Dinheiro, minha identidade ou minha ferramenta?

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Descobrindo a verdade

O texto de Mateus 19 fala de um rapaz, que se aproximou de Jesus e afirmou que ele fazia tudo para conseguir o reino vs 20, Jesus vendo seu coração, não via resquícios de alguém que queria verdadeiramente ver, ter ou ser a extensão da igreja. Ele era rico o "homem rico". Isso torna parte da identidade dele.

Pense comigo por um minuto. Que você durante toda sua vida, cultivou no seu íntimo a mínima ideia de criar sua imagem, como homem ou mulher exemplar, trabalhador(a), feliz, centrada(o), em poucas palavras "bem visto(a) e popular". No fim das contas você conhece alguém que não é exatamente como você, mas é necessário para seu crescimento pessoal, deixar o egocêntrico EU, abrir mão de todo momento "pop star" para não ser seguido pela sua beleza, nem sua majestade. Isaías 53. Como você reagiria?

Bom, pode não saber a resposta. Mas o jovem rico, ficou triste. Se eu traduzisse a bíblia. Eu colocaria no lugar de triste a palavra "arrasado".

A verdade é que por mais que digamos que não nos importamos com comentários maldosos, sim. Nos importamos, mas não por ser mentira, e sim, por talvez, e só talvez seja verdade.

A verdade nua e crua vinda de jesus ao rapaz rico é. "Seu dinheiro não vale nada, pra ter o reino do meu pai, vende tudo, se desprende disso, de quem você acha que é e me segue".

Coaching religioso

A maior guerra teológica hoje, é a teologia da prosperidade. Um rapaz disse pra mim uma vez "nem todos nasceram pra ser ricos". Eu devo concordar, e nem preciso de embasamento bíblico pra dar referências. Meu pai, se ganhasse 1.000 reais de salário, gastaria 2.000, se ele ganhasse na loteria , provavelmente ele deveria mais do que ganhou. E isso, pelo simples fato da péssima gestão financeira, e do emocionalismo irracional com seu dinheiro.

Com isso, o bombardeio de "você pode ser rico" "Deus vai te abençoar" "chave da vitória" e campanhas sem base bíblica tipo "portas abertas" com um pouco de arrepio dentro de um culto, e a prosperidade torna se o centro do coração de diversos pais de família dentro de uma congregação que está tão focado em suas dificuldades que se esquecem da dependência de Deus.

Depender de Deus é confiar nele, não no dinheiro.

A teologia da prosperidade é uma linha tênue entre enxergar o dinheiro como ferramenta ou enxergar o dinheiro como fator principal de nossa vida.

Complexo? Vou tentar simplificar.

A teologia da prosperidade, (em alguns casos bem bizarros) dizem que devemos por Deus a prova para que ele nos de a "benção", algumas denominações ensinam de forma errada nossas apetições a Deus, fazendo com ultrapassem os nossos limites e venhamos a agir como crianças birrentas pedindo "bençãos", até mesmo brigar e tentar obrigar a Deus que o abençoe.

Lembro quando era criança, sentei do lado do meu irmão na igreja, e ele dizia num tom que eu como qualquer criança curiosa pudesse ouvir. "Pai, quero ser jogador de futebol, se você não me ajudar vou sair da igreja".

Bizarro, hoje vejo de várias formas, diversas maneiras de Deus negar seu pedido. Deus não pode ser chantageado, e pra ser franco, o único na bíblia que disse que daria reinos, que prostrado o adorasse não foi jesus, foi a concorrência.

Concorrência

Zaqueu, por outro lado. Era apenas o Zaqueu, não tinha adjetivos sobre como descrever ele. Não fazia parte do coração dele a ideia de ser conhecido como "Zaqueu o rico". ou "o homem rico Zaqueu" ou "Milionário e Zaqueu rico". (Essa foi pra descontrair).

O rapaz de Mateus 19, viveu sempre tendo ligação ao dinheiro, era tão parte de sua identidade, que Jesus quando pediu para ele "abrir mão" do que tinha, se retirou da presença de Jesus. E no próprio texto deixa em evidência sua tristeza vs22. Talvez sua facilidade em ser aceito em ambientes, ou ter mais voz em lugares pelo fato de ter dinheiro disponível para si poderiam gerar essa motivação.

A identidade dele estava em propriedades vs22, já conheceu alguém assim? Ou já ouviu um ditado não comum "passa mais a mão no carro, do que na esposa"? Sim, a identidade de uns pode não só ser o dinheiro como bens, carro, casa, e tudo mais.

Já conheceu alguém humilde, simples, bom papo, ótima pessoa e quando Deus o abençoa com algum bem ela se torna arrogante, impiedoso(a), maldoso(a)? Exatamente! A raiz de nossa identidade sempre tem que ser Cristo.

Em geral , quando não temos Cristo no centro do nosso coração, tudo vira subjetivo. Tudo não passa de uma plantação de arrogância em seu coração.

Deus nos aceita do jeito que somos, mas ele pede em nós aquilo que fere nele, quando ele pediu ao jovem rico, o rapaz em si não estava disposto a morrer para si mesmo, talvez algumas pessoas não estariam dispostas a entregar não só sua dependência financeira nas mãos de Deus, mas sua vida inteira e suas áreas também.

Zaqueu, por outro lado. Tentava encontrar em si, o Cristo que lhe faltava. Não se importaria com o que diriam dele, não dependia de aprovação de homens ou de seus superiores. Ele simplesmente foi, e chamou a atenção de Jesus. E ele estava disposto a fazer tudo para fazê-lo parte de sua vida. Afinal, quem é o homem que se porta como criança e sobe em uma árvore para ver outro homem?

No texto mostram duas pessoas que nem se conheciam, mas tinham uma coisa em comum. O dinheiro.

Mas uma delas via como ferramenta de trabalho, e Jesus nem precisou dizer nada, nem pedir nada, análise o texto e me diga se Jesus pediu para vender algo e dar aos pobres. Não! Somente disse Zaqueu "vou fazer! E se eu cometi erros no meu trabalho e alguém foi prejudicado, darei 4vezes mais".

Existe sim, muita diferença. Sabemos que hoje em dia com a difusão de políticas e ideologias, até mesmo contra o capitalismo. Alegando que todos os empreendimentos, empresários e todos que tem negócios merecem o inferno. Mas a realidade é que todo aquele que não tem marcas de Cristo manifestas em sua vida e suas áreas de atuação, infelizmente terá o inferno como condenação.

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2023 ⏰

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