CAPÍTULO 4

242 34 8
                                    

Para ela.
Eu te amo muito, e eu sempre vou te amar.
Por toda a eternidade.
J.

NARRADOR POV'S

Chovia e ventava bastante lá fora.
O quarto era iluminado apenas pela luz do abajur que a garota esqueceu ligado.
O vento fazia o galho da árvore bater na janela, o que fez Sadie acordar assustada.
Ao olhar para o relógio em cima do criado mudo, marcavam 04:40.

Sadie se levanta e vai para o banheiro, abrindo a torneira e pegando um pouco de água, molhando o rosto. Ela seca o rosto com a toalha e volta para o quarto.
A garota coloca um moletom da mesma cor que sua calça que também era moletom e sai do quarto.
Descendo as escadas, tentando não fazer barulho para não acordar seus pais, ela se dirige até a porta de casa.

S/N POV'S

Sentindo meu pulmão queimar, pedindo fôlego, eu paro de correr, para respirar um pouco.
Olho para o aparelho que contam quantos passos dei, e vejo que bati o recorde da última semana.

-- Isso! -- Comemorei.

Volto a correr, mas paro quando vejo alguém em cima da ponte, olhando para baixo.
Me aproximei mais um pouco para poder ver quem era.

-- Sadie? -- A garota me olha, assustada.

-- Droga. -- Ela diz. -- O que está fazendo aqui?

-- Eu... Estava correndo. -- digo, procurando um jeito de subir alí. -- Nossa, que... Difícil subir aqui.

-- O que está fazendo? Para. -- Ela diz, mas subo mesmo assim.

-- Aqui é bem alto, né? -- Digo, ficando em um pé só. -- Olha isso.

-- Para com isso. -- diz. -- Eu mandei parar.

Volto a ficar com os dois pés e olho para ela.
Ergui a mão em sua direção e ela olha por alguns segundos, antes de pegar.
Desço e ajudo ela a descer também.
Sadie limpa uma lágrima, evitando olhar em meus olhos.

-- Ia mesmo fazer isso? -- pergunto.

-- Por que estava correndo uma hora dessas? -- Perguntou, ignorando a minha pergunta anterior.

-- É bom pra saúde, e bem... Tenho que buscar ser saudável, as vezes. -- Digo.

-- Não respondeu a minha pergunta. -- diz.

-- Nem você a minha. -- digo.

Ela dá de ombros e começa a caminhar.

-- Temos um trabalho pela frente, você se lembra, né? -- Perguntei, caminhando ao seu lado.

-- Eu sei. -- disse.

-- E...?

-- Olha, S/n, você é muito legal, mas não acho que esteja pronta para lidar com alguém difícil, como eu. -- ela diz.

-- Bem, sorte a sua, não estou procurando pelo fácil. -- brinquei, empurrando seu ombro com o meu.

-- Não vai me deixar em paz, não é? -- Ela pergunta.

Neguei com a cabeça, com um sorrisinho de canto.

-- Tudo bem, mas quando terminarmos o trabalho da escola, vamos parar de nos falar, está bem? --

-- Ok, Sink. -- digo.

[...]

-- Bem, chegamos. -- digo, ao chegarmos na porta de sua casa.

-- Não precisava ter me acompanhado até em casa. -- ela diz.

-- Eu sei, mas eu quis. -- digo -- E bem, bati mais um recorde de passos dados.

Mostrei o aparelho em meu braço e ela rir, revirando os olhos.

-- Até mais tarde? -- Pergunto, antes dela entrar em casa.

-- Até mais tarde. -- Então, entrou e fechou a porta.

Sorrindo e encarando a porta que a garota acabou de fechar, sinto meu celular vibrar.
Era a Millie me mandando voltar para a casa. Só porque é mais velha, ela acha que manda em mim.

Volto a correr com destino a minha casa.

[...]

Ouço batidas na porta e fecho o meu livro, mandando que entre.

-- Como foi a escola hoje? Tive que faltar para ir ao médico. -- Millie diz, se deitando ao meu lado.

-- Acredita que nem senti sua falta? -- Digo, e ela rir, jogando uma almofada em mim.

-- Mentirosa, sei que sentiu, não vive sem mim. -- Ela diz, e eu lhe mostro a língua.

-- Não teve nada demais, na verdade... Teve. -- ela se apoia no cotovelo e me olha, curiosa.

-- O quê, o quê? Fala. -- diz.

-- É a Sadie Sink. -- digo, e ela franze as sobrancelhas.

-- A garota que perdeu a irmã no acidente?

-- Para de se referir a ela assim, é insensível. -- Digo.

-- Foi mal... Mas iai, o que fizeram, hum?

-- Ela é o meu par pro trabalho de história, então, meio que somos amigas agora. -- digo.

-- Hum, amigas? --

-- Sim. -- dei de ombros.

-- Sei. -- ela diz.

-- O quê? -- perguntei, confusa.

-- Vamos fazer uma aposta? -- Millie pergunta.

-- Que aposta?

-- Que daqui uns... Dois meses ou menos vocês vão se apaixonar. -- ela diz, me fazendo rir.

-- Não vamos nos apaixonar. -- digo.

-- Então, aceita a aposta? -- Ela estende a mão, e eu logo aperto.

-- Não vamos nos apaixonar. -- repeti.

Ela se levanta e caminha até a porta.

-- Dois meses ou menos. -- diz, antes de sair e fechar a porta.

Me deitei novamente, e pego meu celular, vendo uma mensagem da Sadie.
A garota me chamava para começarmos o nosso trabalho.
Sorrir e respondi:

"Vamos achar os nossos lugares incríveis, Sink."

Olha eu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olha eu.

MY DAYLIGHT ~ (SADIE SINK)Onde histórias criam vida. Descubra agora