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Quando Izuna passou pela porta da residência de seu professor Ashura, juntamente de seus dois irmãos mais novos e sua prima, se encolher foi inevitável.
Sasuke era completamente acostumado com ambientes assim, não que ele gostasse muito. Mas para tocar em uma banda de sucesso, se precisa fazer alguns sacrifícios. E com o tempo, ele passou a aceitar melhor.
Ele acenou com um gesto simples de cabeça e sumiu entre os outros muitos convidados. O que era aquilo tudo? Tinha gente demais. Não parecia ser só a escola deles. Izuna automaticamente grudou mais em seus parentes.
Izumi sorriu enorme quando pararam num canto. Seus olhos brilhavam e ela ficou simplesmente linda com aquela áurea toda de quem se está apaixonado. Itachi e Izuna seguiram seu olhar, vendo um grupo de segundarista não muito longe. Um rapaz um tanto alto, moreno e muito bonito, sorria de volta para ela, esfregando a nuca com as bochechas coradas, num jeito fofo de sem graça.
- Vai lá. - Itachi cutucou a cintura da prima, que voltou a olhar para eles um tanto confusa. Era óbvio que ela tinha viajado para a terra dos apaixonados quando viu Konohamaru. - Vai lá, Izumi. Aproveita a festa com sua quedinha.
- Mas eu vim com vocês... - Ela olhou para ele de novo, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, também sem jeito.
- A gente se cuida. Vai lá, vai. - Itachi empurrou ela levianamente e ela riu baixinho antes de pegar coragem e ir até ele.
Konohamaru facilitou para ela não precisar chegar no grupo de amigos dele, avisando que já voltava e indo em direção a ela. Izuna e Itachi ficaram olhando e sorrindo bobos quando os dois trocaram um selinho tímido antes de darem as mãos e sumirem dali.
- Então sobrou a gente. - Itachi sorriu para o mais velho, que respirou fundo, ainda encolhido dentro de suas roupas largas, mas sem a costumeira máscara. - O que quer fazer, nii-san?
- Eu sei lá? Nunca fui numa festa antes. - Resmungou, olhando em volta com um olhar julgador.
Ainda estava cedo, a banda nem tinha tocado. Mas já tinha pessoas alteradas. O cheiro de maconha era detestável e os idiotas nem faziam questão de fumar lá fora. A música estava muito alta, tanto que até machucava a cabeça um pouco. A letra era um funk obsceno. Não que ele tivesse problemas com letras obscenas, ele até curtia algumas, só não gostava de escutar elas na frente de outras pessoas. Ficava com vergonha.
- E se fossemos pegar algo pra beber? - Itachi sugeriu e Izuna fez careta. - Eles sempre compram alguns refrigerantes também. Pra misturar no álcool. Você não precisa ficar bêbado.
