tanta força que a costura havia rasgado um pouco nos cantos.

Mesmo com centenas de anos, o moreno nunca superou seu medo de tempestades. [Nome] achava burrice que ele tivesse insistido tanto para que eles se mudassem para Forks, então. Mas não era como se ele esperasse muita coisa, o forte de Narcyz nunca foi a inteligência.

- Você quer que eu silencie o barulho? Eu posso nos enviar para outro lugar, também - [Nome] repetiu, novamente.

- Não. Uma hora vou ter que superar meu medo de tempestades - O moreno resmungou, enfiando o rosto no ombro do outro.

- Não podemos superar tudo, Nana.

O mais baixo revirou os olhos.

- Você talvez não possa, mas eu definitivamente sim.

- Essa é a forma de você pedir pra eu te expulsar da cama sem usar as palavras exatas?

O metamorfo riu, respirando fundo o aroma calmante de [Nome]. Era uma mistura de floresta e eletricidade, magia. Ele podia sentir a força correndo por cada gota de sangue do outro.

- Você não faria isso.

- Não, eu não faria - O Basilius mais novo admitiu, resignado - Mas não é uma boa ideia continuar me testando, eu posso mudar rápido de idéia.

Narcyz fingiu não poder ouvi-lo, e escondeu seu rosto no pescoço do maior, começando a cochilar.

Ele sempre soube que, independentemente do medo que enfrentasse, não havia nada que pudesse machucá-lo enquanto S/N estivesse ali.

Essa certeza sempre o fez poder dormir em paz.

- Ei, acho que iremos nos atrasar - Narcyz disse, com um sorriso, comendo um prato gigante de carne

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- Ei, acho que iremos nos atrasar - Narcyz disse, com um sorriso, comendo um prato gigante de carne.

- Não iríamos, se você não tivesse apertado na soneca todas as vezes que o despertador tocava.

- Acordar cedo é pros fracos!

- Acordar tarde é pros vagabundos - [Nome] rebateu.

- E o que você acha que eu sou? - O moreno perguntou, sorrindo.

O mais alto revirou os olhos, suspirando. Aguentar o amigo sempre foi uma grande prova de paciência.

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Um feiticeiro para dois vampiros - Imagine crepúsculo Onde histórias criam vida. Descubra agora